quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Pa - pa - pá

Leonardo Da Vinci
Estudos de feto no útero, a parede uterina e a placenta, com mecânica e óptica


E aí que meu filho virou pessoinha muito da topetuda.
E logo resolveu tirar uma com a cara da mãe.
E sim. Ele se diverte pacas com isso.
Explico.
De uns dias pra cá palhaçildo responde as minhas perguntas com uma gracinha irritante:

- Isaac, como foi na escolinha?

- Tic tic paca paca tu tu....

- O que é isso, meu filho?

- Tatata pic pic ticticá...

Aí que não sou boba e saquei de longe a sombrancelha erguida da cria, entrei na dança:

- Aaaaaa, que legal! Bacana essa tia, hein? Faz tudo isso com a galerinha?

E filho de quem é, ele persiste, caprichando no mix de aramaico com alemão mais árabe mais chinês.

- Trabcnonfsnvhsldgmsjgoçsmdgsklgjsmglksjgsgbuiagdiahdl...

E desembesta numa enrolação que daria nó até no cérebro de Leonardo da Vinci, sim aquele senhor inteligentérrimo que tinha o costume de inventar e escrever espelhado em seus diários.

E o papo segue assim, da escola até em casa, quando pequeno se cansa de curtir com a minha ignorância verbal em língua infanto-marciana:

- E o que mais, filho? Brincou no parque?

Simples:

- Põe Patati, mamãe.

Lê-se: Fica quietinha, velhota e coloca aquela musiquinha que eu adoro.

Tá, mas a coisa graciosa não para por aí.
Outra respostinha básica vem enchendo as conversas de risinhos cínicos.

- O que você almoçou hoje na escola, Isaac?

- Pa-pa-pá.

- E fez trabalhinho?

- Fez.

- Do que? O que você desenhou?

- Pa-pa-pá.

- E tomou suco de melão?

- Suco pa-pa-pá.

- E nós vamos brincar agora? O que você quer fazer?

- Pa-pa-pá.

E por aí vai.
As três sílabas mais irritantes da face da terra moram agora no vocabulário do meu filhote.
Preciso conversar com a professorinha, ver se é algum tipo de brincadeira costumeira na escola. Se algum coleguinha próximo tem problemas fonoaudiológicos, se alguma "tia" fala dessa maneira.
Estou até me policiando pra sacar se isso saiu de mim mesmo.
Mas olha que eu já estou por aqui ó do tal Pa-pa-pá...
Alguma dica???

PS.: Tenho uma infinidade de selos pra postar. O que farei em breve, prometo.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Dica de viagem: Eco Resort

Finalzão de semana bom.
Queridos resolveram se casar no campo e fomos que fomos.
O que não foi sacrifício algum, já que adoramos lugar natureba com possibilidade de explorar com filhote.

Passamos dois dias no Santa Clara Eco Resort.
Local que passo a recomendar a partir de agora.

Bacaaaaana, fica em Dourado, pertinho aqui da city ou a 270 km de Sampa.
Uma mega estrutura que deixa qualquer mama feliz. Mesmo as mais urbanas como eu.
Quartos aconchegantes, comidinha de fazenda, piscina aquecida ou não, sauna, jacuzzi, lago e uma agenda de atividades pra não botar defeito: Mega tirolesa, cachoeira, cavalgada, parede de escalada, arco e flecha.

E pras mamas ficarem ainda mais interessadas, há uma programação "Clubinho" para crianças de 4 a 7 anos e uma outra "Clube" para os filhotes um pouquinho mais velhos. Tudo com monitores.
Pros pititicos, como é o caso do Isaac, tem uma brinquedoteca gigantesca, parquinho, um gramado que não tem fim, uma sala com tv e parede de lousa, sem contar nos passarinhos, bichinhos, sapinhos e árvores praquele contato vital com a natureza.

Aproveitamos tudo com o pequeno, até encaramos trilha pra chegar na cachoeira.
Saca as fotos:
 


Ahhhh... a brinquedoteca...



E a parede de lousa, sonho de consumo materno...


Bom, sábado fez um sol daqueles, curtimos a cachoeira, a piscina, o lago e os amigos todos. A noite festejamos o casamento. Mas domingão amanheceu chuvoso e ficamos entre brinquedos e papéis até a hora do almoço. Longo cochilo e voltamos pra casa com as baterias recarregadas e cheios de palavras novas e descobertas.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Quando começar?

Ai meu Deus!
Outra pergunta.
Vou ser "obrigada" a pitacar mais uma vez.
Um viva para os livros.
Tô feliz!
Mas estou mais feliz ainda com tanta mama interessada no assunto.
E a minha xará com K, a Karol, mama do Eduardo, mandou pergunta mais que pertinente:

Olá! Acho muito legal esse hábito de ler para as crianças. É super importante né?
Não espero a hora de ler para o meu pequeno. Tem idade certa para ler para eles ou quanto antes melhor?

Sinceramente?
E acho que não há uma hora certa, um momento mais ou menos correto.
Comigo foi assim, pequeno começou a fuçar nas coisas, olhar mais atento para o mundo que já lasquei livrinho na mão dele. E li muito pra ele mostrando as figuras.


Dei uma fuçada na internet, Ká, já que não sou pedagoga e tals, e achei o seguinte:

Do educar para crescer, uma contatação:
"Bebês podem até não entender todo o enredo de uma história, mas a leitura em voz alta os coloca em contato com outras dimensões das linguagens oral e escrita, que serão importantes em seu desenvolvimento"

O texto - da Julia Priolli - é super completo. Vale muito a pena ler.

Do site miniweb
"A leitura não é apenas uma das ferramentas mais importantes para o estudo e o trabalho, é também um dos grandes prazeres da vida. Num mundo onde cada vez mais os meios de comunicação dominam o interesse das novas gerações, os pais freqüentemente se preocupam em criar nas crianças hábitos de leitura."

E completo, se o negócio é ter uma luta incansável contra TV, computador, videogame e todos esses etecéteras... quanto antes melhor. Inserir hábitos desde a primeira infância é mais fácil e as consequências, no caso da leitura, do contato com os livros, são mais que positivas.

No lendo.org encontrei dicas de "interesse por idade" e descobri as "fases da leitura". Interessantíssimo.
"Muito tem sido falado sobre estimular o hábito da leitura desde cedo, permitir às crianças a proximidade com os livros e a falta de vontade dos adolescentes para ler.
Só que de nada adianta esse monte de discursos quando não são tomadas as atitudes certas levando-se em consideração o nível de desenvolvimento do leitor."

O que achei mais bacana aqui é a questão das consequências. Já dei aula para adolescentes e 100% deles não demostrava interesse por leitura.

QDivertido fala sobre habituar a criança às palavras.
"A infância é o melhor momento para o indivíduo iniciar sua emancipação mediante a função liberatória da palavra."

Pois bem, o negócio é ir familiarizando os filhotes. Criar uma relação bacana entre eles e os livros, a leitura. Despertar a curiosidade e a vontade em recorrer aos livros nos momentos de diversão.
Lá em casa Isaac já tem sua pequena biblioteca. E os livros ficam todos alí prontos para serem usados e aproveitados. Se pequeno quer livro já solta:

-Vivo, mamãe. Lê vivo!

Corre para sua pequena estante e ele mesmo escolhe o que quer ver, "ler" e brincar.
Sim, há livros cheios de atividades para brincar.
Isaac mesmo tem uns que viram quebra-cabeça, desmontam, encaixam, vem com bichos de pelúcia, aquaplay, uma infinidade.

E Mari, querida, acho sim que os preços são bem salgados. Eu pesquiso, aproveito promoções pela internet, fuço nas estantes da minha mãe, mas ainda acho que não há investimento mais proveitoso.

Ótimo final de semana para todos nós!

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Como gostar dos livros

E livro é coisa boa.
Bom de ler, conviver, indicar, falar sobre, trocar, enfim...
Não faz mal algum pra gente. Só bem.
Então que no último post, A Martha, mãe da fofolete Laís, vem e me pede um pitaco.
Gente... pedir pitaco pra mãe????
Ganhou um post inteiro!
E pra vocês não pensarem que estou roubando, segue coment...

Carol, eu adoro livros e queria muito que Laís adquirisse esse habito. Mas não sei de que forma introduzir isso! Ainda não consegui ler nenhuma historinha com a Laís e ela já esta com 8 meses (quase adolescente! hehe)
Da dica aí vai!

Lóooooogico que dou dica, Martha.
Seguintes, não vou dar uma diiiiiica assiiiiim, mas vou te falar como foi em casa, aí você pode ver se funciona.
E tá, confesso, adoro uma história...

Bom, eu achava que pra gostar de livros não era preciso muito esforço, já que cresci no meio deles e pra mim isso sempre foi um presente, um prazer. Meu criado-mudo vive empilhado, tenho o costume de ler 3, 4 livros por vez. E consultar um ou outro quando necessário.
Consultar? "Manual do proprietário", sobre crianças pequenas e o livro do Riq Freire "100 praias que valem a viagem" estão sempre ao meu alcançe. E como vivo pensando numa nova aventura, até os atlas moram no meu quarto por período indeterminado.
Mas eis que existe maridex, e ele não cresceu no País das Maravilhas. Lê numa marra louca. Até já perdi as contas de quantos exemplares já dei a ele e que ficaram lá, lidos só até a dedicatória.
Então, naturalmente, assim que começou a prestar mais atenção no mundo, Isaac logo já ganhou um livrinho.
Foi um marco. Não via a hora de ensiná-lo a virar as paginas.
Escolhi um super colorido, com figuras fáceis de entender.
E foi esse:


"Asas e patas", da Limited Books.
Fofo. Tem pop-ups simples e textos básicos pra criança adivinhar de quem são as asas e as patas. Abriu o pop-up, lá está o bichinho inteiro. E tem papagaio, abelha, coruja. Uma graça.
Recomendo.
E logo descobrimos mais da mesma coleção.
No mesmo estilo. E melhor, achamos por R$9,90 no Wal Mart. 
Alíás, aproveito aqui para deixar outra dica. Já achei livros ótimos e DVDs a preços mais que bacanas em prateleiras escondidas no Wal Mart. Aproveitem dia com paciência extra. Vale a pena.

Também temos livro de tecido com mordedor imbutido (esse sim foi o primeiro dele, mas que não teve muita atenção), temos livro de banho (que são meeega úteis e coloridos), livros com bastaaante figuras, até os de adultos, sobre museus, lugares, obras de arte (filhote a-ma).

E sobre ler histórias inteiras. Isso eu demorei a fazer. Começamos quando pequeno fez 1 ano. Assim já entendia graaande parte do que falávamos, interagia. Fica mais divertido assim.
Mas me lembro bem de sentar ao lado do berço e por a memória pra trabalhar contando trechos das histórias da minha infância (Alice, Branca de Neve, João e o pé de feijão) quando Isaac era bebezico de tudo.

Respondi?
Espero que sim.
Bjo bjo bjo, Martha, por fazer uma mama pitaquenta toda feliz.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Diferenças

Isaac adora livros.
Coisa que eu amo e fico orgulhosérrima.
E sempre que posso levo novo exemplar pra casa, entro com ele nas livrarias e se alguém me pergunta o que dar de presente pro pequeno a resposta é certa: ELE A-DO-RA LIVROS.
No aniversário mês passado, filhote ganhou alguns novos, mas um que achei uma graça e vale a pena recomendar.


É o "Tudo bem ser diferente" do Todd Parr. Publicado pela Panda Books.
O livro é jóia. Super colorido e trabalha as diferenças de uma maneira bem divertida e lúdica.

Agora vem a parte mama da coisa...
Acho super bacana já ir situando os pequenos. Falando que apesar de diferentes somos todos iguais, com os mesmos direitos. E, principalmente que todos podemos conviver em harmonia.



Isaac já percebe cadeiras de roda na rua por exemplo, e chama de bicicleta. Aí achei um bom "companheiro" pra começar a explicar pro pequeno a diferença entre as duas coisas.



Achei na internet, pela Livraria Cultura, R$28,90.


segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Entre a infância e a espada


E final de semana foi uma delícia.
Foi sim.
Gente amiga em casa, churrasco de dia inteiro, família e tals.
Mas as neuroses maternas são imunes a momentos fantásticos e mesmo neles consegue perturbar esta cabeça pensante.

Isaac é menino. Ok.
Meninos são um tico mais brutos. Fato.
E meninos adoram brincar de lutinhas e guerrinhas. Mais fato ainda.

Só que até então eu estava na posição de ficar horrorizada com a pancadaria infantil do filho dos outros. Já que com tanto tempo de tentativas e tratamento, ficamos pra trás de alguns amigos que já tem fihotes mais velhos.
E eis que no meio de tanto papo, carninha e distração vejo Isaac lá, com espada em punho, lutando com um menino dois anos mais velho.
Pequeno nunca havia brincado de coisas violentas e já estava lá, todo familiarizado, até imitando os barulhos e a trilha sonora que um combate requer.
Fiquei alí parada observando.
E nada de achar que aquilo é um sinal clássico de que meu filho vai se enveredar pelos lados da esgrima.
Estava mesmo é pensando em 1 milhão e meio de acidentes, traumas, possibilidades de transtornos e consequências para aquela brincadeira tão "inocente". E ainda toda a infinidade de coisas que uma mãe neurótica por excelência pode imaginar.
E lá estava meu filho, se divertindo, aprendendo uma coisa que, se dependesse de mim, não seria ensinada. Nunca, jamé.
Mas por outro lado, combatia eu comigo mesma, essas coisas iam fazer parte da vida dele mais cedo ou mais tarde. Ele vai sim começar a assistir desenhozinhos podres logo logo. E isso só não vai acontecer se Isaac for criado trancado em casa, sem televisão, computador ou aparelho celular, até os 37 anos de idade.
Convivamos então com essa parte do desenvolvimento masculino.

Opa! Peraí!
Flashback materno acontecendo neste exato momento.
Nada de ser só masculino, pois me lembro muito bem de ser a She-ra, a princesa Léa (sim, sou fã do George Lucas), a Tempestade e a Tila Guerreira. Lutando contra todo objeto (ou irmão pentelho) que fosse digno de merecer um soco ou uma espadada.
E oha que cresci um ser pacífico. Sem muita destreza porradística, mas com uma língua afiada que só vendo ouvindo.

E o filhote cresce....
E a mãe também....

Mamãe internetando
A quem interessar... fizeram até um estudo pra saber a quantas anda a influência dos super-heróis sobre o meninos hoje em dia.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Amendoim


Sim!
As crianças adoram as guloseimas.
E meu filhote, como bom descendente de árabe ama as sementes.
Pistache, amêndoas, castanhas. Até o nosso amigo do buteco, o amendoim. Ele é fã.

- Minguim, mamãe. Qué comê minguim!

Pediu o pequeno no supermercado ontem, logo que viu aquela prateleira enooorme, cheia de potinhos com as mais variadas opções do aperitivo.
Não queria dar, sou contra, mas ele come sempre.
Tentei chamar atenção pra outra coisa:

- Olha filho!!! As uvas são verdes e tão bonitas e gostosas...

Filhote olhou bem pra mim. Me mediu de cima em baixo. Levantou a sombrancelha (aí ferrou...) e ameaçou fazendo beicinho. O pai das manhas é o beicinho. E depois dele a mão nos olhos.
E eu, cheia de culpa por ter deixado Isaac o dia todo na escolinha me rendi. Dei um potinho pra ele. E ele ficou feliz da vida.

- Minguiiiiiiim!!! Soltou num suspiro...

Durante a compra foi tuuuudo bem. Pequeno contou as sementinhas, passou do potinho pra tampa, da tampa pro potinho, comeu, jogou no chão. Bagunçou.
Acabou? Nãaaao...
Entramos no carro e bem que eu tentei esconder o bendito potinho de amendoins. Choradeira total.
Não gosto de deixar Isaac comendo no carro. Fico com medo que engasgue, que coma demais, que faça uma zona sem fim.
Mas cedi. Deixei o potinho na mão dele. Pedi que tomasse cuidado, que comesse devagar (é, super funciona com um menino de 2 anos).
Fiquei monitorando.
Ah tá.
Foi descuidar 2 (só 2 mesmo) segundos pra passar pela portaria do condomínio que ouvi um "Ai".

- O que foi, filho?

Pequeno com o rosto todo vermelho responde:

- Ai ai ai minguim.

Meu alarme de "aí vem merda" apitou. Acendeu-se a luzinha vermelha de alerta.

- Onde tá o amendoim, Isaac? Ai ai ai na boca, no dentinho?

E a resposta veio como um soco no olho e com as lágrimas do Isaac rolando:

- Ai ai ai minguim no nariiiiz...

Ai Jesus! Espera filho. Para o carro. Não! Acha um lugar pra parar. Quase atropela duas meninas que andavam de bicicleta pelo meio fio. Põe a mão na cabeça. Agora para. Desce, abre a porta de trás. Ergue cabeçinha. Avista ele. Ai Jesus! Observa a distância. Estuda as possibilidades. Aperta narizinho por fora. Amendoim escorrega. Dedidnho fino de mãe completa o serviço e ufa...

A essas alturas Isaac chorava feito uma criança de 2 anos assustada. Respirei fundo. Expliquei que o amendoim não era nada bacana pro nariz. Joguei potinho no banco da frente. Andei a 2 por hora. Chegamos em casa e fui lavar todo o sal que havia restado dentro da narina do filhote. Parei de tremer 10 minutos depois. Odiei o potinho, o amendoim e toda a minha moleza como mãe. E odiei odiar isso tudo.

Moral da história:
Mãe adora prolongar uma pequena história. Além do drama, claro.
Um dos super poderes que ganhamos com a maternidade é a capacidade de fazer, pensar e agir em fração de segundos.
Um pequeno amendoim consegue amedrontar qualquer ser vivo, dependendo de onde enfiado.

Ótimo final de semana pra vocês!
E muito, muito obrigada pelas palavras de carinho no último post.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Estado Panda Permanente

Acontece que hoje é um daquelas dias.
Quem me acompanha já sabe que há momentos em que a cabeça quer ir pra vários lados diferentes e os posts ficam loucos e mau humorados.


Principalmente se filhote resolveu não dormir a noite, o dia ontem foi uma loucura e não há previsão de horinhas de descanso hoje.
Isso.
Isaac tem dado aquela trabalheira de madrugada.
Faz dias que pequeno acorda às 2h e chora, faz manha, pede tetê, colo, carinho, história, atenção até às 4 e poucos.
Detalhe que o meu despertador grita às 5 pra dar tempo de deixar tudo ajeitado antes de correr pro trabalho.

Olha lá! Importante frisar que não estou reclamando. Este é mais um desabafo de uma mãe em estado Panda permanente.

Já estamos tentando de tudo.
O de costume é ir, dar atenção, acalmar e esperar dormir. Mas a coisa está ficando feia e até tentamos deixá-lo sozinho no quarto pra ver se ele dormia e o resultado foram looongos momentos de choro estridente, horas pra acalmar e um sono mega agitado em seguida.
Isaac toma homeopatia pra resolver esta questão, brinca, corre, tem atividades calmas durante todo o dia, só assiste TV no começo da tarde com repertório próprio para a sua idade.
Já trocamos travesseiros, roupa de cama, colchão e até o quarto! Compramos os benditos objetos para acompanhá-lo no berço. E de toda a sorte: travesseirinhos, ursinhos, bichinhos e até um Woody de pelúcia pra aproveitar a onda do momento.
E eu tô aqui, num estado de calamidade. Vim de regata trabalhar e o estamos com 11 graus.
Enfiei um sapato no pé e agora, olhando bem pra ele, percebo que não tem condições mínimas de uso, deveria estar aposentado. Sem contar o fato (vergonhoso) de ter chegado aqui com os pés trocados. Calcei o esquedo no direito e nem me toquei.
Sou uma pessoa que não toma café. Não gosto. Mas das 6h30 pra cá já matei uns 3 copinhos.
Tenho uma lista interminável de coisas pra fazer de tarde, unindo a aula de pilates e a compra de mês do supermercado.

Mas ninguém falou que ia ser fácil, não é?!?

Momento Xô urucubaca!
As queridocas do Dedinhos Lambuzados estão fazendo sorteio que é uma loucura de bacana. Dá tempo de participar e aprender muita coisa lá com elas!

terça-feira, 14 de setembro de 2010

O que fazer com a bisnaguinha...


Pois bem,
corro alguns riscos com esse post:
a) Parecer uma tonta e ouvir "Nossa! Como ela não fazia isso antes?"
b) Parecer uma mãe-bruxa-má e ouvir "Geeeente! O pobre do Isaac deve comer cheetos com miojo em todas as refeições!"
c) Parecer um zero a esquerda na cozinha e ouvir "A mulher acha o máximo descobrir essa receitinha ridícula?"
ou
d) Ter sim descoberto uma coisa bacana que vai evitar muito desperdício.

Vou explicar.
Toda vez que Isaac vai ao supermercado comigo pede um pacote de bisnaguinhas. Não o recrimino. Quando era criança também adorava ter uma pãozinho compatível ao meu tamanho e com uma embalagem colorida e atraente.
Ok.
Acontece que caberiam 29 estômagos do Isaac dentro do pacote de bisnaguinhas.
Resultado: elas sobram e secam antes do pequeno conseguir comê-las.
Triste é que elas vão iam pro lixo. E coisa que eu odeio fazer é jogar comida fora.
Mas eis que tive uma idéia bacana outro dia.
Falo idéia porque nunca tinha visto antes. Se alguém já faz, favor mandar outras receitas interessantes a esta mama.
Com paciência e faca próprias para o Momento Ofélia ou Momento Palmirinha (para as que me acham mais louca ainda) me pus a fatiar as bisnaguinhas abandonadas. Deixei elas beeeeem fininhas.
Assadeira, fio de azeite, ervas (manjerona, orégano e salsinha) desidratadas.
Pouco, muito pouco tempo de forno depois lá estavam elas. As torradas mais gostosas que já comi na vida.
Ficam um pouco adocicadas e ó-te-mas para aperitivo.
Filhote adorou com manteiga.
Servi com pesto de azeitonas pras visitas.
Simples, básicas, gostosas e mega práticas.

Recomendo pra quem nunca fez.
E um "toca aqui!" pra quem já fazia.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Ué, mas cadê o Pimpim????


Pois bem,
é fato que as mães custam a aceitar que os filhos crescem.
Também acredito que as mães se apegam um pouco (só um pouquinho) as fofurices do filho em cada fase da vida. Até mesmo quando chegam aos 40.
Mas é que tem horas que a gente se assusta.
Já cansei de falar pras minhas amigas que filho cresce rápido demais, que o tempo voa não passa, que eles se desenvolvem à jato.
Então, que esses dias me deparei com situação "será mesmo que estou preparada pra isso?" e reagi de maneira que não pensei que fosse.

Nossa... o drama materno já se manifestou e muito neste início de post, mas bora lá...

Desde que começou a falar, e isso é básico em qualquer criança, a trocação de letras e invenções no vocabulário do Isaac sempre me deixaram babando. Coisinhas como falar beza ao invés de zebra, boboti ao apontar um botão e toda uma infinidade daquele vocabulário novinho deixavam essa mama aqui mais que coruja e orgulhosa.
E claro clóvis que eu tinha a minha preferida: PIMPIM.
Pimpim gente, aquela avezinha fofa, de smoking, que anda igual ao Chaplin!
E Isaac teve uma fase de adorar os pinguins. Todos.

Até que o tempo passa. Rápido demais.
Semana passada estava em casa com uma colega e eis que me passa um pinguim na televisão.
Eu toda carentosa viro pra cria e pergunto:

- Quem é aquele filho????

Filhote olha pra mim e responde:

- É o P-I-G-U-I-M

Apavorei:

- Quem??????

Pequeno olha assustado, com aquela cada de "iiii...a velha surtou":

- É o P-I-N-G-U-I-M, mamãe. Ó! O P-I-N-G-U-I-M nadando no mar com geio.

Imaginem a minha cara de perdida no tempo-espaço?!?!
Fiquei pensando e me perguntando: Onde será que eu estava quando o pimpim virou pinguin????
Sei, sei que eu estava lá, acompanhando todos os passos do filhote, mas complicado...
Ainda bem que teve o geio no mar pra salvar o dia.
E ainda bem que os pimpins gostam de água gelada.
Opa! Pinguins.

Ótima semana!

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Da criatividade infantil

Haja disposição e mente sã pra lidar com a imaginação infantil.
Isaac já dá suas viajadas mirins e eu que sou esperta e A-DO-RO, aproveito cada momento das descobertas criativas do filhote pra viajar junto. Lógico.
As músicas tem sido fontes mais que inspiradoras.


É um tal de troca letra, muda a melodia, inventa dança, inova o gesto sem fim.
Pequeno curte e muito os flashbacks mãezísticos e todo o repertório Balão Mágico, Trem da Alegria, Ursinhos Carinhosos que esta memória cosegue atingir.
Tem uma preferida e que já caiu no Top Viajandão por aqui:
(Sim! verifiquem se não tem alguém olhando e cantem comigo!)

Tem gato na tuba

Todo domingo havia banda
No coreto do jardim
E já de longe a gente ouvia
A tuba do Serafim...
Porém um dia entrou um gato
Na tuba do Serafim
E o resultado
Dessa "melódia"
Foi que a tuba tocou assim:
Pum...pum...pum... (miáu)
Pum pu ru rum pum pum... (miáu)
Pum...pum...pum... (miáu)
Pum pu ru rum pum pum...

E é nesse "pum pum pum" todo que entra a mente fértil do Isaac, que pede pra que outros animais entrem na tuba do Serafim:

- Hummm, entô caineio.

E lá vai essa mãe poliglota berrar: Pum pum pum béééééé

- E entô o boi, mamãe!

Sim, dou minhas mugidas: Pum pum pum muuuuuuuu

- Enta a gainha?

Imagina só: Pum pum pum cócócócó

E é um tal de entô sem fim, até que entram dois, três bichos de cada vez.
Sem contar que quando pequeno se empolga, a quantidade de objetos, instrumentos, meios de transporte e afins que cabem na tuba é impressionante.

Outro hit aqui em casa foi enternizado na blogosfera pela nossa querida Rô e seu popstar Noah.
Ela mesmo meninas, "A Baleia".
Pois bem que vi o vídeo da Roberta e fui toda toda pra casa ensinar música nova e internacional pro Isaac:

A baleia, a baleia
é amiga da sereia
como elas fazem quando elas nadam
elas fazem assim: Tchibum Chuá.

Tudo bem até que filhote resolve promover a paz em todo o oceano, me fazendo cantar que o Tubarão é amigo do camarão, que o golfinho é amigo do peixinho, que a raia é amiga da água viva... As rimas se acabam mas a imaginação não... e logo o coral fica amigo do polvo, que fica amigo da lagosta, que fica amiga do cavalo marinho, que fica amigo da ostra.

E é tudo uma delícia.
"Viajar" com filhote não tem preço.

***Por favor, amigas criativas, mandem sugestões de rimas, animais aquáticos e músicas sem dupla-interpretação.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Meu malvado favorito

E não é que choveu?!?!
Depois de 2 meses pedindo água a São Pedro, a chuva veio dar uma umidecida nesse povo seco.
E então que em pleno feriado chove, o dia todo. Pedroca (como diz minha vózinha querida) deve ter um senso de humor incrível.
Não importa. Valeu pela chuva e se quiser mandar mais nos próximos 10 dias estamos aceitando com todo o prazer.
Tá.
O que fazer com filhotinho cheio de energia e disposição num dia de chuva?
Ficar em casa? Na-na-ni-nas.
Vamos almoçar num lugar bacana e depois pegar um cineminha.
Ótima idéia.



E não é que o tal do "Meu malvado favorito" me surpreendeu positivamente?
Não estava nem dando muita trela pras criaturinhas amarelinhas dos cartazes e trailers. Cheguei a pensar que Isaac fosse gostar mais do "Feito cães e gatos 2".
Ainda bem que maridex foi certeiro em escolher o filme.
Uma GRA-ÇA.
Filhote curtiu e muito os momentos comédia, adorou os "minions" amarelinhos, o sotaque meio aMalufado do Leandro Hassum, e esta mama aqui já viajou em todas as mensagens que o filme pode (ou nem imaginou em) oferecer.


Bom, o filme mostra e muito bem a relação do vilãozão com sua mãe. E toda vez que ele tentava fazer algo era mesmo pra provar a ela que era capaz.


Com Vetor (o outro malzinho da história), dá pra sacar a mensagem de que toda criatura sacana, maldosa e sem noção não consegue nada na vida e ainda vive sozinha.


Trabaho em equipe foi uma das mensagens mais marcantes. Mesmo pra fazer coisas erradas, Gru estava sempre solicitando seus minions pra que desse certo. E foi assim que chegou nas garotinhas do orfanato.


No final das contas, amor de criança conserta todo e qualquer coração triste num poço de fofura e alegria.

Recomendo. Super.
Com muita pipoca e chocolatinho.

Ah! outra coisa que encontrei e vale a pena. O site da Paramount Pictures traz detalhes do filme, jogos e o "criador de minions". Diversão pra mais alguns dias.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

...

Então,
estou eu aqui trabalhando, com a garganta raspando, o nariz entupindo.
Vocês devem pensar: Que criatura sem saúde! Vive doente, pobrezinha...
Pois é, até eu estou me sentindo assim.
A pobrezinha aqui precisa muito ir ao médico, descansar, se alimentar corretamente.
Ai ai ai, Carolina, diria minha mama, com o dedinho indicador balançando no ar.
E pronto.
Tô eu viajando de novo.
Nas lembranças e nas vontades.
A manhã está uma delícia. Não estou reclamando não.
Tenho um emprego bacana, maridex acabou de passar por aqui, com Isaac, tomamos um cafézinho juntos e agora acompanhei até onde a vista pôde alcançar, os meus dois amores indo de bicicleta curtir feriadão.
E eu sou uma mãe/mulher/jornalista/rainha do lar muito feliz.
Obrigada.
E esse post hoje ficou confuso, sem pé nem cabeça, vai entender.
Aí me lembro agora que tenho alguns selinhos pra postar.
Aproveitemos o feriado.

1 - Esse aqui quem deu foi a Ana, do Balde, areia e balanço


Regras? Sim. Sempre.
Tenho que indicar o blog que me deu, falar 9 coisas sobre mim e indicar 9 blogueiras que mereçam o "selo de qualidade".

Vamos lá.
1- Vivo brigando com o espelho e a balança.
2- Sou chata pacas.
3- Adoro meu cabelo curtinho.
4- Leio até 4 livros de cada vez. (hoje tenho 3 na cabeceira)
5- Sou curiosa.
6- Sou determinada. Mesmo.
7- Adoro comida japonesa.
8- Aproveito tempo livre pra arrumar bagunça, dar fim em coisas sem uso, repaginar roupas e brinquedos.
9- Me acho confusa. Quase sempre. E adoro ser intrigante.

Vamos lá 2. Selo vai para:
2- Queridonas do Comer pra Crescer
3- Gra
9- Ana

2- Me apoderei desse, lá no blog da Sarah.


Achei tão bacana... Meu bloguinho e as conversas mil com as cibermãezocas são as coisas que mais tem me ajudado a esvaziar a mente (ou deixá-la mais positivamente cheia) nesses dias loucos.
Não lembro bem, mas acho que tenho que dizer aqui o que veio a minha mente neste exato momento. Ok. Em uma frase. "Meio-dia, chega logo!!!!"


segunda-feira, 6 de setembro de 2010

As crianças e a política


Isaac ainda é pequeno. Certo.
A preocupação agora, quando o assunto é eleição, política e afins é escolher direito pra que os colaterais não sejam tão ruins para o futuro do filhote.
Acontece que o assunto é papo brabo. Ainda mais nesse Brasilzão de Meu Deus, onde o povo é descrente devido a corrupção alheia.
Esse blog não tem muito a intenção de ser o dono na verdade, muito menos ficar pregando ideologias.
Mas mãe que é mãe - ou todas que eu conheço - vive preocupada sim com o país que o filho vai crescer, viver, estudar, constituir família.
Aí que recebo e-mail.
Piadinhas infames todos os dias, confesso, e adoro.
E me chega esse aqui que tenho mesmo é que dividir.
Certeza que muita gente vai achar um horror, mal gosto total, impróprio e tals.
Mas tem um fundo (?) de verdade sim. Eu acho.
E nada como olhar a vida por outros ângulos.

...

- Pai, eu preciso fazer um trabalho para a escola! Posso te fazer uma pergunta?
- Claro, meu filho, qual é a pergunta?
- O que é política, pai?
- Bem, política envolve: Povo; Governo; Poder econômico; Classe trabalhadora; Futuro do país.
- Não entendi. Dá para explicar?
- Bem, vou usar a nossa casa como exemplo: Sou eu quem traz dinheiro para casa, então eu sou o poder econômico. Sua mãe administra, gasta o dinheiro, então ela é o governo. Como nós cuidamos das suas necessidades, você é o povo. Seu irmãozinho é o futuro do país e a Zefinha, babá dele, é a classe trabalhadora.
- Entendeu, filho?
- Mais ou menos, pai. Vou pensar.

Naquela noite, acordado pelo choro do irmãozinho, o menino, foi ver o que havia de errado. Descobriu que o irmãozinho tinha sujado a fralda e estava todo emporcalhado. Foi ao quarto dos pais e viu que sua mãe estava num sono muito profundo. Foi ao quarto da babá e viu, através da fechadura, o pai na cama com ela transando .........
Como os dois nem percebiam as batidas que o menino dava na porta, ele voltou para o quarto e dormiu.

Na manhã seguinte, na hora do café, ele falou para o pai:
- Pai, agora acho que entendi o que é política.
- Ótimo filho! Então me explica com suas palavras.
- Bom, pai, acho que é assim: Enquanto o poder econômico f... a classe trabalhadora, o governo dorme profundamente. O povo é totalmente ignorado e o futuro do país fica na m...!!!

É ou não é?!?!

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Filial da Pixar

Estria, cara de urso panda, um amor que não tem fim, toda a culpa do mundo, uma satisfação plena???
Que nada.
Você sabe mesmo que se tornou MÃE quando a sua cama vira uma filial da Pixar.





Ótimo final de semana para todos nós.
bjo bjo bjo

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Hummm. Brigadeiro na colher

Pois bem,
ainda tenho uma infinidade de assuntos sobre a festinha do Isaac pra postar.
E eu que deixei um monte de cibermãezoca (né, Kah?!?!) com água na boca falando do brigadeiro de colher, não podería esquecer de passar a receitinha, muito menos esclarecer que é NA COLHER MESMO, fica super divertido e uma de-lí-ci-a.
A receita é minha não! Nem a idéia.
Fuçando nos blogs amigos e queridos cai no Mamãe Polvo bem no pós festinha da Lulu.
Charme total que foi, a Mi fez as dela na colher de inox, com crispis de chocolate branco e preto.
Lindo.
Mas como o tema do aniversário do filhote era circo, achei que as colheres de plástico coloridas seriam mais apropriadas.
Tá. Não achei as coloridas, usei as brancas, mas coloquei a cor de outra maneira. Confeitos bárbaros em forma de estrelinhas.
Saca o artesanato!


Eu fiz duas receitas, o que deu tranquilamente 50 colheres bem cheinhas.
Fiquei com medo que não desse certo, então fiz tudo na noite anterior a festa e deixei na geladeira até a hora de arrumar a mesa de guloseimas.

Vamos então para a receitinha da Mi:

1 colher de sopa (sem miséria, hein?) de manteiga
1 lata de leite condensado
1 lata de creme de leite completamente sem soro
Achocolatado em pó a gosto (usei nescau 2.0)

Derreta a manteiga na panela e tire do fogo.
Misture o leite condensado e o creme de leite.
Depois de misturado, acrescente o achocolatado. Aqui a quantidade vai do gosto. A Mi disse que gosta de bem escurinho e eu também, foi meia lata do Nescau 2.0 pras duas receitas.
Depois de tudo bem misturado, leve novamente ao fogo médio.
Aí prepare o braço...
Por causa do creme de leite demora mais para chegar no ponto.
Não desista, depois de um tempo no mexe-mexe pode até parecer que não vai engrossar, mas vai sim. Paciência.
Se ferver e continuar líquido, abaixe o fogo e não desista, a coisa dá certo.
Deixe esfriar bem antes de colocar nas colheres.
É só usar uma outra colher de metal pra tirar o brigadeiro da panela e ajeitar nas colheres de plástico. Coloquei os confeitos num prato e mergulhei as colheres cheias nele.

Ok. Todo mundo estranhou quando viu que ia creme de leite na receita.
Aprovadíssimo!
Fica leve, super brilhante e menos enjoativo.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Lei da cadeirinha - A missão

Bom,
imagine um filme, sem fim. Aí resolvem fazer a continuação. E a parte dois parece tão sem pé nem cabeça que o expectador com certeza vai sair boiando da sala de cinema.


É. Hoje entra em cartaz vigor a Lei das Cadeirinhas, resolução que determina o uso obrigatório de equipamentos especiais para o transporte de crianças até sete anos e meio.
Tá. Já coloquei minha opinião aqui e continuo com as mesmas dúvidas.
Contran deu um prazo - lembram que era pra fiscalização ter começado em 9 de junho???? - já que foi um forrobodó de falta de cadeirinha no mercado, enxurradas de dúvidas por parte dos pais e responsáveis, taxistas e tals.
Foi-se o prazo ficaram as dúvidas.
E junto com as dúvidas e o valor das cadeirinhas (item nada barato, mesmo que necessário) ficou a desinformação, agravada pela revolta.
O que mais vi nesses meses foi a revolta em relação a três tópicos básicos:
- Quem carrega 3 crianças no carro. Faz como?
- E quem não tem condições para adquirir o dispositivo de segurança?
- Os taxis e transporte público são imunes aos acidentes de trânsito?

A resposta, generalizando, ficou em máxima do século passado: EMA EMA EMA, CADA UM COM SEUS PROBLEMAS.

Nesse prazo dado pra que a coisa funcionasse direito eu não vi campanha sobre conscientização, segurança ou esclarecimento.
Eu não acompanhei acordo entre governo e fabricantes de cadeirinha. Nem pro mercado ser atendido, muito menos pra que houvesse uma maneira do dispositivo não pesar tanto no bolso das famílias com mais filhos.
A segurança dos pequenos é sim prioridade. Sei também que tem muito pai com dinheiro pra adquirir a cadeirinha mas acha desperdício.
Acreditem. Existe.
Ontem mesmo recebi um e-mail aqui na rádio. E tive a total certeza de que desinformação é um perigo.
A mãe em questão se diz indignada com a lei.
Vou reproduzir trechinhos aqui:

"Pois bem. Essa lei que obriga os pais de crianças menores de 10 anos a transportar seus filhos em cadeirinha própria é um absurdo. Primeiro porque não é a cadeirinha que dá segurança, mas sim a colocação correta do cinto de segurança. A cadeirinha serve somente para 'elevar' as crianças nos bancos e assim, não terem o cinto 'apertando' os seus pescocinhos."

Será que essa mãe, como tantas outras, não teve acesso a informações corretas sobre o verdadeiro sentido da cadeirinha?

"Se a cadeirinha serve somente para 'elevar' as crianças nos bancos e assim, não terem o cinto 'apertando' o pescoço, se não são todas as pessoas que têm condições financeiras de comprá-la, se são provisórias (cada fase/idade/peso da criança corresponde a um tipo de cadeirinha específica) e, ainda, se são um 'trambolho' que entopem o carro. Então, porque, pessoal, obrigar apenas os pais a comprarem essas cadeirinhas caras e provisórias (as crianças crescem rápido)?!"

Trambolho? Fico imaginando como é que os filhos dessa mãe são colocados no carro. E quando eram bebês? Serve somente para elevar a criança? Ai.

Bom, mesmo eu (eu, hein) discordando de boa parte do protesto, tenho que tirar o chapéu pra pergunta que não quer calar colocada por ela, apesar de eu não (de maneira alguma) enxergar a segurança do meu filho como transtorno ou falta de praticidade.

"Porque não fizeram uma lei para obrigar as montadoras a criarem um cinto de segurança com regulagem de altura??!!! Seria muito melhor poder ajustar a altura dos cintos de segurança nos carros de acordo com o tamanho dos nossos filhos, vizinhos, filhos de amigos, netos, do que encher os bolsos dos fabricantes de cadeirinhas de dinheiro e fazer com que o nosso dia-a-dia seja um transtorno com essa história... só que tem filhos nessa faixa etária sabe o quanto essa obrigatoriedade irá custar para cada família em termos financeiros, de espaço e de falta de praticidade."

Fica pra reflexão e pesquisa.

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