sexta-feira, 30 de abril de 2010

Mudou o tempo. E começa a temporada de atchins! cofs! buás! e ugos!

Isso mesmo,
Mudou tempinho, um coleguinha da escola fungou mais fundo o narizinho.
Aí já viu...
E lá vamos nós. Pro pediatra, pra farmácia, pro canto da cama, pro banho demoraaaado.
Isaac está com faringe, garganta, ouvidos irritados. Segundo a doutora ainda não pode-se dizer “infeccionados”, mas estamos bem próximos disso.
Resultado: Febre, irritação, manha, preocupação de sobra e dias sem escolinha.
Sem contar que a tosse traz consigo um companheiro que particularmente não gosto nem um pouco: o vômito.
Puts! Que coisa mais chata! E o pior é que os pequenos não escolhem onde nem avisam que estão com ânsia. Numa fração de segundos tossem e Uuuuugo! Lá se vão lençóis, fraldas, roupas e tempo, muito tempo pra acalmar o pequeno que já entende e já sente nojo.
Não reclamo não. Mãe é pra essas coisas mesmo. Mas fico com o coração apertado ao ver o meu filhote olhando pras mãozinhas sujas, chorando como se o mundo tivesse acabado.
Paciência. Uma virtude divina. Sei que toda mãe tem uma boa quantidade guardada em algum lugar, liberada em doses necessárias, a cada manhã. Amém.
Nojo? Não sinto faz tempo. Amém também.
Mas preocupação... Ô! Tenho pra todas nós. E trabalhar e “maternizar” (palavra nova?) percebi essa semana são uma loucura meeesmo. Ontem soltei em voz alta ao ver a lista de coisas que deixei pra trás: MEU DEUS! ESSA SEMANA CORREU! NÃO CONSEGUI FAZER NADA!
E ouvi do maridão de plantão com toda a calma que eu nem sabia que existia: NORMAL, FILHO DOENTE EM CASA. ACONTECE.
Agradeci em silêncio por ter aquele ser ali comigo. Por ter aquela voz pra me confortar.
Aí, voltando aos Ugos do Isaac e da vida...
Analisando bem, vomitando, colocando pra fora a gente acalma.
Acalma a garganta, a ânsia, a carência. Aquieta a preocupação e age com mais sabedoria.
Sei que ainda tenho mais alguns dias de antibiótico e antitérmico pro pequeno. Sei que, com toda certeza, esse vírus que agora luta em mim (isso, tô fungando, escorrendo e com a garganta raspando – o que é um saco pra quem tem um programa de rádio) vai durar no mínimo uma semana.

Que remédio?
Aprendi então... Paciência, perseverança, imaginação e força. Muita força.
Cheguem muito perto não, hein!
Bjocas de longe!
Atchim!!!!!

Aaaaa!!! aproveito pra uma interação!
Uma amiga queridona, a Emanoele, ao ouvir a minha voz entupidérrima no telefone ontem, soltou uma receitinha da avó: queimar açúcar com gengibre e tomar aos poucos.
Meu colega aqui da rádio, disse pra usar um spray de própolis com agrião, receita mais que dá vó que a indústria farmacêutica embalou e faturou.
Alguém aí tem alguma dica?

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Dia da sogra. Ser mãe também é ser nora


Pois bem.
Sei sim que o Dia da Sogra foi ontem.
Aliás, data "comércio comemorativa" que faço questão de não esquecer. Coloco na agenda, mando flores, telefono.
Mas não consegui postar nada ontem.
Dois motivos: Primeiro que ser nora chega ser um assunto delicado e eu definitivamente estava sem letras para começar um texto sobre. Segundo que o dia foi uma pauleira e o maridex me mandou dois links interessantíssimos só no finzinho da tarde e eu estava louca pra pegar meu filhote que, dodói, foi passar a tarde da sogra com a vovó paterna.
Acontece que, sei lá eu se Freud explica, ser nora e ser sogra não é das tarefas mais fáceis. Não sou sogra ainda, mas rezo para que Deus me dê graça e sabedoria para ser uma bem boazinha ou, no mínimo, compreensiva.
Como nora? Olha, luto para ser eu mesma com mais açúcar do que espinhos.
Bom, mas o motivo de abordar esse assunto, mesmo que parecendo desatualizada, é passar a vocês esses links, achados na unha pelo "filho" em questão.

Boa leitura!



Bjocas.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Revivendo momentos. Parte 5: Circo

Vieram anunciar aqui na rádio que um circo novo está chegando a cidade e precisam de homens para ajudar na montagem da estrutura. O fato me fez lembrar que em algum lugar estava um texto relatando a primeira (e única por enquanto) ida do Isaac ao picadeiro.
Divido aqui com vocês então, aproveitando para dar a dica de passeio, combinado?
...

Trapézio emocional desta mama em julho de 2009

Quando me dei conta estava lá, dando voltas e olhando pra lona colorida como se fosse criança.
Isso mesmo. Domingo levamos o Isaac ao circo.
A grande maioria das pessoas ficou espantada quando decidimos o passeio. Nós não.
Como diria o carnavalesco: Fomos que fomos!
Sem medo, já que atualmente tudo desperta a curiosidade do pequeno e não tem nada melhor do que uma lona de circo colorida para uma criança que resolveu que as coisas mais interessantes do mundo estão acima (ele esta na fase do vuvuvu do ventilador e do pisca-pisca das lâmpadas).
Isaac curtiu sim, cada pedaço do espetáculo que durou cerca de 2 horas. Pulou, dançou, gritou, mamou, beliscou umas bolachinhas e não quis nem saber de sentar. Viveu.
O filhote curtiu, apoiado na barriga do pai, olhando pra cima a moça balançando nas cordas e o rapaz se equilibrando sobre cadeiras.
Certo que na minha época circo tinha leão, macaco, cachorrinho com roupa. Mas acho que isso não faz falta não. Os trapezistas, malabaristas, bailarinos e palhaços continuam lá, com a mesma graça clássica e cativante.
E outra, não podemos desmerecer a era tecnológica que vivemos, os recursos de som hoje em dia são bem melhores, e tem até telão complementando o que acontece no picadeiro.
Mais uma novidade, pra mim e pra ele. Mais um vulcão de sentimentos que aprendi a sentir sendo mãe. E lá estava eu, parecendo uma boba, com os olhos cheios de lágrimas enquanto todo mundo ria... fazer o quê?! Me orgulho de cada cara de babona que faço, mesmo.

Ah... não sei como é na cidade de vocês, mas aqui circo aparece quase nunca. Se tiverem a oportunidade aproveitem. É um programão pra toda família.

Quem é de Bauru e região pode aproveitar o Circo Maximus, que fica na cidade de 30/4 a 30/5.
Com certeza vou levar o pequeno.

Bjocas!!!

terça-feira, 27 de abril de 2010

Viajar e deixar o pequeno. Eu consegui!

Depois que viramos mães nossa vida se transforma em um leque. Leques, aliás. Leques de opções, de preocupações, de responsabilidades, de novidades.
E não sei como, mas além dos leques e “otras cositas más”, no kit maternidade vem também o drama. Mãe fica dramática mesmo. Drama digno de atriz mexicana.


E eu me senti assim, quando me vi de cara com as minhas férias, tão esperadas férias.
Vá lá que sair pra viajar não deveria deixar ninguém aos prantos ou na dúvida, mas eu fiquei sim, toda chorosa. Primeiro porque queria viajar com o Isaac de qualquer maneira.
-Onde já se viu o próprio pai querer sair de viagem sem o filho? Pensava eu indignada.
Depois, porque decidi dividir as férias em FAMÍLIA e LUA-DE-MEL e me senti eternamente (por um tempo) culpada com isso.
E agora vem a pior parte, ou melhor, depende do ponto de vista... Duas avós sedentas de vontade de ter o neto só pra elas. Ui! Com U maiúsculo. Somei os dias, estudei, analisei, consultei o i-ching, a bíblia, os santos, noves fora e pronto: Cada vovó teria seus dias e noites com o pequeno. Malas prontas, manual de instruções revisado, consciência a milhão, vamos que vamos.
Nunca pensei que podia ter tantas idéias e pensar em tanta besteira em tão pouco tempo, mas passou. Respirar fundo virou hábito diário... diário que nada! Mentira! Virou estratégia vital para esta mama aqui. As preocupações vinham em cascata, as soluções passavam lá longe dando tchauzinho. A imaginação passava pela Grécia antiga e pelos noticiários podres da TV. Pirei, confesso que por vários momentos.
E outra, além do pé atrás com o estrago que mimos e paparicos causariam no Isaac, havia o comportamento das avós. Elas que, por natureza, já acham que são um pouco donas dos netos, me metiam um pouco de medo. – O que será que achariam depois de alguns dias com o controle nas mãos? Afff... Podem me chamar de louca, mas acredito que não esteja sozinha nessa. Já que duas ou três amigas minhas passaram pelo mesmo dilema.
Passado o momento paranóia e a minha vontade de viajar gritando como louca na minha cabeça, decidi que não ia morrer por causa desses grilos.
Aí, me lembrei das neuras das primeiras férias da escolinha, do primeiro dia sozinho com a babá, e imaginei como é que vai ser quando o meu filhote virar pra mim e falar que vai fazer intercâmbio no Cazaquistão (mãe fica tudo louca mesmo. Já aceitei. Uma maluquice pra compensar a outra. Tudo saudável, não é meninas? kkkkk).
E então tudo ficou mais claro e calmo. A tempestade passou. Fui viajar feliz.


Curti com o maridão. Aproveitei a viagem, a companhia, a Lua, o Mel, a ida e a volta. Aproveitei a saudade. Chorei como uma louca no dia do meu aniversário ao assistir o vídeo que a vovó mandou com Isaac cantando “Parabéns a você”. Chorei de ansiedade durante o vôo de volta. Ri de alívio ao pensar em tooodos os presentinhos que compramos, no tempo de descanso, chegar nova e aproveitar mais o meu filhote.

Se ele voltou pra casa com manias? Várias e extras. Todas com correção garantida.

No fim, querem saber? Faz bem pra todo mundo. Pra nós, que além de pais somos marido, esposa, homem e mulher. Pros avós e pro pequeno Isaac, que precisa ter ser tempo com todo mundo pra aprender a ser quem quer ser de verdade.

A saudade doeu? Os cachorros lá de casa fizeram mais festa que o pequeno ao verem a gente. Hahahahahaha!

Ótima semana!
Bjocas

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Dicas de viagem: Isaac foi pro mar - Barra do Sahy

Queria levar o Isaac pra conhecer a praia. Mas e agora? Como, onde, quando e como viajar com uma crianças de 1 ano de idade? Simples. Abri o "100 praias que valem a viagem" do Oráculo Riq Freire, e achei um ícone mais que necessário pro momento:
um baldinho e uma pazinha.
É pra lá que eu vou! - pensei toda feliz. Li e reli as praias recomendadas com o tal ícone e escolhemos Barra do Sahy.
E fui super feliz!
A vilazinha super tranquila, com supermercado, padaria, farmácia e gente simpática parece que foi feita mesmo pra pais de primeira viagem.
E o melhor: No final de semana, todas (todas mesmo) as pessoas que entraram na areia estavam com carrinho, bolsa de brinquedos e piscina inflável... demais! Demais porque se seu filho resolve ter uma crise de choro ao tomar um caldo, passear sozinho, olhar com vontade pro biscoito do guarda-sol ao lado, todo mundo entende. No fim, é um boa oportunidade pro seu filho conhecer as delícias de ter "um amigo das férias".


A praia é tudo o que o Riq descreve no livro. Mar calmo, água limpa e o vento freco fica mais gostoso quando se está sentado debaixo das árvores enormes que estão logo alí na areia.


Outro ponto mega positivo é que as pousadas estão preparadíssimas pros pequenos.
Ficamos na Pousada da Foca e não precisei levar bercinho, banheira, nada. Estava tudo lá e ainda uma copa a disposição pra lavar mamadeiras, aquecer leite ou papa.
As barrcas na praia tem atendimento personalizado e pudemos contar com água doce a qualquer momento pra encher a piscininha do pequeno. (As caipiroskas de lima da pérsia continuam lá, viu Riq, deliciosas, e mais fraquinhas também pras mamães que tem que ter atenção redobrada.)
E mais, Barra do Sahy fica a 4km de Juquey, onde estão restaurantes pé na areia muito bons, shoppings e a parte mais agitada do pedaço. Dá bem pra se passar alguns minutos no ar-condicionado do carro e parar pra almoçar vendo a moçada aproveitar a vida.
Meu filhotinho adorou a praia, o mar, a areia, a natureza e esta mama aqui voltou nova pra casa.


Pontos negativos??? Puts, morador folgado com cachorro na praia. O que deu (um pouquinho) pra compensar com a enorme quantidade de lixeiras distribuidas na areia.

Voltaria lá, com certeza.

Mamãe navegando:

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Dica de DVD: MPBaby Amizade

Fiz uma descoberta muito boa quando Isaac era novinho: o DVD MPBaby Amizade.
Agora ele continua adorando e pedindo para atiti a mimiga (rs)...


O DVD traz uma série de pequenas histórias animadas que tem como tema as cantigas de roda que conhecemos tão bem, como "Ciranda cirandinha", "Peixe vivo", "Samba Lelê", "A canoa virou", entre outras maravilhas da cultura popular.
Os desenhos de traços simples e bem coloridos chamaram bastante a atenção do meu pequeno e além das personagens principais (uma simpática abelhinha e uma curiosa formiga), os vídeos enfocam bem o sentido de amizade e cooperação trazendo novos personagens a cada cantiga, como o tatu-bola, gato vira-lata, Sapo Cururu, vagalume, boneca, passarinhos, pintinhos.
Sem contar que as músicas, interpretadas sem voz, só com violão, acalmam o finalzinho de tarde do Isaac e ele fica bem mais tranquilo para as últimas atividades do dia.
Outra parte boa do DVD, é que como as cantigas são da "minha época", e eu as canto sempre aqui em casa, Isaac ficou super familiarizado. E dá pra cantar com o bebê durante a pequena introdução onde é mostrado o violão sendo tocado, antes do desenho começar.
Para as mamães com filhos mais velhos (o DVD é indicado de 0 a 5anos), os extras são uma delícia. Trazem o passo-a-passo do chapéu de jornal mostrado na "Marcha Soldado", como desenhar as personagens principais e a melhor de todas: a criança pode selecionar cada personagem mostrado no DVD, e ler um resumo sobre as características de cada um.
Depois desse já adquirimos, da mesma série, o Hora de Dormir, que da mesma maneira, mostra a rotina de uma enooorme família de coelhos e de uma família de porcos-espinho.
Além dos DVDs, há uma infinidade de CDs de música de boa qualidade pros pequenos. Mas isso é assunto pra outro post.

Recomendo.

Mamãe internetando:
Toda a linha MPBaby é muito boa!

terça-feira, 20 de abril de 2010

Ui! É cólica!

Cólica realmente é um assunto que não cai de moda quando se trata de maternidade.
Grande motivo de preocupação entre as gestantes, e culpado pelo estresse entre a maioria das mamães, o desconforto, a dor e o choro do pequeno estão no meu “TOP FIVE OH VIDA! OH! CÉUS”.
Graças a Deus que Isaac não teve muita cólica, mas também adotei uma série de medidas preventivas pra garantir que a dorzinha lendária ficasse bem longe lá de casa.

Se ainda der tempo... Aqui vai minha listinha básica:

- Meias: Minha avó já dizia e a pediatra assinou embaixo. Pé quentinho deixa a friagem longe e a noite mais tranqüila. Meu filhote só ficou descalço mesmo depois dos 6 meses de vida.

- Chá: O pequeno só mama no peito. Então, dizem os médicos, que tudo o que você ingerir vai influenciar na saúde do filhote. Eu tomava chá de camomila quase que o dia todo. Dica do meu obstetra. Deixava na geladeira e bebia no lugar da água, sem açúcar, bem fresquinho.

- Mamãe canguru: Isaac chegou em casa com 1,8kg. Confesso que tinha até medo de perdê-lo dentro do berço (kkk). Então, ao menor sinal de desconforto eu o colocava com a barriga bem grudadinha ao meu corpo. Encaixava o bebê no meu peito, em pé, e massageava suas costas.

- Shantala: Com a imensidão de produtos da Natura que ganhei e comprei durante a gestação veio um livrinho ensinando a massagear o bebê. O óleo da marca é de passiflora (que promete acalmar) e o cheirinho é suave e gostoso. A experiência é uma delícia tanto pra gente quanto pros pequenos. Isaac ganha sessões de massagem até hoje e ainda dá os pés pra eu dar carinho enquanto ele mama. O melhor é que o contato garante melhora em cólicas, resfriados, dores em todos os sentidos.

- Quentinho: Compressas morninhas ajudam a confortar o filhote em qualquer situação. Nós compramos uma bem natureba, feita de sementes de soja que dá pra aquecer no microondas e em 50 segundos está quentinha e pronta para ser usada. Depois ganhamos uma manta elétrica de uma prima. Quebra um super galho até hoje.

- Mylicon gotas: Pelo amor de Deus, hein? Não estou aqui pra receitar remédio pra ninguém, só estou contando o que me ajudou no período doloroso. A pediatra do Isaac indicou o Mylicon como prevenção as cólicas. As 3 gotinhas eram dadas religiosa e diariamente. Consulte o pediatra do seu pequeno antes de dar a ele qualquer medicamento, ok?

- Posições: Quando a criança está chorando você tenta de tudo. Bom, barriguinha pra baixo ajuda a esquentar e a soltar os gases. Colocar o bebê em contato com o corpo da mãe aquece e dá conforto. Pais, que geralmente tem o braço maior, podem apoiar o bebê com a barriga pra baixo no ante-braço.

- A Bicicleta: Hoje que Isaac já é maior, quando vejo que está com uma coliquinha básica, barriguinha inchada, faço a famosa bicicletinha. Deito ele de barriga pra cima, seguro suas pernas e as movimento como se estivesse pedalando. Resolve.

Bom, fora isso tudo? Muita cantoria, beijinho, carinho e horas na cadeira de balanço.

Beijocas!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Dicas de viagem: Um bebê na capital

Já estou buscando um próximo destino pra conhecer com o maridex e o pequeno.
Nossa! Quanta coisa a gente quer mostrar pro filho, não?!
Mas vou aqui, elencando o que esta mama aprendeu neste 1 ano e 7 e pouco de viagens.
...


Primeiras férias. E agora?

Quando é só o casal qualquer pousadinha sem lençol quebra o galho. Qualquer casa de amigo, de parente, destino incerto, parece o reino.
Pois bem. Apaga tudo.
Depois que o pequeno chega ao lar, a viagem de férias é quase que assunto pro ano inteiro.
Quando a minha licença maternidade estava terminando resolvi que queria viajar pra voltar ao trabalho com as energias renovadas. Mas aí me vi de cara com uma série de poréns que dificultaram um tanto a empreitada.
Você se depara com uma série de bichos de 7 cabeças:
Onde ir
Como ir
Onde ficar
O que levar
Quanto tempo ficar
Calor ou frio
E vários outros etecéteras que não caberiam aqui.
Bom,
Passou. Hoje já estou, digamos, mais tranqüila em relação às dúvidas. Mas entendam, elas ainda existem sim.
A nossa primeira viagem com o Isaac (na época com 4 meses) foi básica. Primeiro pensamos em Campos do Jordão, um lugar mais fresco, numa época menos movimentada, com hotéis bacanas. Pesquisamos, mexemos, fuçamos. Nada. Acabamos indo passar os dias entre o Natal e o Ano Novo em São Paulo, o que não foi nem de longe uma má idéia.
Vou explicar.
Nós, eu e maridex, particularmente, adoramos tirar uns dias na capital. É um lugar onde se acha de tudo pra fazer, pra ver, pra comer, pra se divertir, pra comprar, enfim.
Os dias “Pós-Noel” são uma maravilha. Não há trânsito, fila, empurra-empurra, barulho. E o melhor, os shoppings estão todos em liquidação. E toda mama está sempre numa busca louca atrás de algo que falte no enxoval. Sem contar que a decoração de Natal para os pequenos já é uma atração a parte.
Com a viagem reduzida, apenas 4 dias, já que estávamos mega inseguros em ficar mais tempo longe de casa com o filhote, conseguimos aproveitar bem os passeios.
Levamos Isaac no Aquário de São Paulo - que aliás é um programa recomendadíssimo pra todas as idades - ao Mercado Municipal, a restaurantes com ambientes agradáveis e diferentes, visitamos amigos.
Programas bacanas que, mesmo sendo ele tão pequenininho, aproveitou a sua maneira.
Na minha opinião, nunca é cedo para apresentar certos tipos de coisas as crianças. Os peixes se movimentando no Aquário, os cheiros e cores no Mercado. Tudo isso é uma delícia de sentir e conhecer.
São Paulo é sempre destino certo por causa disso. Cidadão com estrutura pra tudo. Ótimas opções de lazer pra qualquer hora do dia e humor.
Sem contar as facilidades: Bons fraldários, muitas opções de hospedagem, restaurantes mega adaptados pros pequenos, infinidade de supermercados e farmácias abertos 24hs.

Depois dessa primeira, a quilometragem do pequeno já rodou mais um tanto.
Fiz outras viagens expressas com o Isaac e não tive dificuldade alguma.
Logo conto aqui pra vocês como foi.
Mais Sampa, Águas de Lindóia, Barra do Sahy.

Mamãe Xeretando:
Adoro fazer turismo gastronômico e achei esse link básico de onde comer com os pequenos na capital!

Boa semana e boas viagens...

sábado, 17 de abril de 2010

Dica Cultural: Todo dia é Dia do Índio.


Bom, o Dia do Índio é 19 de abril, próxima segunda-feira.
A escolinha do Isaac adiantou a festinha pra ontem, já que bagunça (no bom sentido, claro) de sexta-feira é bem mais bacana, né?
Os preparativos da festinha - Isaac chegar em casa falando de índio, fazendo como índio quase que a semena toda - me fizeram perceber que tudo mudou mesmo.
Na minha época a gente brincava sempre de índio. Usava fantasia de índio sempre que aparecia uma oportunidade. Tinha uma aldeia logo ali pra visitar. Não era uma realidade tão distante.
Hoje, se não procurarmos no Google, ou em enciclopédias beeeem antigas, fica cada vez mais difícil explicar aos pequenos quem é que foram/são os indígenas. Povo, aliás, muito importante pra nossa formação, cultura, língua.
Ontem mesmo peguei o filhote na escolinha, depois da festa, e ele veio todo animado.
As tias organizaram um trabalho muito interessante com as crianças de todas as séries.
Além dos cocares, colares, penas e muita tinta, a festa de índio foi completa com comida típica, música característica, atividade e tudo o que se tem direito.
Ótimo para ampliação do repertório cultural e do vocabulário dos pequenos. Isaac olhou pra mim e soltou, de uma só vez: Manhoca (mandioca, ta?), fubá, pipoca, sagú, colar, inho (índio, fácil), uh uh uh uh uh uh uh uh!!!!!!!!
E isso, amigos, não tem preço.
Meu filho ainda é muito novinho, mas desde que um painel do Dia do Índio foi colocado na escolinha eu já converso com ele sobre a cultura indígena. O que dá pra ele entender, claro, como a pesca, a casa diferente, a roupa.
Pros mais velhos, deve ser uma delícia contar sobre os nomes das cidades, das ruas, dos alimentos. Exemplo é o que não falta: Bauru, Araraquara, Jabaquara, Pororoca, tapioca, jabuticaba, por aí vai.
Aqui na minha cidade não há um Museu do Índio, a Funai vive em conflito por aqui, a Aldeia de Araribá não é mais tão aberta.
Procure por perto da sua cidade, pode ser que haja um programaço aí, esperando por vocês.

Mamãe Goggleando:

Bjoca, até segunda.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Bebê fashion, foto, mamãe tricotando. Tudo junto.

A Bruna também é mãe fresca, como eu.
E está organizando um evento pra reunir mamas que adoram ver os pequenos chiques e arrumadinhos.
Aí vai o convite que acabei de receber.
Quem mora em Sampa ou tem oportunidade de ir pra lá, acho que vale a pena.
Se não for pelas comprinhas, que seja pela companhia, garanto ser muito bacana.
Bjo meninas!


O filho corre. A mamãe vai atrás, ué...

Olha só, meu pequeno Isaac já dá suas corridas.
Não é mais tão pequeno assim.
E essa mãe aqui, quando para, desmaia. Filho andando, correndo, brincando, descobrindo cada detalhezinho da vida, falando sobre ela. Contar o que acha. É a vida se fazendo e transformando ali, bem em frente aos nossos olhos.
Aí percebo e entendo que a maternidade é uma dádiva. Criar e educar um filho é um presente. Sou grata.
É tanta experiência que as vezes me culpo por não conseguir acompanhar ou ter uma reação imediata a tudo. Não conseguir registrar como deveria.
Infelizmente o livro do bebê ficou num canto do armário e no lugar dele eu resolvi viver. Viver os centímetros a mais, usar as mãos para brincar, os pés para correr, os olhos para analisar e exercitar bem o cérebro para guardar as lembranças.
Vou enfiando cada pedacinho de novidade na gaveta do coração. E que gavetaço cada mama tem! Vivo repetindo: cadê a câmera? Ah... se meus olhos batessem fotos... e as imagens estão aqui sim. Em algum lugar, guardadinhas. E elas vem, quando eu mais preciso e quando quero sentir aquele cheiro, aquele abraço ou ouvir aquele “mamãe” da madrugada.
Ser mãe é ter culpa, mas a gente também aprende tão rápido a lidar com ela quanto fazer mamadeira, preparar o banho e a trocar a fralda.
Viver a maternidade e as questões que a envolvem não é um bicho de sete cabeças. Tem dia que é um de 11 cabeças, mas tem dias que é um de uma só e de fácil compreensão. Quase uma cartilha “Caminho Suave”.
E a paciência? Tem dias que peço perdão a Deus por ter desejado tanto o meu pequeno e não conseguir ter paciência para lidar com ele. Mas tem dia que ele dorme e eu ainda fico lá, cheia de gás querendo que o dia nunca acabe.
É uma coisa engraçada, feliz, leve. É uma musica em que a letra é linda e a melodia nunca acaba. Quando precisa animar, agita. Quando precisa confortar, acalma.
Coisas da maternidade.
E ela é sim uma viagem. É um texto, um quebra-cabeças. Um livro, um blog. Um calorzinho num final de tarde. Um abraço com um beijo cheio de baba de dente nascendo.
Eu acho que é, no final das contas, uma satisfação.
Pra mim é.

Eita sexta-feira... Hoje Isaac tem festa do Dia do Índio na escolinha. Amanhã conto pra vocês como foi.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Revivendo momentos. Parte 4. Já perdi dois bebês.

Ontem falei aqui sobre ter mais um filho.
Sobre as dúvidas e incertezas em criar e educar mais uma criança.
Mas antes do Mais um, eu tive um longo caminho até chegar no Um.
Não é pra ser uma história triste, ok?
Muito pelo contrário, vocês já podem conferir, por esse blog mesmo, que esse história (longe de ter um final) é mais do que feliz.
...

Relembrado em julho de 2009

Confesso que não é fácil reviver dias tão tristes, mas falar deles não me dói mais. Me faz apenas aceitar que não estamos no comando de tudo. É lógico que continuo achando que foi uma sacanagem muito grande passar por isso duas vezes, mas hoje consigo analisar a situação com outros olhos. Consigo não só pensar em mim “mãe”, mas no sofrimento de todas as pessoas que estavam lá comigo, o que sentiram também. Consigo enxergar que passou.
Perdi dois bebês numa caminhada longa até descobrir o que realmente acontecia com o meu organismo e qual a solução para os meus problemas.
Mas a perda não é o começo da história. Meu marido nunca quis ter filhos e um belo dia chegou para mim e disse que poderíamos tentar.
Minhas gravidez sempre foram muito planejadas, não tinha nada de surpresa nem indecisão. Foi difícil engravidar pela primeira vez, precisei induzir a ovulação para que finalmente acontecesse. Lembro exatamente como foi pegar o exame e ler “positivo”. Lembro de ter me perguntado, sozinha dentro do carro, se positivo queria realmente dizer que eu estava grávida ou se seria alguma daquelas pegadinhas da medicina. Lembro da sensação boa que o instinto me fez sentir, que ia reproduzir.
Mas é triste porque na época, quando perdi o bebê aos 3 meses de gestação, a avalanche de sofrimento e indignação foi tamanha que não consigo lembrar de um dia bom que seja. Tudo se resumiu ao dia em que o médico falou “aborto espontâneo” naquela sala escura de ultrason.
Meu primeiro aborto foi particularmente dolorido. Tive sangramentos desde o início, tomei hormônio para segurar o bebê, mas em vão. Quando o aborto foi constatado, o médico disse que como não dava mais pra ver o feto o meu organismo já estava liberando os restos por meio da menstruação. Ele pediu que eu voltasse em uma semana para ver se uma curetagem seria necessária. Ao fazer o novo exame lá estava meu filho, fraco, pequeno, mas vivo.
Sinceramente não sei no que pensei na hora, não lembro. Só lembro da voz fria do médico pedindo que eu fosse pra casa esperar o coraçãozinho parar de bater para aí sim passar pela curetagem.
Depois de mais ou menos 1 ano, já com acompanhamento de outro médico, descobri que um septo deixava o meu útero consideravelmente menor. Passei por uma cirurgia e fomos liberados para engravidar de novo. E foi o que aconteceu. Mas logo o sangramento apareceu e em 3 meses já estava passando por outro aborto.
Dessa fase só lembro do medo e da infinidade de artigos sobre adoção que li enquanto estava sozinha. Tivemos uma sorte muito grande com o novo médico, que nos indicou para um especialista. Lembro também do pavor ao ouvir “aborto de repetição”. Será que essa denominação seria permanente? Duas vezes já era repetição demais pra mim.
Foi aí que encontramos o Dr. Ricardo Barini em Campinas. Depois de exames descobrimos uma incompatibilidade genética entre eu e meu marido. Fizemos um tratamento com vacinas (confesso que longo, caro e dolorido). No meio do processo fui informada que devido a uma mutação genética eu teria que tomar injeções na barriga durante toda a gestação.
Na época lembro de ter usado todo o meu vocabulário de palavrões e ter pensado em quão sacana Deus estava sendo comigo, mas aceitei. Olhei pro médico e pensei: me mostra logo essa agulha que eu já quero ir me acostumando com ela.
Não foi fácil, no começo – como eu mesma me apliquei todas as cerca de 200 injeções - respirava fundo e me segurava pra não tremer. No fim, confesso que já estava com medo de uma crise de abstinência e brincava com o meu obstetra que a cada consulta apareceria com um novo piercing, só pra compensar.
Dessa terceira gravidez, que aconteceu logo que nossos médicos liberaram, me lembro de tudo. Tudo mesmo. Eu acho. Olho pra trás e vejo que foi mesmo uma caminhada. Que parei pra tomar fôlego algumas vezes, me recuperei de alguns tombos, passei a pensar de maneira diferente sobre várias coisas da vida. Lembro do receio de contar pros outros, do medo de estar tão feliz. Mas me lembro também de olhar no espelho com aquela barriga enorme e dizer pra mim mesma que tudo acabou bem.
Lembro ainda de ouvir o choro do Isaac, de sentir o cheiro dele pela primeira vez, e de acordar de madrugada só pra constatar que não estava sonhando. Lembro de querer esquecer os abortos e fazer força para lembrar deles como agora.
E faço questão de me lembrar, todos os dias, o quão importante é não ignorar os fatos, aceitar (mesmo que depois de muito tempo) que as coisas acontecem por algum motivo em nossas vidas. Que dói, cansa, derruba, mas passa. 
Que uma hora essa dor toda dá espaço para um novo sorriso, uma nova esperança, um novo começo.

Quinta-feira especial pra todos nós.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Mais um! Mais um!

A Ceila, lá do Blog do Desabafo de Mãe, levantou uma questão que confesso, andava um pouco apagada dentro de mim: O segundo filho.
Tenho certeza absoluta que não serei mãe de filho único. Por vários motivos.
Primeiro, porque acho um egoísmo danado privar uma criança dos prazeres de ter um irmão, já que não me imagino sem o meu (mesmo com as brigas da infância, as discussões da adolescência, os altos papos da juventude e os ois corridos da vida adulta).
Segundo, que não consigo imaginar vida mais chata do que a de um ser que cresce sem herdar roupa, berço, livros, tudo do mais velho. Ou, de um outro que ensina, briga, brinca, protege o mais novo.
Terceiro. É essencial ter alguém pra pegar na mão sem ter vergonha, pra roubar um par de meias, dividir o travesseirto, a gripe e os segredos.
Sou a caçula de 4 filhos. Tenho primos, tios, sobrinhos. Um maridex com uma família “tamanho família” de verdade. E a vida é assim, colorida, com as chatices que acompanham a parentaiada, as intromissões, a fatal falta de privacidade, o coro de conversas numa festa, a tonelada de beijo quando se chega num almoço.
E depois, a gente acaba mesmo imaginando o “e se”: E se o Isaac casar com uma filha única? E se ele resolver ficar solteiro? E se eu faltar a ele mais cedo que o planejado? E se os amigos de carne e osso ficarem cada vez mais escassos?
Acabei caindo naquelas nóias de mama grega, exagerada. Mas é assim.
Os fatores que me levam querer um segundo filho são inúmeros. E a cada vez que penso na possibilidade, mais motivos vêm a minha cabeça.
Depois, tem toda aquela viagem de uma nova gravidez, mais alguns meses de transformação do corpo e da alma, preparação, adaptação. Um novo mundo a ser redescoberto. Saber se é possível ser mãe duas vezes, de crianças em estágios diferentes de desenvolvimento.
A Ceila pensa em ter um menino agora. Eu fico imaginando a Isadora (ou Elisa, ou Sara, ou sei lá) ou em mais um pequeno homem, reafirmando esta mama como minoria absoluta lá em casa.
Enfim, é um assunto que me deixa cheia de interrogações, de dúvidas, de pontos a serem resolvidos.
Fico pensando em estar preparada, ou se estou, se espero, se quero, se devo.
Fico revivendo cada etapa da primeira gestação, da segunda, da terceira. Do parto. Do dia que nasci como mãe.
Iiiiii... Quanta coisa me veio à memória agora. Quanta saudade. Quanta vontade de abraço.
Acho que volto a pensar nisso mais tarde. Ou amanhã.

Bjocas.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Revivendo momentos. Parte 3: O cheiro do meu filho

Somos animais. Ok.
Somos mamíferos. Ok
Temos instintos. Ok.

Logo que Isaac nasceu, alí na sala de parto mesmo, quando a pediatra o apresentou pra mim, minha primeira reação foi cheirá-lo. Simples, cheirei, não beijei ou cantei. Dei uma boa analisada olfativa. Farejei se estava tudo bem.
Deixei que a leoa agisse primeiro, antes da Carol Humana ou da Carol Racional.
Ainda convivo com essa mania, de dar uma cheirada profunda, no primeiro abraço do dia.
O Revivendo momentos de hoje fala sobre isso.
...

Mama divagando em junho/2009

O meu filho tem um cheiro que só ele tem.
É cheiro de bebê novinho, de descoberta, de manha, beicinho.
Cheiro de febre no termômetro, olhinhos brilhando, gotinha e preocupação.
É um cheiro de abraço apertado, carinho calado e mundo em observação.
Meu filho tem um cheiro que só eu sinto que tem.
Cheiro de chuva na janela, papa na panela, sorriso banguela e mantinha de flanela.
É cheiro de acordar sorrindo, mamar dormindo e aprender caindo.
Tem um cheiro de beira de berço, trocador, pomada e umidificador.
Cheira a sabão de coco, fraldinha, de boca, toalha e paninho pra acalmar.
Meu pequeno tem um cheiro muito bom de sentir.
Cheiro de cadeira de balanço, barulhinho da babá eletrônica de madrugada, acordar pra cobrir e ver se está bem.
Tem cheiro de andador e brinquedo pela casa. Cheiro de badulaques de neném.
Um cheiro de mamadeira quentinha, roupa suja de papinha, meia de bolinha e cobertor.
Cheiro de palavra nova, som novo, gargalhada e protetor.
Meu filho tem um cheiro novo a cada dia.
Cheiro de mania, vitamina e cortador de unha.
Cheiro de óleo de massagem, sabonete e água espirrando pra fora da banheira.
Tem cheiro de roupa colorida, presente, passeio e parceria.
Meu filho, enfim, tem cheiros que dá vontade de respirar fundo todo dia.

Bjocas!

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Língua de filho. Dicionário Mamãe.

Hoje o dia foi assim. Carol pra resolver as coisas da casa e Carol Mamãe.
Estou, digamos, respirando a maternidade e tudo o que ela pode me oferecer.
Conseguir entender o que o filho diz ou quer sem dizer é uma mágica.
Essa fase é uma delícia. Isaac olha pra mim e eu preciso me policiar para não completar a palavra antes dele, ou responder antes da pergunta.
Entre palavras bem pronunciadas e sons mais que estranhos, eu vou sendo apresentada ao mundo que o meu pequeno enxerga.
As vezes acerto na mosca, mas ver que ele espera uma reação a uma frase não interpretada é de embananar qualquer neurônio.
Isaac fala muito. Muito mesmo. As pessoas até estranham quando perguntam a idade dele.
Mas também, o pequeno foi gestado dentro de um estúdio de rádio, cantei e conversei com ele, sem falhas, todos os banhos durante os 7 meses em que morou dentro da minha barriga.
E cá entre nós, depois que ele nasceu é meu companheiro de papo, de história, de tudo.
Somando tudo isso e mais um pouco, cresce um tagarela.
E o melhor, ele une muito bem as letrinhas pra demonstrar o que quer e o que não quer.
Complicado é segurar o que se fala perto dele, já que repetir é tarefa fácil, fácil.
Diz a fonoaudióloga que é importantíssimo pronunciar as palavras corretamente para o pequeno, mas que mama não se derrete ao ouvir manana, mimiga, bobó, beza e popóta (isso é zebra e hipopótamo, o pequeno está viciado em Madagascar), atiti Nemo, entre outras delícias desse vocabulário fofo e novinho em folha.
Passei a tarde com ele no shopping e agora ele está aproveitando as manhas e manias dos avós maternos. Engraçado é que quando ele se põe a falar, pedir e comentar, olham pra mim e: "O que ele disse???" como se eu fosse a salvação da lavoura.
Vai ver que, nessa fase, sou mesmo.
É isso.
Enquanto o filho aprende as palavras, nós mamães vamos aprendendo a ser dicionário.

sábado, 10 de abril de 2010

Revivendo momentos. Parte 2: O Bebê e a família

Bom dia, queridos.
Hoje aqui, mais um daqueles capítulos que escrevi junto com Isaac.
Espero que gostem.
...

Vivido e escrito em junho de 2009

A cada semana uma percepção nova lá em casa. É inegável que os filhos crescem numa velocidade assombrosa. Quase mal dá pra acompanhar. E é gratificante ver que aquele antes bebezinho - que só se manifestava na hora da fome ou da fralda cheia - agora é uma pessoinha, parte integrante de uma família.
Fim de semana foi incrivelmente bom e familiar. Já na sexta-feira peguei minha mãe para um passeio. Só eu, ela, e Isaac. Passei um final de tarde muito gostoso vendo meu pequeno num ba, ba, brrrr, pa, ma, grrrr, sem fim com a vovó. Na volta, diante da manha do pequeno dentro do carro, quando vi, eu e minha mama estávamos num coro meio desafinado cantando nossas cantigas favoritas pro Isaac dormir. Sinceramente, lindo, lindo, lindo, de participar e de lembrar. Aliás, uma boa recordação pra minha memória não esquecer nunca. Ao deixar minha mãe em casa, me aqueceu o coração ver que o Isaac já reconhece a barba branca e as brincadeiras do vovô. A risada começa logo que meu pai cheira o pézinho, pois ele já sabe que um espirro barulhento vem em seguida.
O sábado foi muito interessante também. Levamos Isaac para ver uma exposição de réplicas de dinossauros e almoçamos juntos (coisa muito difícil de acontecer durante a semana), eu, meu marido e o pequeno. Nossa família está se fortalecendo e isso é muito bom de se constatar. Estamos escrevendo um novo capítulo da nossa história.
Depois fomos visitar as bisavós. Que delícia ver meu filho reconhecendo, sorrindo, brincando, entendendo e participando. Ver que cada uma delas (Isaac tem duas bem próximas) tem uma vida inteira de sabedoria pra passar pra ele, mesmo que numa rápida brincadeira. Ver a satisfação das "bisas" em chegar a esse ponto da vida, o orgulho.
Domingão foi a feijoada que reuniu todo mundo. Vô, vó, tios, primos, madrinha, amigos. Outra experiência boa de viver. Isaac naquele colo-a-colo, aproveitando cada pouco que uma daquelas pessoas tinha a acrescentar em sua vida. Reconhecendo cada um, cada jeito, gesto, carinho. Prestando atenção em cada voz, risada, movimento.
Sabia que ele ia dar um pouco de trabalho a noite, depois de tanta agitação, mas faz parte e vale a pena, e muito. Percebi ontem mesmo, que esse processo de aprendizado só faz bem, só contribui para que o meu pequeno cresça prestando atenção nas pessoas, observando cada pedacinho do mundo que acontece fora de si mesmo. E o mais importante, entendendo que existe um monte de tipo diferente de gente, e que todas elas podem fazer parte do mesmo mundo, da mesma família.

Um ótimo final de semana pra vocês.
Amanhã não apareço por aqui não...Pôxa, domingo é dia de assistir a Sessão Isaac de Cinema e curtir cada pedacinho da minha família.
Bjocas e até segunda

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Dica boa pra quem mora em Bauru: Cia de Bonecos na Feira do Livro

A Cia. Circo de Bonecos comemora seus 10 anos dentro da programação da 10.ª Feira do Livro Infantil, que acontece no Centro Cultural, em Bauru.

Apresentações de espetáculos, oficinas e exposição. Todas as atividades são de graça.

Hoje, a Companhia apresenta "Circo de Bonecos", às 15h, e amanhã, o espetáculo "Inzoônia", às 19h.

Também neste sábado, haverá a oficina teatral "A arte da manipulação de bonecos", das 14h às 17h. Já a exposição de bonecos produzidos pela própria Companhia durante os 10 anos de estrada, permanece no saguão do Teatro Municipal hoje e amanhã.


O Centro Cultural e o Teatro Municipal de Bauru ficam na Avenida Nações Unidas 8-9.
Mais informações pelo telefone 3235-1312.

Outras informações sobre a Cia. Circo de Bonecos você pode conferir no site

Mãe x Mulher x Jornalista x Dona-de-casa. FIGHT!

Pois bem, essa reflexão começou logo cedo quando tirei o pijama pra tomar banho e no susto me perguntei:
Desde quando uma versão da Vera Fischer mora em mim????

Pensei na hora: Preciso achar uma horinha na minha agenda pra marcar depilação urgente!

PARA TUDO! Volta a fita (ou se preferir, ative a função << do Time Machine da Full HD High Definition).

Hora na agenda pra depilação? Aí é que está. Chega um momento na história da gente em que somos várias em uma só. Mulher, mãe, esposa, filha, “rainha do lar”, profissional, amiga. E quando todas essas se misturam, a vida vira uma salada.
Uma confusão difícil de resolver. E a gente não entra nessa porque quer não. Muito pelo contrário. O limite entre as várias Carols, descobri eu, são tão sutis, que quando percebo, já nem sei mais qual sou.
Imagine você acordar no meio da noite achando que foi um chamado do tesão e descobre que foi um barulho. A babá eletrônica? Corro pro quarto do pequeno. Nada, era o despertador me chamando pra realidade diplomada. Oras... Só aí são 3 de mim acordando ao mesmo tempo. Deu pra entender?
Tem madrugada que me pego fazendo o balanço do dia e concluo, com uma tromba de elefante, que fui só mãe ou só operária. E o tempo pra mim? Mim mulher, que precisa de depilação, pilates, compras e choppinho com as amigas?
Mas tem balanço também que resulta numa Carol egoísta, que deixou o filhote na escolinha pra ter o tempinho da drenagem.
E os outros? Marido, família, patrão, colegas? Como é que enxergam e entendem tudo isso?
São armadilhas da vida moderna? Sei lá. Mas tenho me visto em conflitos bem mais freqüentes sobre a existência dos seres que habitam em mim.
Não brigo com eles, muito menos comigo, já que não adianta. Converso. Loucamente, tenho presenciado altos papos entre a Carol mãe e a filha. Entre a jornalista e a esposa. E por aí vai.
No final, se as bolas não forem trocadas, uma ajuda a outra.

Mas fica a questão, quase freudiana, onde está a sanidade mental nisso tudo?
Alguma sugestão?
Bjocas e ótima sexta-feira!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Revivendo momentos. Parte 1: Cadeirinha do carro

Olá a todos!
Antes de me aventurar sozinha por essas bandas cibernéticas, dividia minhas viagens maternais com várias outras mamas no site "desabafo de mãe". Mas a página saiu do ar e os textos ficararm aqui comigo e eu sincera e modestamente, acho um desperdício palavras que podem ajudar ficarem aqui, entre bits e bytes.
Vou postando então, entre as novas experiências, e revivendo com vocês, os momentos que tive com o meu pequeno.
...

Vivido e escrito em maio/2009

Hoje foi a manhã mais linda que tive como mãe. Ver que o filho está crescendo, percebi, nos desenvolve também.
O final de semana foi uma loucura. Isaac, com seus 9 meses, está cheio de vontades. Vontade de andar, de falar, de gritar, de experimentar, de tudo. Viver e interagir com essa energia, vê-lo com essa sede pelo mundo, me faz esquecer das incertezas e feliz por ver que meus medos e dúvidas passaram sem que eu percebesse.
Os olhos dele, atentos e numa velocidade incrível, obrigam os meus a seguirem nesse ritmo também, vendo a vida em novas perspectivas.
Mas hoje foi incrível. Não imaginava que virar a cadeirinha do carro para frente fosse fazer uma diferença tão intensa em nossas vidas.
Em meio a rotina diária estávamos nós dois a caminho do berçário quando tudo ficou estranho, mas um estranho bom de sentir. Olhei no retrovisor e lá estava o Isaac, com seu casaco vermelho, percebendo os novos ângulos de um caminho já decorado. Ver seus olhinhos percorrendo todos os detalhes com um interesse tão grande, me fez sentir uma satisfação especial.
Eu, expectadora, calei e fiquei curtindo aquele momento, aquela mudança de fase na vida do meu filho. Ele parou de tentar tirar o tênis e tirou de vez a mão da boca para ver o que acontecia lá fora. Os carros passando do lado, as fachadas das lojas, as árvores com tronco e tudo.
Curiosa perguntei: Está gostando filho? E foi aí que tudo virou uma festa. Ele percebeu que eu estava ali. Viu que podia me enxergar e onde eu exatamente estava no carro por todas aquelas vezes que saímos.
Foi mágico, o carro ficou mais leve e o dia mais colorido. Meu pequeno Isaac pôs-se a tagarelar, filosofar sobre a vida as 7 da manhã, em sua língua claro, mas a gente se entende.
E foi só o início de uma viagem.
Estou eu aqui, agora, imaginando nossas conversas sobre a vida, a escola, as escolhas, o vestibular, o sabor do sorvete, a piscina do final de semana, a saída com os amigos,...

Um ótimo dia pra todos nós. Bjocas.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Uma tarde no Bosque, no presente e no passado

Bom dia!
Nos dois sentidos. Bom dia pra hoje e pra ontem, que foi um ótimo.
Vou explicar.
O Bosque da Comunidade é lendário pra quem é da minha cidade. Quem cresceu aqui com certeza tem alguma boa história pra contar do lugar. Eu, por exemplo, passava horas imaginando como aqueles gansos ferozes iriam me atacar, correndo sob as árvores ou subindo na Maria Fumaça.
Ontem levei Isaac (Opa! Que falta de educação! Isaac, leitores. Leitores, Isaac, meu filhote de 1 ano e 7 meses) pra dar uma respirada, fugir da televisão e dos ovos de páscoa que estão ocupando boa parte da minha casa.
Confesso que, comparado a minha memória o lugar está bem caidinho, mas continua lá, mantido pela Prefeitura. Não há mais lago, nem ganso (ufa...), nem se pode mais subir na Maria Fumaça, mas ainda há o verde. As árvores estão lá, 20 e tantos anos mais altas e frondosas.
O pequeno ergueu os braços e correu pro parquinho como se fosse um enorme bolo de chocolate. Correu, pulou, brincou, balançou, escorregou, conversou com as formigas, rabiscou na areia com graveto, cantou. Enfim, foi uma criança no meio da natureza.
Esta mama aqui babou, fotografou e amou. Cada segundo.
Sei que Bosques estão cada vez mais raros, mas se houver um por aí... Vale a pena.
O de Bauru fica no Jardim Dona Sarah, entre as Ruas Araújo Leite e Saint Martin.
Bjocas e até a próxima.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Ser mãe

Ser mãe é uma confusão. Uma mistura tão intensa de sensações e sentimentos que dificilmente quem não é entende.
Ser mãe é uma caixinha de surpresas. Toda mulher está preparada, mas não sabe. Quando chega a hora está lá, como item de fábrica.
Ser mãe é ver a barriga crescer fazendo planos. E esses são os únicos 9 meses (no meu caso 7) em que você vai ter tempo para isso.
Porque ser mãe é viver um dia de cada vez, uma fralda de cada vez, uma mamada, uma soneca, manha, beicinho. Tudo de cada vez.
Ser mãe é saber que é hora de quê sem olhar no relógio. É não ver o dia passar. É saber que o mês passou só quando perguntam quanto tempo o seu filho tem.
Ser mãe é se encher de orgulho quando falam “Nossa! Que grandão!”.
Ser mãe é ser assim. Forte sem ter noção da força.
É escolher com o quê ter paciência. É descobrir uma nova mulher em si a cada dia.
É não se importar com o resto do mundo, mas chorar ao pensar em que mundo seu filho vai crescer.
Ser mãe é não pensar tanto no futuro. É ter vontade de olhar fotos antigas para ver com quem ele realmente se parece.
Ser mãe, aliás, é achar que um dia ele é a sua cara, mas no outro de seu só tem o pé.
Ser mãe é achar tudo lindo, tudo engraçado, tudo novo. É estar atenta as descobertas sem interferir muito. É aplaudir o acerto e ser firme no erro.
Ser mãe é não ter sono. Ou ter e fingir que ele não existe.
É deixar de lado a vaidade, mas se achar linda com olheiras e tudo.
Ser mãe, para a maioria, é esquecer (pelo menos um pouco) que existe estria, celulite, peito caído, salto alto, bijuteria.
Ser mãe é ser polvo. É ter quantos braços forem necessários para carregar o carrinho, a bolsa, a chupeta, o paninho, o brinquedo e o filho. Ufa...
Ser mãe é procurar selo do Inmetro, peça pequena, peça grande, estímulo.
Ser mãe é conseguir. Conseguir amamentar, deixar na escola, com a babá,deixar crescer.
É conseguir entender o choro e deixar chorar.
Ser mãe é ficar parada na beira do berço. É dizer “Deus te abençoe”. É entender que o amor existe em diversas formas, inclusive nessa, tão pura e transparente.
É não pensar mais em morte, é entender a vida.
Ser mãe é aguentar o tranco.
É sentir dor nas costas, nas pernas, nos braços. E não sentir mais nada quando um sorriso se abre, quando um choro começa ou a tosse dispara.
Ser mãe é discutir com o pediatra, é questionar o medicamento, é acreditar nas dicas da avó.
Ser mãe é renovar laços. Com si próprio, com a família, com as tradições.
Ser mãe é ter e ouvir os instintos. É ser leoa, ave de rapina. É ser desconfiada como a raposa e ágil como a lebre.
Ser mãe é ser filha também. É mais aprender do que ensinar e mais ensinar do que aprender.
Ser mãe é conviver. É deixar que convivam. É aproveitar cada fase do filho e de ser mãe.
É cortar as asas e é deixar que voe.
É correr pro abraço, esquecer o cansaço e trocar a fralda, preparar o banho, a mamadeira e escolher a roupa, tudo ao mesmo tempo.
Ser mãe é estar completa.
É ter o coração quente, os olhos cheios de lágrimas, os braços cheios de força e a cabeça repleta de idéias e preocupações.
Ser mãe é ter sempre um filho a mais: o marido.
É entender o começo de tudo. É procurar explicações bem no fundo.
É suspirar. É concordar discordando.
É, desde o exame positivo, nunca mais estar sozinha, e mesmo sozinha, ter em quem pensar. É estar perto mesmo longe.
Ser mãe é seguir em frente.
É não deixar que o tempo pare e é achar que passa rápido demais.
Ser mãe é ser mãe.
Sempre.

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