segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Como num romance...

O sono era dos justos.
Com certeza ela sonhava que dormia na melhor das camas, com o maior dos silêncios e as mais longas e aproveitadas horas.
De lá do outro quarto ele chama. Primeiro com uma voz doce, frágil.
Depois de algumas tentativas ele já demonstrava uma certa impaciência e o choro sem lágrimas ficava cada vez mais sintetizado através das ondas da babá eletrônica.
A mãe levanta e, tropeçando, vai padecer no paraíso, às duas e meia da manhã.
No curto caminho pensou nos motivos, nos prós e contras das mamadas a essa hora. Lembrou do almoço de domingo, pensou na sobremesa. Passou a mão no cabelo e lembrou que há tempos não os cortava.
Tropeçou mais uma vez e viu que ia ter que convencê-lo que mamar aquela hora não era uma coisa assim tão bacana.
Foi até a beirada do berço.
Sorriu. Que mãe não sorri, mesmo assim, de pijamas, descalça, arrancada da cama às duas da matina?
Ele não hesitou. Pediu o tetê.
Ela bem que tentou. Ele ameaçou um escândalo. Deixou de ouví-la. O que quer que ela falasse.
Pacientemente ela se levantou da poltrona branca, foi até a cozinha.
No caminho pensou em mais uns cinco ou seis detalhes da vida.
Preparou o alimento.
Voltou e lá ele estava. Acordado. Esperando.
Ela trocou a fralda, ofereceu o leite e alí ficou esperando.
Ao terminar ele avisa, estende os braços e pede a chupeta.
Vira as costas.
Ela permanece alí, imóvel, esperando que o sono venha rápido.
Ele se vira de repente:

- Mamãe...

- Oi, filho...

- Te amo.

- Eu também te amo. Muito.

- E eu te amo mais que tudo.

De novo ele se ajeita no travesseiro, vira de costas.
Ela?
Ah... Ela se ajeita pra vida inteira, e não há pensamento que a faça parar de sorrir. Por um bom tempo.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Putz! é o desfralde...


Eu eu, toda tolinha, achando que com a ajuda da escola a coisa ia ser mai fácil...
Que nada!
O desfralde do Isaac tá sendo é um perrengue daqueles.
Típica fase "Ai meu Deus, eu mereço?".
Filhote lindo, que antes ia super bem de cueca na escola, acompanhava os amigos ao banheiro e etecéteras, resolveu que ama as fraldas, é fã das Pampers e não vive sem elas.
Fizemos uma, duas, três pausas.
Não forcei a barra. Não briguei nem obriguei.
Não é a hora? Ok.
Observei os sinais durante nossas viagens.
Conversei com ele durante as férias e disse que assim que voltasse pra escolinha a cuecância seria retomada.
Em casa, aproveitando esse calorão, ele fica de cueca e ponto. Até gosta.
Mas os resultados não são tão positivos.
Ele segura o xixi o dia todo. Coloca a fralda pra dormir e ela quase exploooode em questão de minutos.
E não é só isso.
Temos computados 1 trilhão de cuecas, roupas, piso, cantos, brinquedos, tapetes, pés de mãe molhados e 1 (sim, uma unidade) xixizinho no troninho, que cantou feliz por estar sendo usado com sua real finalidade.
Continuo observando, analisando as reações do pequeno, e a cada dia vejo que a cria pode não estar amadurecida o suficiente.
Explico. Ele faz cocô e finge que não fez. Tem chorado pra ser trocado.
Isaac fica frustrado quando vê que fez xixi no chão, mas odeia conversar sobre o assunto.
Compramos o livro "Cocô no trono", da Cia das Letrinhas, e ele dá pra EU ler quando EU sento no trono.
Converso sobre ele ser grandinho e comer sozinho, ter brinquedos maiores, andar e correr. Falo que usar o banheiro igual ao papai e a mamãe também é ser grandinho e é legal.
Mas haja paciênciammmmmmmm...

Ah! Eu não tenho dicas.
Não. Sério. Até porque não obtive sucesso nessa empreitada materna.
A única coisa que deu um certo resultado foi que, depois do único e solitário xixi no troninho cantante, dei ao Isaac um livro onde ele vai colar adesivos. Um adesivo bacana pra casa xixi ou cocô no trono.
Depois disso ele não olha mais pra privadinha de maneira atravessada ou furiosa.

E daí que tá chovendo cibermãezoca confabulando sobre a proble temática.
Umas cheias de dicas, uma vitoriosas, outras desesperadas e necessitando de um abraço, assim como eu.

Segue então listinha das queridas:

Sim! Há luz no fim do túnel
- Pati Papp, Coisas de mãe

Cheias de dicas
- Roberta, Pedaços de mim

Nos abrace e nos ajude!!!!
- Camilitcha, Mamãe tá ocupada
- Renata, Lilata e os gatos
- Ju, Pinguinho da mãe
- Mônica, Bloguinho do Arthur

Acontecendo...
- Ioli, Verdades de mãe

Começando agora...
- Sarah, Mãe do Bento

Bom, se você também está nessa barca, de alguma maneira, não se acanhe. Comente, ajude, grite, chore e mande um link que eu complemento o post aqui.

Bjocas e bom final de semana!


quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

As aventuras de Isaac... Ops! de Sammy.


Adoraaaaamos um cineminha.
Pipoca, telona, escurinho, tudo o que temos direito.
Isaac estava paquerando o cartaz do "As aventuras de Sammy" há tempos no cinema e nada do filme estrear.
Até que sabadão maridex teve pós o dia todo e eu fui que fui com a cria pro cinema.
O filme é uma graça.
E ficou melhor ainda depois do mini diálogo misturado com mini flashback:

- Olha filho! O Sammy é uma tartaruga oliva e o Ray é uma tartaruga de couro.

- Igual na Paia do Fóite, mamãe! Igual no Salvadoi!

Ótimo programa pra um pequeno que acabou de sair do ovo lá no Tamar, né gente????


Tá.
Considerações maternas...
Cheio de mensagens ecológicas e personagens que toda criança ama: tartarugas, peixes, polvo, golfinho, tubarão, baleia, cavalo marinho, até um gato com sotaque francês.
Sem contar o exemplo de amizade e amor que o filme carrega. Lindo!
Uma super dica pra esse finalzinho de férias.
Nós assistimos em 2D, mas, pelos cenários todos, imagino que a versão 3D seja muito bacana.

Super recomendamos. Vale mais que a pena. Aliás, vale duas barbatanas e um casco!

Ah! Olha só quaaaaanta coisa jóia no site do filme!

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Amamos Sampa! e mais uma dica de passeio... e amamos o Tom também!

Já falei aqui, alí, e acolá o quanto gostamos de São Paulo.
E hoje é dia de comemorar Sampa.
457 anos.
Tá, mas eu deixei um post das férias bem bacana pra hoje.
Acontece que entre Santos e Praia do Forte, tivemos meio dia na capital, o que já foi motivo pra aproveitar um tanto a nossa querida cidade.
E nós passamos uma super tarde de domingo no Parque do Ibirapuera.
Ô delícia.
Nem preciso dizer que Isaac curtiu horrores.
Correu, dançou, observou, bricou, descansou, paulistanou, no melhor sentido do verbo.





Parabéns São Paulo!

Mais informações sobre o Parque, aqui.

***Editando***

Outra coisa!
Hoje Também é aniversário de outra paixão minha. Tom Jobim.
E não poderia deixar de falar aqui.
Cresci ouvindo Dindi, Lígia, Águas de Março, Sabiá, A felicidade.
Isaac ouve "Desafinado" desde que resolveu habitar minha barriga. Canta comigo.
Adoro. Amo de paixão. Cantarolo. Carrego comigo.
E olha só que coisa mais bacana que eu dei de cara hoje, logo na minha primeira pesquisa googlística pela manhã:


Demais, né não?

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Praia do Forte: Enchendo a pança


Acho que eu sempre vou ter algo pra dizer sobre a nossa viagem a Praia do Forte.
Realmente foi muito bacana.
Tá.
Só que alimentação da cria é algo sagrado.
E quando se fala em ir pra Bahia, logo já surgem olhos esbugalhados imaginando que você vai encher seu filho de dendê e pimenta.
Oras... Em que século vivemos???
Nem só de acarajé quente vive a Bahia, não é?
Apesar do acarajé "não quente" ser uma iguaria deliciosa e Isaac ter adorado o bolinho, nós encontramos na Vila uma infinidade de ótimos restaurantes cheios de excelentes opções que agradaram um tanto o paladar do pequeno.

- 7 Pizzas
Nós adoramos pizza. E os sabores aqui são curiosamente bacanas. Experimentamos a de abobrinha e a de berinjela, ambas com queijo branco. Mais saudáveis. Hummm....

- Tango Café
Sim. Hambúrguer, tortas, fritas, milk shake. Isaac adorou o programa.

- Sabor da Vila (Restaurante do Zequinha)
Palmas. Muitas palmas para a entrada de carne seca com purê de abóbora. Provamos a moqueca também, com tudo o que tivemos direito. Nham nham...
  
- Canteiro do Mar
Este é mais simples. Chegamos nele atrás de uma mariscada. Não é assiiiiiim, uma Brastemp....

- Terra Brasil
Eu e maridex não experimentamos nada deste restaurante. Quem curtiu um tanto foi o Isaac. O menu kids deles é muito bom. Duas opções. Filé de Frango ou mignon com arroz e fritas ou purê de batatas. Tudo muito bem feitinho. E um suco de maracujá dos deuses. Ah! E uma cestinha de brinquedos e giz de cêra que conquistou nossos corações na hora!

- Acarajé da Marilda
Ela é um charme. Suas panelas brilham mais que qualquer jóia que eu já tenha visto nas vitrines do Iguatemy. Juro! E o acarajé é uma coisa de louco. Quem recomendou foi o motorista da biketaxi que pegamos um dia. Ela fica na rua principal da Vila. É só peguntar por ela. Não tem como errar. Além das panelas, a roupa é um escândalo de bem arrumada. E o humor então? Dá gosto.

- Flor de Liz
Esse foi um achado. Todo mundo fala do tal bolinho de peixe do Souza. Ok. Disseram os garçons que foi a Liz (que dá o nome ao restaurante) quem criou a receita do tal bolinho. História vai história vem, pode ser a receita dela ou não, o bolinho que comemos aqui era sim uma delícia. Mais uma porção de Lambretas de comer rezando, fechamos a viagem com chave de ouro com um peixe Vermelho empanado com legumes que eu nem sei explicar o sabor de tão maravilhoso. Ai! Salivei! Que fome!

Tá.
Aí vocês somem a isso aquela farofinha de dendê que só a baiana tem, uma cervejinha gelada e um suquinho de fruta fresquinho ou uma água de coco daquelas naturais não de copinho. Juntem ainda o som das ondas que dá pra ouvir da Vila toda, a brisa que não cansa nunca....

Endereços???
Sim senhores. Tooodos aqui nesse site, que é o oficial da Praia do Forte.
Mas sabe o que vale a pena? Andar sem rumo pela Vila. Deixar as crianças livres num lugar onde carro não passa, e aí, a hora que a fome apertar, com certeza um restaurante vai estar de portas e braços abertos. A grande maioria fica na rua principal, é tudo muito perto.

PS.: Fome + filho + cardápio saborosíssimo = desculpem a falta de fotos.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Sincronismo

Não sei se é porque a cria conhece a gente por dentro, literalmente.
Não sei se o motivo é a gente não ter vergonha nehuma na frente deles.
Entre eu e Isaac não há máscaras. Não há metade.
É tudo muito intenso e verdadeiro.
E entre trancos e barrancos a gente se entende.
Desde que a pessoinha resolveu ser pessoinha e não mais bebezinho e ter vontade e birra próprias, a vida tem sido uma aventura constante.
E não reclamo não.
Mas a gente vive numa piscina, dando shows de nado sincronizado, pra ilustrar melhor.
Olhares dizem muito, gestos, coçadinhas de garganta e erguidas de sombracelha.
Sei que essa é a fase "com a mamãe", sei que existem os momentos "da mamãe" e o Isaac não se resume só a isso. Nem a Carol. Nem vai ser sempre assim, muito pelo contrário.
E eu também não quero que SÓ exista "ele e eu" na vida da cria, mas é tãaaaao delicioso ter esse lado, essa cumplicidade, esse chega-chega todo, essa intimidade.
Bom,
a vida é cheia de transformações, os filhos crescem um tanto, e a gente cria, educa, ensina pra isso mesmo.
Mas que não se perca, né não????


Ótimo final de semana!!!

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Viajaaaaaando....

imagem de tictactoe.com.br

Vocês são tão queridas, mas tão queridas, que dá até vontade de apertar cada uma até explodir.
Mas como eu não sou Felícia nem nada só mando uma tonelada de abraços de urso panda, ok?
Opção menos trágica e mais fofinha.
Obrigada.
Moram no meu coração.
Aliás um coração que viaja, né?
Em todos os sentidos.
E tuitando ontem como quem não quer nada, dei de cara com a Tati, do Mulher e Mãe pedindo dicas de hospedagem bacana pra ficar com as crias.
E olha que saiu um resultado interessantíssimo, com pitacada de mãe de tudo quanto é canto.
Vale a pena, viu?


Bjocas a tooooooodas.
Super final de semana sem nuvenzinha.
Pra quem é de Sampa capital, feriadaço promete.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Hoje não estou aqui.

E nem em lugar nenhum.
A cabeça está voando. Lá em Budapeste talvez.
Não sei. Acho que não.
É mais um dia daqueles.
Nuvenzinha sabe?
Cinza cinza.
Cheia de "Puquês" como diria Isaac.
Cheia de tudo, como diria eu.
Até, meninas.
Um beijo.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O irmão rendeu...

Ok, ok...
Tiarada reunida. Geral já ficou louca pra passar a mão na minha barriga e fazer bolão pra adivinhar o sexo.
Arrá!
Peguei vocês!
Foi sem querer, desculpem.
A questão é que por aqui o buraco é mais embaixo (com o perdão do trocadilho infame).
Temos todo aquele lance do tratamento, exames, injeções. E vários tals.
Quem não sabe levanta a mão e lê aqui.
Esclarecendo...
Não estamos grávidos. Estamos sim planejando um segundinho, mas não pra agora.
É que família vocês sabem como é. Acham que demoramos demais pro primeiro, logo já ficam perguntando do irmãozinho.
E a gente se cobra também. Se é a hora. Qual é a hora. Quando vai ser. Como vai ser. Se vamos poder ou querer. Enfim, essas nóias todas que nunca vamos deixar de ter.
Mas voltar no assunto hoje é só pra postar o vídeo "Irmãozinho" do Palavra Cantada.


Vale a pena.
A Paty e a Gi comentaram sobre a música e eu achei uma graça.
Aliás, queridocas todas, obrigada por cada comentário e por cada carinho, viu?
Vocês são demais da conta.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Irmãozinho...

imagem de tekatun.com

- Isaac quer um irmãozinho?

A resposta é rápida. Como um raio.

- Não.

- Mas um irmãozinho é bacana.

- Não quero.

- O Léo vai ganhar uma irmã. A Laurinha. E eles vão brincar muito juntos.

E a cria já abaixa a cabeça. Dá até pra ler seus pensamentos:

"Pobre Léo... Meu amigo caiu na pior cilada que os pais podem preparar para a gente..."

E a conversa continua. Sempre tem um tio ou uma avó que insiste.

- Mas Isaac, seu tio Pitú é irmão da mamãe e eles são bem amigos. A tia Ná é irmã do papai e você não acha legal?

Pequeno até ergue a sombracelha, pensa, mas logo dá aquela disfarçada, como se não fosse com ele.
Se pudesse usava uma camiseta vermelha estampada "IRMÃOZINHO NÃO. ME DEIXEM EM PAZ!".

Confesso que fui pega pela "preguiça do segundinho", se é que algum psicanalista já estudou essa síndrome materna. Mas como daqui até o segundo semestre há algum tempo, eu estou tranquila com a questão.
Mas acontece que mãe é bicho besta e não consegue deixar nada quieto.
E outro dia pensei com meus botões...
Isaac adooora conversar com a minha mãe. Conversas de gente média sabe? Minha mãe tem menos que um metro e meio de altura, aquele jeito que só ela tem (é minha mãe, oras, deem-me um desconto), logo ia saber falar sobre com o pequeno...
Então tá. Pedi que ela tocasse no assunto.

- Isaac, o que você acha de outro neném lá na sua casa?

- O Iron já é graaaaande.

Filhote não é bobo, né? Jogou a bomba nas costas do cachorro...

- Tá, o Iron é legal, mas e um bebê gente? Um irmão pra você ler, dividir, fazer as coisas junto?

- Não quero.

-Mas ter irmão é muito bom. Olha só, a vovó tem 3 irmãs.

Puts! Isso assustou em um tanto o Isaac. Abordagem totalmente errada. Vi a cria imaginando seus brinquedos e toda a sua rotina sendo estraçalhados por um batalhão de bebezinhos babentos e ranhentos e chorentos...
E a conversa continuou:

- Não quero bebê.

- Mas depois o irmão ou irmã cresce e vocês vão brincar muito juntos.

Isaac olhou bem pra minha mãe, com uma cara de "tá bem, dona, vamos encerrar esse papo":

- Vovó, eu já tenho MUITOS brinquedos.

Fim de papo. Fica pra outro dia.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Três indiozinhos e "o" jacaré.

Três indiozinhos na versão Galinha Pintadinha.



Agora, com vocês, "O" JACARÉ na versão Festinha de Final de Ano.



Isaac não quis ser Índio. Quis ser o Jaca (como ele mesmo chama porque é íntimo) e pronto.
E fez nhac e correu pelo palco com um sorriso sapeca no canto da boca.
E foi o máximo.
E eu babei, né? Como não????

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Mamãe enciclopédia


Que fase.
É boa e ruim ao mesmo tempo.
Um graça de tão irritante.
Tem horas que eu gostaria de ser um poço.
De sabedoria e de paciência.
Seriam dois então. Dois poços.
Mas a gente vai levando. Rebolando entre ser e saber.
Não entendeu?
Ô se entendeu.
Ainda mais se você tem um filhotinho tagarela e atento de 2 anos e 4 meses.
Ok, ok...
Isaac está na fase do "o que é isso?" acompanhado de uma infinidade de interrogações.
O que é isso???????
A pergunta nunca está sozinha, tem irmãs gêmeas aos montes e galopantes.
E elas tem amigos.
Sim. Muitos.
Os dedinhos apontantes.
E estes trazem consigo as negativas.
Porque criança curiosa que se preza não aceita assim a primeira resposta que lhe dão, não é mesmo?
Ao apontar a cadeira (sim, ele pergunta o que é isso pra tu-do, até para as coisas que já está cansado de saber o que são) e ouvir "é a cadeira, meu filho" ele não aceita e responde "não é".
Não é e ponto.
Vire-se para dar uma resposta mais criativa.
E ai de mim se eu resolver dizer "é sim".
Aí que a coisa baba.
Isaac desenvolveu alergia ao "é sim".
E o dia se desenrola entre "o que é isso, mamãe?" e "é isso, filhote" e "não é" e "é isso então" e "hummmm, não é não".
Sem contar que filhote também aproveita a paciência materna que me resta pra pagar uma na minha cara. Fato.

Cito um exemplo:
A cria olhou para a mochila sobre a mesa da sala.

- O que é isso, mamãe?

- É a mochila, Isaac.

- Não é. - respondeu de forma seca e sem dó.

- É sim. É a sua mochila da escolinha.

- Não é. É a mochila da Era do Gelo. Tem o Diego e o Sid.

- Aaaaa... então tá. Reconheceu?

Não satisfeito ele veio me cutucar. Com uma cara das mais sacanas que conseguiu fazer.

- Pergunta pra mim, mamãe... - apontando com aqueles dedos fofos a mochila azul sobre a mesa.

- O que é isso, Isaac?

- É uma bolsa, ué.

E saiu com a bunda rebolenta, sem nem olhar pra trás.
Aí fiquei alí, imaginando o que será da ironia daqui há uns 5 ou 6 anos.....

Atualizando...
Isaac não é mais o "gatinho da mamãe". Agora odeia ser chamado dessa maneira.
Quando pergunto: Quem é o gatinho da mamãe???
O antes ser que miava pra mim agora fica bravo e responde: Eu sou o Isaac Nome e Sobrenome. Ponto.
Buáaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa... (essa sou eu chorando, tá? só pra esclarecer).

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Buzanfa de mãe...

imagem do google

Estou aproveitando as férias da minha mãe.
Ela trabalha. Pacas.
E em dias normais é raro conseguir levar Isaac para vê-la.
Tá. E aí que minha mãe é elétrica. Toma Red Bull na veia, diria.
E alguns minutos com a velha pequeno já dá sinais de que aprende rapidinho.
Ok que ela é professora e tem o dom, sabe?
Prende a atenção dele como ninguém.
Televisão lá é esquecida rapidinho e substituída por panelas, peças, frascos, caixas e brincadeiras na rua.
Fora que as histórias ganham vida.
O lobo se esconde no quintal. Isso quando não está de férias na casa do vizinho ou visitando algum cachorro do condomínio.
Logo os porquinhos correm pro chuveiro, onde há uma passagem secreta, e a cria toma o banho todo olhando pro ralo.
E na hora da fruta? Isaac é consumidor master de maçãs lá na minha mãe.
Sabem porquê? Simples. O Dunga só não fala porque ficou fraco por não comer maçãs.
E logo não há mais bruxa má ou maçã envenenada. A velhinha é uma senhora bacana que dá maçãs vitaminadas que fortalecem o cérebro e as cordas vocais possibilitando assim os outros 6 anões falarem e cantarem alegremente.
Pobre Dunga.... Foi escolher pêras ou bananas ou cajus... Deu no que deu.
E uma tarde na casa da avó rende uma porção de gracinhas.
E ontem estava eu sentanda conversando com a vizinha enquanto Isaac corria pela calçada atrás da minha mãe.
E de repnte me vem a cria com a maior cara de pau:

- Mamãezinha... mamãezinha querida....

Derreti, né?
Fiquei toda toda. Quem não ficaria?
Até a figura erguer a sombracelha....
Puts....
Ele pegou no elástico na minha calça, puxou, olhou pra dentro dela e soltou alto:

- Vou por fogo na bunda da mamãe!

E saiu dando risada. Das altas.
Como se ele próprio tivesse construído a casa de tijolos e acendido a lareira.
Até explicar que o focinho dos três porquinhos não é tomada, meu bem....

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Latindo alto


imagem de versos.intimos.zip.net

Tá que mãe é mãe.
E é bicho besta.
É mãe de tudo.
Falo por mim.
Lá em casa os cachorros são filhos, as plantas, as formigas, até a perereca que apareceu pulando no meu quarto esse final de semana recebeu tratamento especial.
Toda criatura vira filho.
Menos as baratas. Claro.
Não as torturo, mas também não as adoto.
Já deu pra entender, né?
Não?
Expliquemos...
Passei lá na Mari hoje, a Mãe da rua, e vi que ela está querendo ajudar um amigo E alguns cachorros. Só alguns.
Tá. São muitos.
Mas a gente se une e tenta dar um jeito.
Acontece que a Mari tem um amigo que herdou os cães e precisa achar lares pros caninos.
E eu, que adoro cachorrinhos e sou mãe, cheia de dengo e amor no coração, logo abracei a causa e estou aqui, latindo alto:

Adotem uma das coisicas fofas lá do amigo da Mari!!!!

As fotos e tooooda a explicação estão no Inventário de coisas úteis, que é o blog do amigo da Mari.
Quem quiser adotar um cachorro só precisa entrar em contato pelo e-mail solardoscaes@gmail.com.
Ótima semana, queridos.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Escolhendo a escolinha

A Patrícia, do Coisinhas da Família, chegou aqui ontem - e como eu na época - toda "normal", cheia de dúvidas e medos com relação a escolha da escolinha pro pequeno Octávio. Pelo que entendi ele vai pro berçário quando acabar a licença-maternidade.
E eu lembrei bem de mim mesma, viu Paty, e te falo, a escolha da escolinha é sim um dos Top Five "Oh vida! Oh céus!" da maternidade.

imagem de eternapoesia.blogspot.com

Taí.
Não sou expert, pedagoga, psicóloga, educadora. Sou mãe.
Portanto, vou contar aqui neste post como é que foi escolher a escolinha pro Isaac, meu filho.
Não foi fácil pra mim. E nem imagino que seja pra mãe alguma.
Eu era/sou uma mãe de primeria viagem que até então achava que ia parar de trabalhar quando a cria nascesse. No meio do caminho decidi que não. A jornalista não iria às catacumbas e filho criado pela vó era possibilidade definitivamente nula. Ter babá em casa 24 horas por dia todo dia também era idéia pouco provável.
Logo, o berçário era a nossa primeira opção. Por princípios, por necessidade e tudo o mais que um casal de pais jovens e novos em folha poderiam ter o direito de ter.
Ok.
Mas qual?

Mergulhei numa pesquisa.
Sentei com a lista telefônica na mão e futuquei todas as escolas que eu já sabia ter berçário.
Separei as que eu simpatizava. Coisa estranha. Como é que eu, até então baladeira, trabalhadeira e sei mais o que eira sem filho ia simpatizar com berçário? Não sei.
Aí vem o lado sangue-suga materno. Toda amiga, conhecida, mulher que chegasse perto era logo abordada com o assunto.
Juntava uma informação aqui e outra alí.

Me dei um prazo.
Licença-maternidade de 5 meses + 1 mês de férias. Ok.
Tinha que ter o berçário resolvido até o quinto mês do pequeno. Assim, teria um mês para adaptações* (mais minha que dele), um tempo para eventuais tropeços (pessimismo mode ON) e tempo pra mim também, oras.
Listei as escolas-alvo, analisei prós e contras, noves fora.
Me sobraram algumas opções.
*Sim. Fiquei vários dias passando alguns momentos na escolinha junto com o Isaac até eu ter certeza de que eu e ele ficaríamos bem um sem o outro.

Fui visitar cada uma delas, com Isaac nos braços.
Tá. Esta é uma etapa difícil. Nada parece tão limpo, tão bonitinho, arejado, cheiroso, silencioso, perfeito quanto seu filho merece. (E sim, você só vai se dar conta disso com um tempo de experiência e não adianta eu falar um monte aqui).
Lógico que eu analisava atendimento, tratamento, higiene, estrutura, cara das professoras, cantos arredondados ou não, brinquedos, área verde, janelas, portas, enfim. Toda a sorte de neurose-ou-não. Fiz todas as perguntas técnico-maternas possíveis e um pouco mais.
Mas uma "tia" muito querida me deu a dica mais valiosa de todas e eu divido aqui com você, Paty.

Repare nas crianças.
Olhe bem para elas. Veja se estão a vontade, com rostinhos felizes, coradas, sem chorar, indo e vindo, brincando. Se estão limpas. Se tem um contato bacana com as professoras. Se trocam olhares carinhosos com os colegas.
Criança é bicho transparente, sincero. E são os pequenos que sabem se o lugar é bom ou não pra eles. Do jeito que se deve ser.
A gente entende de limpeza, de alimentação, proteção, de marca de fralda e sabonete. Eles entendem do "sentir bem" da maneira mais pura e isso fica estampado na carinha deles.

E foi assim...
Lógico que a escolinha que escolhemos não é 100% acertos. O importante também é ter canal aberto com professores e diretores para sanar dúvidas e dar sugestões. Participação é TUDO. Hoje já tenho mais em mente que lugar algum vai ser como a minha casa. Não descuido. E vamos indo.
Isaac está na mesma escolinha desde então. É pequena, com poucos alunos, área verde, alimentação bacana, atividades, parque grande, onde todo mundo se conhece. Eu gosto. E sei também que logo vai se tornar um lugar pequeno demais e ele (e eu também) vai ter que se adaptar em outra escola.
Mas são coisas da vida, não?!?

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A escolinha e o suco de frutas

Isaac voltou pra escolinha ontem.
Deu um tanto de trabalho, não comeu direito, chorou, ficou triste.
E o pior pra esse coração de mãe é que ele teria que ficar o dia todo por lá...
Liguei no meio do dia e fui informada que ele já estava mais tranquilo, que estava brincando com os colegas.
A escola fica mais vazia esta época, num esquema curso de férias, nem todos os amiguinhos estão lá.
No final da tarde fui buscá-lo pronta pra descarregar toooodo o carinho do mundo na cria.
Fomos pra casa conversando, cantando no carro.
Ao chegar em casa deixei o som bem alto e ficamos dançando na garagem, rodando, pulando, correndo um atrás do outro, rindo da vida.
E agora?

- Hummm, Isaac, mamãe está com vontade de tomar um suco de fruta...

Pequeno torceu o nariz e bem que tentou:

- De caixinha???

- Nãaaaao... de fruta fruta.

Foi aí que tive a melhor idéia ever:

- Você me ajuda a fazer?

O interesse foi imediato e corremos pra cozinha.
O sabor ele escolheu: Laranja com morango.


Enquanto eu espremia as laranjas, meu filhote, de cima da cadeira, ia colocando os morangos dentro do liquidificador. Depois me ajudou a colocar os gelinhos e ficou encarregado de ligar a máquina assim que eu desse o ok.


Foi uma farra. Das boas e saudáveis. Com dois TOP-momentos: Um deles foi ouvir o pequeno tentar falar liquidificador. Ele tentou de tudo, misturou com computador e deu uma palavra que nem um membro da Academia Brasileira de Letras decifraria. Uma graça. O outro é o tim tim. Brindemos. Sempre, certo?


E o melhor? Pequeno bateu mais que um copo de suco sem reclamar. Yes, baby, tomou tudinho!!!!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Mais do Forte: Instituto Baleia Jubarte



Mais um lugar que com certeza seu filho vai adorar na Praia do Forte.
O Instituto Baleia Jubarte não é enooorme nem tecnológico.
É um lugar repleto de natureza e simplicidade. Coisa que criança ama.
São várias réplicas da baleia espalhadas por um caminho, espaço pra correr, tocar, brincar.
Explico melhor o que é...
Criado em 1996, o Instituto tem como missão conservar as baleias jubarte e outros cetáceos do Brasil. A organização possui um Programa de Resgate de Mamíferos Aquáticos e atua nos encalhes no litoral da Bahia e do Espírito Santo.


E é na Sede Regional que fica na Praia do Forte que está o Centro de Pesquisa e Educação Ambiental (CENTROPEA) do Instituto Baleia Jubarte. Há um anfiteatro coberto onde encontramos painéis informativos, réplicas com informação sobre diversas espécies de baleias e tanque de toque com artigos variados.


No espaço, há também um esqueleto de baleia-jubarte adulta, réplicas, painéis informativos, lojinha, jardins e infra-estrutura para lazer.
Não vimos atividades, já que chegamos bem no final da tarde ao Instituto, mas pelo que vi no site, há vários programas de Educação Ambiental por lá.


O CENTROPEA é também o ponto de partida dos cruzeiros de turismo de observação de baleias (whalewatching) de julho a outubro, quando os turistas assistem a uma palestra informativa antes de embarcar.
Aaaaa.... perdemos, né?!?! Chegamos tarde demais, em novembro, e as baleias já tinham ido embora. Mas pelo que pudemos sentir vale muito a pena, pois elas chegam muito perto da praia.

(No Brasil, o turismo de observação de baleias (whalewatching) é regulamentado pela portaria do IBAMA nº 117/1996 (alterada pela portaria n° 24/2002), que estabelece normas para prevenir e coibir o molestamento intencional de cetáceos em águas jurisdicionais brasileiras.)

Tá, tudo bem, mas pequeno se esbladou mesmo assim, já que a imaginação dele permitiu que ele visse baleia de mentira e de verdade tudo ao mesmo tempo agora.


Pagamos R$6 por adulto para entrada. Isaac não pagou.
O passeio foi rápido, logo não precisamos usar banheiro ou fraldário, nem fazer lanchinho, então não tenho informações mais detalhadas.
A lojinha tem coisas bacanas, bem no estilo do Projeto Tamar, mas em escala bem menor.
Vale a pena, viu?!?!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Dicas de viagem: Projeto Tamar



Continuando então com a série de dicas sobre a Praia do Forte.
Eita lugar bacana.
A gente sai de lá já com saudade, olhando pra trás e pensando "pra cá eu volto. Ô se volto".
Bom,
mas um dos requisitos que um destino tem que ter, pelo menos pra mim, quando se leva crianças, são atrações pros momentos onde praia é assunto expressamente proibido. Tipo entre as 11h e as 16h.
E Praia do Forte tem uma vila que é um charme.
E tem uma unidade bacanérrima do Projeto Tamar.
Junte isso ao fato do meu filhote ser um viciado por tartarugas.
E aí que o lugar é mágico até pra adultos. Areia pra tudo que é lado, o mar alí proporcionando trilha sonora tudo de bom, aquela brisa que só existe por lá, tubarões, peixes, tartarugas, raias, réplicas, lugar pra brincar e pôr a mão.
E quem é que não vai gostar?
Fomos dois dias.
No primeiro Isaac ficou um pouco tímido, não conseguiu ver muita coisa e desanimou rápido.
Aí descobrimos o dia e a hora em que poderíamos participar da alimentação das tartarugas e repetimos a dose.
Foi uma festa. Pequeno curtiu tu-do.



  
E saca só a surpresa mais que boa eu tive lá no Projeto Tamar! A Jujuca, o Lucas e o Andrio.


Recomendo, antes de entrar na unidade, vocês darem uma boa olhada nos horários de atividades. Há dias em que a alimentação interativa é com os tubarões-lixa, no outro com as tartarugas. Há horários onde é possívela acompanhar as tartaruguinhas sendo soltas na praia. Também existe a possibilidade de visitas orientadas, que são bem bacanas.
Bom, tudo aqui no site do Projeto, ok?!?
Ah! No site eu não encontrei o valor da entrada, mas se não me engano, foram R$12 por adulto e R$6 para o Isaac.
E segure-se. A lojinha é uma perdição. Coisas bárbaras. Foi de lá que saíram a minha agenda deste ano, camisetas bacanas, brinquedinhos e o presente da amiga secreta do Isaac, a Lívia Becker, filha da Vania, do blog Amar é...

Bjo bjo bjo!!! E um ótimo ano novo pra todos nós! Cheio de excelentes viagens!

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