quinta-feira, 30 de junho de 2011

Fui ouvida! (e uma dica para mães desesperadas)

Sei.
Sei que a gente não pode ficar elogiando filho assim, já que parece existir uma força que nos prova contrário toda vez que a gente fala "ai meu filho é um lindo e dorme a noite toda/come direitinho/me obedece/ não fica doente há meses".
Mas eu tenho que falar, viu?
Parece que senhores extraterrestres deram uma trégua e enviaram Isaac de volta, com chip do amor, carinho e compreensão.
Aleluia!
Calma, calma que eu conto.
Nos últimos dois dias (e isso sim é uma vitória) Isaac tem me ouvido com atenção, vai tomar banho a hora que peço, sai do banho quando solicito, tem me ajudado (mais ou menos, mas vá lá) a recolher livros e brinquedos, deu um tempo pros cachorros e pasmem, foi pra cama ontem sem chororô típico do horário.
Sim.
Posso até ouvir o óóóóóóó vindo de vocês.
Mas como? Como? Como?
Tá.
O que eu tenho feito de diferente é ...
... olha o suspense ...
DESENCANAR.
Sim. Dei uma de mãe relaxada e tenho conversado com ele assim, como quem não está preocupada.
Lóóógico que não sou de ferro e tem horas que a Rainha de Copas encarna total, mas deem um desconto.
Lóóógico que há momentos que dá vontade de se trancar no banheiro e chorar como se EU tivesse 3 anos de idade.
Mas parece que esse meu novo jeito "não tô nem aíííí" está dando resultado.
E vamos que vamos!

Vivendo e aprendendo, não é assim que funciona???


quarta-feira, 29 de junho de 2011

Perguntas que fazemos. Respostas que tememos...

do google

Eu vivo papeando com o Isaac, sobre tudo.
E recomendo super as conversas entre pais e filhos.
Desde os assuntos cotidianos até as viagens e loucuras esquisitinhas.
E daí que essa madrugada, enquanto eu fazia minhas reflexões sentada no tapete de crochê do quarto do Isaac, logo depois de algumas horinhas de filhote chorando, lembrei das perguntas que faço a ele e que, geralmente, me arrependo.
Por quê?
Oras, porque criança é bicho sincero, né?

E em sua pouca experiencia de vida ainda não desenvolveu o uso do sorrisinho amarelo ou da mentirinha boba pra não desagradar ouvido alheio.
Vícios da vida adulta. Ora feios ora extremamente necessários.
Tá.
E eu fiquei elencando as tais perguntas, e lembrei com sorriso besta as respostas que ganhei:

- Filho, a mamãe está bonita?

- Não. Prefiro aquele pijama do urso.

- Isaac, você gostou da sopa que a mamãe fez?

- Eca! (com língua de fora e tudo)

- Oba! Nós vamos passear no shopping!!!! Você quer fazer o que lá?

- Assitir televisão / Comprar muuuuuuitos brinquedos / Eu não quero ir naquela loja que você gosta.

- Você ama a mamãe?

- Hoje não.

E a de ontem, eu juro pra vocês que fiquei apavorada com o tempo que ele parou pra pensar na resposta.

- Você e o príncipe e a mamãe é a rainha. Eu sou a da Rapunzel ou a da Alice no País das Maravilhas?

(Gelei, né? Ou eu ia ser magrinha, boa e adorada por todo o reino ou ia ser uma rainha cafona e bunduda que quer cortar a cabeça da geral)

- A da Rapunzel.

Uuuuufa...

terça-feira, 28 de junho de 2011

Toquezinho básico

Já falei que ser mãe é uma loucura?
Muitas vezes.
Já utilizei o termo "esta cabeça louca" algumas vezes?
Mais do que deveria.
Já me chamei de doida, sem noção ou ri da própria desgraça?
Ô.
Então tá.
Agora posso reforçar meus conflitos com o tal toquezinho do título deste post.
TOC meu bem, não toque.

Ele mesmo. Mais um transtorno nessa existência.

Não.
Nenhum médico credenciado e especializado diagnosticou e assinou embaixo.
É outra coisa dessa cabecinha louca.
Explico.
A mania, fobia, doença, transtorno ou frescura agora é por organização.
Fiquei neurótica.
Neurótica por ver tudo guardado, organizado, arrumado.
Tu-do.
Quase tudo.
Os brinquedos do Isaac, por exemplo, depois de tanto contato com baba (do fiho e dos cachorros), sujeira, terra, poeira e pedaço de comida, se desenvolveram numa forma mutante que tem aversão aos lugares apropiados, caixas e armários.

Aí você deve estar falando: Aaaaaa, mas essa Carol é muito dramática... Tá surtando com a bagunça do filho e vem falar que tem TOC...

Ok. Concordo com você. Mas algo mudou por aqui.
Os brinquedos que antes ganhavam uns chutinhos até saírem do meio do caminho agora povoam meus sonhos, pensamentos no horário de trabalho e tomam boa parte do meu final de semana.
É sim aterrorizante.
Primeiro porque meu filho custa a aprender que se tirou-bricou-cansou tem que guardar de volta e me responde com:

- Mas eu estou muito cansado, não consigo guardar...

E eu piro.
Enlouqueço.
Viro a doida.
Depois que, a irritação toma conta do meu ser porque, além do filho mal educado e bagunceiro, participam da rotina da minha casa duas criaturas que tiram as bagunças do Isaac de um lugar e colocam em outro.
E esse outro, queridas, está longe de ser o bendito lugar certo!
Exemplo? Tenho uma tonelada.
Faz uma semana que filhote tirou um livro da prateleira e deixou na cozinha. E lá a publicação ficou (sendo engordurada e tals) até ontem quando eu disse "Fulana, o lugar desse livro é na prateleira, no quarto do Isaac, ok???". E o livro apareceu aonde? Na mesa de jantar.
Da cozinha pra mesa de jantar?
Um insulto.
Provocação. Só pode ser.
E não é só isso. Essa mania louca está me dando dor nas costas, nos ombros e de cabeça.
Onde já se viu? A pessoa agora levantar correndo da cama pra colocar uma coisa ou outra no lugar????
Pirei.
Surtei.
Endoideci.
Pois bem que o trabalho do brincou-cansou-guardou com o Isaac está sendo mais árduo, mais bravo e por consequência mais chato.
E eu vou levando.
Sem gostar mas vou levando.

E vocês, hein? Conseguem fazer a cria colaborar com a arrumação????

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Pérolas alimentícias

Gracinhas graciosas e cheias de charme para começar bem a semana:

O carnívoro

- Mamãe, eu adoro o bife do leão Alex (Madagascar feelings).

- É filho?

- É. tem até uma semente no meio, pra colocar na terra.

Jurássico

Estourou uma bombinha de São João. A cria arregala os olhos e manda:

- O que foi isso?

- Acho que foi uma bombinha, filho. Fogos de artifício.

- Eu não acho.

- Não?

- Foi um dinossauro que passou.

- Qual dinossauro, Isaac?

- Aquele, com uma ervilhooooona verde nas costas.

Matutino

- O que você vai querer de café da manhã, filhote?

- Hummm.... Pão com chapa.

O ativista

Viu um porco no rolete esse final de semana. Até achou graça, mas não se entregou:

- Vou comer aquele franguinho... (apontando pro bicho enorme e pururucante).

O cara de pau

- Vamos comer, filho???

- Aaaaa... (pra variar) Eu não quero comer.

- Mas precisa, né?

- Mas eu estou com dor de barriga, de tanto que eu já comi.

...

Semana linda, hein gente?!?!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Chantagem das brabas

Hoje Isaac acordou mais cedo que eu.
E filhote acorda num pique que pra ser a Globeleza só falta o salto. Sério.
Uma loucura fica a minha vida quando a casa já não está todo aquele silêncio.

Perco a hora, perco o rumo. Tudo.

Meu tiro de misericórdia é colocar a cria pra me "ajudar" em tudo o que estou fazendo.
Desde escovar os dentes, escolher a roupa, até fazer a lancheira dele e acordar o papai.
E daí que faço tu-do com criança de quase 3 anos presa nas pernas. Ou no colo. Ou as duas coisas ao mesmo tempo.
Quem é mãe sabe que dá. Danem-se as leis da física.
Só que no meio do corre-corre nem sempre consigo dar atenção a tudo que Isaac fala ou pede.
Ui! E como pede.
Pede tudo e mais um pouco.
E com meu relógio na mão ele faz o bico mais doce do universo:

- Quero pôr.

- Iiiii filho, a mamãe tem que colocar o relógio pra saber a hora de chegar na rádio!

- Aaaaa.... mas eu não tenho nenhum relóóóógio...

E lá vou eu, de um lado pro outro, pensando em um zilhão de coisas. Tudo que tenho que fazer nesta véspera de feriado. E não é pouco.
Corro pra cozinha num surto imediato de Jesusmeajuda e vejo ela lá.
A mamadeira.
E atrás de mim vem Isaac tagarelando sobre o tal relógio que ele não tem.
Me entrego ao tetê.
Faço com todo o amor que cabe nos poucos minutos que me restam.
Uso como isca pra levar filhote até a sala.
Ligo a tv, coloco ele bem confortável no sofá, enfio a mamadeira na boca dele.
Aaaaa o silêncio....
E daí, num segundo, ou menos que isso, tenho um estalo.
Idéia genial, magnífica e obscura. Hei de concordar.
Ergo a sombracelha. Isaac já presta bem atenção na minha sombracelha também e para com a sucção tetesística.
Sem medo eu coloco pra fora:

- Ok. O relógio é seu.

Ele olhou com interesse ímpar.

- Te dou o relógio assim que você fizer o cocô no trono.

E saí como uma louca, atropelando cachorro, mochila e quem mais passasse pela minha frente.
Deixando no ar aquele clima de "a seguir cenas...".
E cá estou, como mãe que sou, decidindo se devo ou não bater a cabeça na parede por tal negociação.

Que o feriado de vocês seja lindo! O meu também, né?

terça-feira, 21 de junho de 2011

Era uma vez o infeliz... que era do contra...

Do contra.
Total.
Esse é meu filho hoje.
E espero que essa fase seja breve.
(mas lembro bem da minha adolescência e a onda de esperança vai embora, assim, me deixando num cenário sombrio e gelado)
Isaac diz não pra tudo.
E não é um não porque não quer.
É um não de contrariar mesmo.
Por gosto, parece.

- Vamos tomar banho?

- Banho nããããão.

- Isaac, vamos sair do banho.

- Nãããão. Eu quero ficar na banheira.

- Isaac, hoje você não vai tomar banho.

- Buáááá, eu não quero ficar sem banhoooooo!

- Filho, hora do almoço.

- Eu não quero almoçar.

- Olha só! Vamos assistir a Dora?

- (bico) Eu não gosto da Dora.

- Agora vamos sair, não dá pra ver TV.

- Buáááá... eu não quero sair! Quero ver a Doraaaaaa!

E por aí vai.
E vai explicar pra uma criança que a vida não vai ser bacana com ele se ele continuar assim.
Extremamente cansativo.
Um teste pra qualquer paciência materna.
Uma loucura.
Mas junto a fase do contra me veio outra.
Das bem cabeludas.
Meu filho não é feliz com nada.
Insatisfeito mode on, na versão turbo.
Se a gente dá um brinquedo:

- Olha Isaac! A mamãe trouxe um Pinóquio (uma marionete enoorme de madeira que veio toda embalada, num super cuidado dentro da mala) de viagem pra você!

- (bico master) Mas não tem o Gepeto, o João Honesto e a Baleia Monstra?????

- Surpresa! Esse é seu quarto novo!

- Mas você não colocou aquele brinquedo do Buzz que eu queria????

- Vamos brincar de carros no quintal hoje?

- Eu não tenho muitos carros. (mesmo com o balde abarrotado de coisinhas com rodas de todas as cores, modelos e tamanhos)

Triste.
Lastimável.
Teste psicotécnico pra qualquer paciência materna, humana ou de Jó.
E vai explicar pra um menininho de quase 3 anos que a vida não vai ser nada bacana com ele se ele continuar sem dar valor às coisas que tem.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

A incrível história do filho sabido e da mãe avestruz...

do google

Ser mãe, entre um monte de tantas outras coisas e sentimentos, é passar vergonha.
Quem nunca passou, um pequeno momento avestruz que seja, me conta.
Pois é raro.
E meu filho está naquela fase louca de sair por aí corrigindo Deus e o mundo.
Duvido que você, mãe de criaturinha de 2 anos e 9 meses, não conheça tal fase.
Nããão?!?!
Então explico.

No zoológico, família mostrando os primatas para o filho. Gente desconhecida mesmo:

- Olha fulaninho, o macaco!

Aí entra o Isaac, no meio do papo:

- Não é macaco. É ba-bu-í-no.

Próxima jaula:

- Tá vendo, ciclaninho, o leão está dormindo...

Saca o Isaac:

- Nem é o leão. É a le-o-a. E ela só está descansando.

Aí imaginem vocês, que um passeio no zoo rende a mais pura e diversificada sessão de correções e sorrisinhos amarelos que um ser humano poderia aguentar.
Tá, se fosse só no zoológico seria fácil.
Mas a vida é uma graça, não é?
Isaac brincando com a vizinha:

- Cuidado aí Isaac! Tem formigas e elas mordem.

- Elas não mordem. Elas pi-cam.

...

- Você vai pegar os caminhões para carregar pedras?

- Não são caminhões. São po-tes-que-a-vo-vó-deu.

...

- Olha! O papagaio do pirata saiu voando!

- É a-ra-ra. E esse brinquedo não voa. Só o avião voa.

Sim. Ele acaba até com a imaginação alheia.
E não é só isso.
O negócio é ele corrigir com pausas.
Ele separa as sílabas na hora da correção, pra não correr o risco da pessoa corrigida não entender o recado.
E ele não para.
Corrige e vira os olhos como quem diz "pobre da humanidade se não fosse eu ensinar todo esse povo".
Tá se achando esse menino.
Eu?
Tô me policiando pra ver se essa mania corrigenta não veio de mim.
De onde veio e pra onde vai.
Fora isso sempre tento, de maneira mais que sutil, mostrar que esse negócio de sair corrigindo não é lá coisa agradável.
E vocês?
Tem pequenos sa-be-tu-do em casa???

Ótima semana, heins?

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Nós e a natação: Um caso de amor e ódio

do google

Queridas e queridocas deixaram comentários super bacanas no post de ontem.
Obrigada.
Mesmo.
E semana que vem eu vou de uma vez encurtar a soneca.
Amém!
Tá.
Mas acontece que muitas mamães falaram sobre fazer natação.
Concordo.
Acho o máximo tal esporte.
Só que a vida não é tão simples.
Isaac entrou na natação aos 8 meses de idade.
Era uma delícia.
Dois dias da semana de pura diversão, desenvolvimento e tals.
Sem contar todos os benefícios para a saúde da cria.
Ainda mais cria cheia de alergia, com mãe ex-asmática e etecéteras.
Até que Isaac começou a ter otite.
Uma atrás da outra.
Que duravam dias e dias.
Médico, hospital, antibiótico.
E a cada otite a natação ganhava uma pausa.
E a cada volta ao esporte, nova otite.
Pronto. Pediatra pediu um tempo. Longo. Uns 3 meses.
Demos.
Voltamos assim que liberados.
Otite nele!
Pausa. Otite. Pausa. Otite.

(Sobre os tampões? Isaac não aguenta nem cotonete pra limpar as orelhas. E eu, sinceramente acho uma judiação o pequeno de tampão numa atividade que é cheia de músicas e conversa.)

Cansamos.
Daí que a querida doutora pediu que esperássemos os 3 anos.
É o que fazemos até agora.
Mas daí que mãe é bicho que fuça e eu fui atrás de um otorrino.
Querido doutor nos deu explicação interessante.
A qual resumo aqui, de maneira não médica.
Isaac tem rinite. Piscinas são em locais fechados e aquecidos. Ótimo para a proliferação de fungos e tals que colaboram horrores com as crises de rinite, que vem carregadas da catarrância plena.
E aí que filhote tem as amigdalas enooormes. Que desviam a catarrância toda para o ouvido quando eliminada pelo nariz.
Tomou?
Agora me conta. Existe alguma piscina de natação infantil que não seja coberta e fechada?
Bom,
somos brasileiros e não desistimos nunca, certo?
Esperemos os 3 anos e nova tentaiva.
Então, meninas nadadeiras, essa não é uma opção por aqui.
Não por enquanto.

** Ah! falando em saúde! Não esqueçam da Campanha de Vacinação contra a Pólio amanhã! E tem vacina contra o sarampo também!


quinta-feira, 16 de junho de 2011

Eu não consigo me entender com a soneca.

Sei. Sei.
Vocês devem estar pensando: "Ih! Agora ela assinou o atestado de loucura de vez. Como não se entende com a soneca????".
Explico.
Não acho ruim Isaac dormir a tarde.
Se a soneca é necessária, que aconteça.
Mas, como nada é simples nessa vida, a tal dormidinha está virando a minha casa de cabeça pra baixo.
Como?
Isaac agora dorme depois do almoço.
Fofo, lindo, uhu!, concordo.
Só que a soneca acontece das 3 às 5 da tarde.
Qual o problema?
Te conto, amiga.
O que fazer com uma criança cheia de energia às 5 da tarde???
Horário até então, que Isaac já estava começando a desacelerar, pedir colinho e banhinho, pra aí sim dormir às 7 e meia da noite (horário, que na minha opinião, é mais que próprio pra criança estar na cama).
E logo, criança que acorda às 5 não vai querer desacelerar nem às 10 da noite.
E assim tem acontecido.
10 da noite e eu tô lá, lendo e relendo "Alice no País das Maravilhas" (o livro da vez) até eu mesma não aguentar o cansaço.
É justo isso?
Uma tão desejada sonequinha desestruturar todo um esquema de sucesso?
Lembrem-se que, além de eu achar que a cria deve dormir cedo, eu acordo às 5 da matina pra trabalhar e ainda quero/desejo/preciso passar um tempo com maridex. O que se torna impossível quando os olhos não conseguem mais ficar abertos e o cérebro trabalhar de maneira consciente.
Ai me vem as avós e irritantemente repetem: "Você tem que dormir a hora que o Isaac dorme".
Ãhã. Conta outra.
Durante a soneca do filhote a minha casa e todo o barulho nela continuam em rítmo normal. Os telefonemas precisam ser dados, instruções, lista de supermercado, quitanda, compromissos e cachorros. E eu, como toda mulher moderna normal, acabo aproveitando soneca do filho pra resolver o que não dá com ele acordado.
Deu pra captar a mensagem?
O entre a cruz e a espada que me encontro?
Já tentei acordá-lo antes. E me rendeu horas de choro, manha, birra e uma tonelada de NÃOS.
Estou mesmo a procura de atividades que possam ser realizadas após às 17h, mas qualquer que seja vai ser interrompida pela hora da janta.
Confesso estar perdidinha.

E então?
Posso pedir socorro????

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Desberçando

Mais do mesmo?
Mais um post sobre os "des" da vida do Isaac?
Pode ser.
Mas esse "tira" que conto aqui foi coisa mágica.
Pelo menos, depois de esperar noite longa, cheia de quedas e medo do desconhecido, posso dizer que sou pessoa feliz e de sucesso.
Essa noite Isaac debutou na caminha.
Me livrei do berço e ele das grades.
De quebra me livrei também da pulga que me coçava atrás da orelha.
Sim. Eu achava que já estava tarde demais. Que Isaac já era criança crescida e que precisava dar mais esse salto rumo a meninice, deixando a bebezice lá no ontem.
E sim também. Eu me culpei horrores, por dias e dias, jogando nas minhas pilatadas costas todo o peso de estar atrasando o desenvolvimento do meu filho.
Lógico que eu acomodei. E quem não o faria?
Eu assisti a uma infinidade de capítulos da Super Nanny, onde mães se descabelavam levando e levando e levando a cria de volta pra cama de madrugada.
Maridex também foi contra a mudança até o fim.
Ontem mesmo, depois que Isaac dormiu ele profetizou: "Se prepara que a noite vai ser longa".
Até o eco eu ouvi. E senti uma brisa gelada na nuca.
Mas amémaleluia que o ser com o qual me casei não é profeta e nem tem vocação pra isso.
Sei. Sei bem que nem todas as noites serão iguais.
E ser mãe é tomar chuva de cuspe na testa sempre, mas vá lá...
Isaac dormiu bem, não caiu da cama, e nem tentou descer dela pra ir até o meu quarto.
Nota dez!
Mas tá que o mérito não é só da sorte.
Nem só meu, nem nada.
Como todas as outras transformações da vida do pequeno, eu acho o tal lance da cama uma das bem importantes.
Então... não foi só trocar o leito e boa.
Eu me dei um prazo.
Depois das férias começaria a procurar coisinhas que, mesmo poucas, iriam abolir de uma vez o estilo neném do quarto do Isaac.
Levei ele junto comigo para escolher peças de decoração e prestei mais do que nunca atenção nas novas preferências da cria.
Tudo comprado e montador agendado, fui conversando com o filhote sobre dormir na cama e deixar o berço.
Expliquei pra ele que a cômoda ia embora deixando mais espaço pra ele brincar.
Etecéteras e etecéteras.
E fiz questão de deixar a coisa toda mágica.
Arrumei o quarto enquanto ele estava na escola. E quando fui buscá-lo voltei o caminho todo dizendo que ele ia ter uma surpresa.
Surpresa grande que nem cabia na mochila.
Fechei os olhinhos dele até a porta e ganhei certificado de mãe que sabe desberçar quando ele olhou tudo maravilhado e disse que estava feliz com o quarto novo.
Ainda ganhei bônus quando ele nem pediu pra ir ler histórias na minha cama.
Parabéns, Isaac!
Por mais esse degrau!

** E cruzem os dedos aí, hein? Que todas as noites sejam lindas assim!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Considerações gerais e históricas sobre o tetê e eu


Não se iluda. Nós somos super diferentes...

E daí que essas fases loucas e necessárias de ser filho e de ser mãe, precebo eu, não atingem só esta cabeça louca aqui.
Pelos comentário, twittadas, facebookadas, senti uma grande onda solidária (e temerosa, porque não?) de queridas companheiras passando ou esperando essa fase.
Sei o motivo de eu ficar tão apavorada ou tão coração mole com a retirada de cena da mamadeira.
Putz vida difícil essa de criança!
Tira a fralda, tira a chupeta, tira a mamadeira, tira o berço. Tira tudo.
E aí?
Aí que eu me imagino sem entender muito bem o mundo e no meio dessa loucura - onde não se sabe direito se o melhor é chorar, arriscar novas palavras ou rir - vem aquele ser que você confia cada segundo da sua vida e começa a tirar.
Isso.
E não tira coisa boba não. Tira o objeto siliconento que te tranquiliza antes de dormir, tira objeto mais siliconento e plastiquento que você recorre nos momentos mais difíceis. Tira o conforto fraldístico e ao mesmo tempo te apresenta uma bacia cheia d'água, fria e barulhenta.
Que vida louca é esse começo pra eles, não?
Tá.
E eu derreto mesmo. E me entrego da maneira mais errada possível.
Só que não desisto.
E fico tentando entender toda essa fase, já que não me lembro como foi que eu passei por ela.
Não lembro? Peraí.
Tu-tu-tu-tu-tu-tu. Trimmmm. Trimmmm.

- Alô, mãe, conta aí pra mim como foi esse negócio de desfraldar comigo!

- Olha, Carolina, com nove meses você olhou bem pra mim e pediu "Tila a fóda".

- Sério? A senhora não teve nenhuma crise existencial, pediu ajuda aos universitários ou chorou ao telefone pra vozinha?

- Não.

Até senti um tanto de tédio na voz dela, mas continuei:

- E a mamadeira???? Como foi que a senhora conseguiu essa proeza?

- Mamadeira, minha filha? Que mamadeira?

- Hein?

- Você mamou nos meus peitos até os três anos e meio! Nunca usou mamadeira!

- Ô mama, lembro, mas nem um tetezinho? Só no peito mesmo?

- Nadica. E olha que eles ainda estão bem em forma...

Silêncio.
Me sentir órfã.
De informação e experiência própria.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Leite no copo

E aí?
Diz a pediatra do Isaac que já tá na hora dele começar a se entregar ao leitinho no copo.
Ir aos poucos abandonando a mamadeira durante o dia e assim fazer caminho (árduo, acho eu) pro "NÃO TETÊ!" de uma vez.
Acontece que a coisa não é tão simples.
Nunca é, né?
Eu disse a querida doutora que iria esperar.
Que ele está num empacamento desfraldístico e que logo esse processo concluído eu abraçaria outra causa.
Mas eu não ignoro as oportunidades e vamos tentando de tudo um pouco.
Filhote já toma suco, água e afins no copo.
Dias pede com canudo, dias não. E se vira bem.
Mas o leite.... aaaa o leite...
Ele já pediu leite no copo "igual ao amiguinho da escola" e eu toda toda fui correndo preparar o dito no copinho colorido.
Isaac olhou bem pro líquido branco, ergueu a sombracelha e mandou um NÃO. Daqueles traumatizantes.
Perguntei se havia algo errado. Se não estava igual ao leite do amigo.
Ele nem soube me responder e logo caiu num choro sofrido que só parou depois que a palavra tetê voltou a ser pronunciada.
Eu?
Dei o leite na mamadeira, oras.
Me conhecem bem e sabem que não sou de forçar a barra.
Esse final de semana - influenciado pelo Pateta, que vestido de Chapeleiro Maluco num dos filmes da "Casa do Mickey" serve leite com chocolate e não chá - ele mandou ver alí, no copo mesmo, todo orgulhoso e feliz.
Aplaudimos, mostramos que ele já cresceu, que ele consegue e tals.
Daí que essa madrugada me grita o filho:

- Mamãããããe! Quero um tetezinhoooooo!

- Mas agora não é hora filho. Agora é hora de descansar e você toma seu leitinho de manhã, junto com o papai.

Ameaça um choro, mas sabe bem como a coisa funciona com essa mãe de coração mole:

- Mas eu nem tomei tetê hoje, eu só tomei no copo do Pateta....

Toma!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Homenzinho com H

E daí que eu aproveito a manicure em casa e já peço pra ela dar uma geral nas unhas do Isaac.
E daí que ele sempre me ajuda a escolher as cores dos esmaltes, olha feio quando acontece uma cutucada mais forte e dá risada junto comigo na hora dos pés serem lixados.
Ele participa, mexe na bolsa da querida manicure, molha a sala toda com o borrifador e finge aparar unhas e bigodes do Iron e da Keith.
Viaja sentado na cadeirinha com mesinha, aproveita.
E ontem, chegada a hora dele perder as garras.
Todo moço esticou os dedinhos, olhou bem pra manicure e ergueu a sombracelha.
"Danou-se" - pensamos juntas. Já que ela conhece bem Isaac desde que ele era um projetinho.
Filhote mirou a maleta, o alicate, a lixa e mandou todo autoritário (só faltou coçar o saco):

- Só a unha, hein Rê!

Ela olhou pra ele e sorriu.
Ele nem respirou:

- Isso de esmalte é COISA DE MULHER. 

Machismo é item de fábrica?????

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Partilhar

do Google

Eu ando achando o máximo a escola do Isaac.
Primeiro porque ele está se sentindo muito bem lá.
Fala com orgulho das atividades, professoras e já enumera amigos em: querido, companheiro, potencial fornecedor de lanche e os que batem ou gritam ou empurram.
Uma graça.
Mas semana passada recebi um bilhete.
Nele dizia que eu deveria levar um lanche, uma coisinha que Isaac goste de comer, para ele compartilhar com a classe.
O dia da partilha.
Esperado ansiosamente pela cria.
E lá fui eu, correndo, providenciar pães de queijo quentinhos, pra turma toda.
E me derreti mais que manteiga quando fui buscá-lo:

- Mamãe, meus amigos AMARAM o meu pão de queijo.

Viva!
Essas pequenas atividades fazem diferença enorme na formação dos pequenos.
Muitos vivas!
Parabéns e muito obrigada pras professoras, coordenadoras e incentivadoras de tal idéia.
Recomendo.
Mas acontece que a vida é uma graça, lembram?
E com filho único (por enquanto, tomara), descolado e curioso de carteirinha a gente não pode bobear.
Então que toda demonstração de egoísmo mode off que Isaac tem eu quase surto.
Cada vez que ele pronuncia o verbo partilhar eu parabenizo, bato palma, agito e faço ele rir da minha cara.
Ok. Coisas de mãe.
Mas o duro é quando, mesmo coisa tão bonita quanto dividir, se debanda pro Lado Negro da Força.
Ui.
Eu conto.
Isaac foi comigo escolher o presente do Dia dos Namorados do pai.
Foi de casa ao shopping dizendo que o pai ia adolar ganhar um quebra-cabeça.
Expliquei sim, que o pai estava precisando de uma blusa de frio, bem quentinha.
Conversei.
E nada.
Depois do presente comprado, me vira Isaac com bico típico da família Garcia:

- Nós vamos passar na loja de brinquedo pra comprar o presente do papai?

- Nós já compramos, filho.

Aí imaginem a mais melosa voz de gato miando, todo dengoso e cheio de si:

- Mas ele ia gostar taaaanto de ter um brinquedo pra partinhar comigo....

Toma!

terça-feira, 7 de junho de 2011

Viajar sem os filhos: Manual de Instruções

do Google

Pode parecer neurótico demais.
Entendo.
Mas das duas vezes que fomos viajar e Isaac ficou, eu fiz sim um Manual de Instruções.
Oras!
Primeiro que, como toda mãe, tenho minha parcela de loucura.
Segundo que, quem fica com a cria - as avós no meu caso - não tem obrigação de saber tudo tim-tim por tim-tim.
E cá entre nós, informação nunca é demais.
Nunca!
Então lá vão as diquinhas básicas pro tal Manual, que ajudou com que eu ficasse mais tranquila e também as avós a saberem exatamente o que fazer.
E sim!
Imprimi e encardernei as edições.
E não me envergonho.
Tá... ao que interessa...

O Manual não precisa ser muito explicativo ou cheio de pequenos detalhes. Até porque a gente sabe bem que com criança pequena não dá pra ficar lendo e relendo.
A melhor maneira então foi colocar os itens em tópicos.
Este último, do Isaac, ficou assim:

- Agenda:
Especificamos quantos dias ele iria ficar com cada avó. O que, cá entre nós, evita uma briga danada.
As datas foram marcadas nesta página, que continha telefones, endereços, skype, e-mail e MSN (somos modernos, né gente?!) de ambas.

- Horários:
Neste tópico deixei os horários base de tudo. Mamadeiras, banho, lanchinhos e refeições, de dormir e sonecar.
Dividi em duas etapas: Horários da semana (com escola e atividades) e final de semana, quando a rotina é mais light.

- Higiene e desfralde:
Todos os cuidados durante e pós banho, especificando creminhos e pomadinhas.
Limpeza do nariz e dos dentes.
E ainda dicas para a questão do desfralde. Assim não teríamos uma outra pausa na cuecância.

- Saúde:
Telefones, endereços e nomes das secretárias da pediatra e do otorrino.
E um guia básico de toda medicação que geralmente usamos sem problemas, como remédio para a febre, dor, nariz entupido, dor de garganta e machucadinhos em geral.
Como aqui a coisa é mais complexa, fiz uma página de "informações úteis", informando quando foi a última vez que tomou antibiótico, utilizou algum medicamento ou reclamou de dor.

- Escola:
Nomes das professoras e auxiliares (com as quais tive uma reunião para avisar da viagem, dos responsáveis durante o período que eu estivesse fora, e de uma possível alteração no comportamento da cria por conta dos mimos avólísticos).
Horários todos.
Endereço e telefones.
Itens que vão na mochila e na lancheira.
Dicas de presentes caso aparecesse uma festinha de aniversário.
Aqui também fiz uma sessão "dicas úteis" explicando sobre a agenda, uniforme, o que é permitido levar de lanche, costumes e etc.
Ah! Importante nesse tópico, deixar uma frase carinhosa explicando as vovós que mesmo fazendo manha, Isaac gosta da escola e deve ficar lá. Saca a minha:

"Atenção vovós de coração mole! Isaac faz uma manha louca pra ficar lá, mas fica super bem. Não alimentem as birras, não façam cara de dó! Entreguem ele a tia ou deixem ele na sala caso seja necessário, porque a escola só faz bem!"
- Passeios:
Elas sabem bem o que fazer com o neto, mas mãe é bicho besta e não sossega se não der palpite. Então, coloquei uma listinha de passeios, horários mais bacanas, que brinquedo levar e tals. Ainda adicionei os contatos dos padrinhos do Isaac, que também o levam para passear e seriam de grande utilidade caso as vovós precisassem de um descanso.
E deu tudo certo, viu????
Tudo mesmo.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Madrugada fria mais que quente

Imaginem a cena:
Mãe deitada no tapete de crochê usando um Nemo de pelúcia como travesseiro.
Filho acordado no berço, conferindo a cada 5 minutos se não estava sozinho:

- Mamãããe?

- Oi filho?!

Silêncio.
Talvez porque Isaac, nem ele mesmo, ia ter papo mais interessante pra hora.

- Mamãããe.

- Oi filho, tô aqui viu?!

- Te amo então. Tá?

- Tá bom... Mamãã(boceeeeejo)e também te ama.

Até daqui 5 minutos...

sexta-feira, 3 de junho de 2011

O peito e a piada

Tá que eu fiquei super alheia a questão do Mamaço.
Twittei alguma coisa, admirei a causa, mas de forma calada.
Sorri a cada post que li sobre essa defesa do direito de ser mãe, de forma plena, onde quer que seja.
Tá.
Mas hoje eu cheguei lá na Lola. E no Mulher e mãe também.
Hummm...
Estava sabendo das graças infelizes que CQC fez com relação ao Mamaço.
Até que mexeram onde não devia.
Até que acharam engraçado ironizar uma luta materna.
Até que brincaram com coisa mais que séria pra gente, que dá a luz, alimenta, cuida, protege.
Respeito e muito o trabalho do Tas (que escreve para a revista Crescer, não é?) e entendo o trabalho dos outros integrantes do programa. Até dou risada.
Mas vá lá.
Comparar - em piadinhas chulé - os peitos de quem amamenta com os de quem exibe por dinheiro ou prazer?
Achar ruim - de maneira absurda e surreal - que só mãe de peito caído ou pequeno amamenta em público?
Fazer pouco caso de quem quer poder alimentar o filho a hora que ele sente fome?
Aí não dá, né?
Será, Srs. Tas, Rafinha, Danilo, que as senhoras suas mãezinhas nunca colocaram os seios (bonitos, feios, pequenos, médios ou grandes, caídos ou em pé) pra fora quando vocês choraram de fome?
Se fizeram, queriam se exibir?
Eu acho que não.
E também acredito que as mães que participam dessa blogagem hoje, indignadas com tanta falta de sensibilidade, também não.
E sei, que quando um filho chora de fome, a mãe nem vê se há gente olhando, julgando, reparando. Ela alimenta, faz a sua parte com todo amor e carinho.
E por isso não aceita que tal ato, tão intenso e valioso, se torne assim, uma piadinha num programa de TV.
Fica o protesto.
#basta 

Vivendo e aprendendo

Trânsito uma loucura.
Mãe no fim do dia.
Voz acabando, paciência idem.
Filho cantando, falando, brincando, gritando, agitando tudoaomesmotempoagora no banco de trás do carro.
Rua extremamente mal planejada.
Saída de escola.
Nós tentando chegar em casa.
A infeliz na minha frente freia de repente e estaciona em lugar proibidérrimo que além de impossibilitar o trânsito dos veículos, pode contribuir com acidente mais que grave numa via onde a grande maioria dos carros tem criança dentro.
Aí eu me irrito.
Aí eu buzino.
Aí eu xingo:

- Filha da p#~@!!!

E aprendo:

- Não é assim que fala, mamãe. Assim não pode.

...

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Conversando sobre o futuro...

do Google

É cedo.
Eu sei.
Mas ontem estávamos assistindo um episódio da Dora, a aventureira.
Eu adoro. Isaac adora.
Até os cachorros lá de casa interagem com a doce criatura-bilíngue-esperta-amiga-ecológicamente correta-e-etecéteras que passa na TV Cultura todas as tardes.
E o tema de ontem foi profissões.
Tá que eu nem imagino quantos anos tem a Dora, nem o Botas, nem ninguém do desenho, mas a pequena ainda está bem indecisa quanto a carreira que vai seguir.
Normal até os 17, 18 anos de todo mundo.
E ontem ela apresentou várias opções de profissão.
De bombeiro a astrônoma. De arqueóloga a construtor.
Ok.
Acontece que ela perguntou ao telespectador:

- E você, amiguinho? O que quer ser quando crescer?

Isaac olhou pra minha cara.
Aquela interrogação toda no ar...
Levantou a sombrancelha e mandou:

- Mamãe, o que você vai ser quando crescer?

Tá.
Dúvida.
Não sei se foi pela pouca altura ou pela cutis previlegiada com creminhos anti-idade.

- Eu já cresci um tanto filho, e escolhi ser jornalista e radialista.

Mas eu sou metida a besta e não deixei a conversa acabar aí não:

- E você, Isaac? Vai querer ser o quê quando crescer.?
A resposta veio curta e grossa. Toda cheia de vida e olhos arregalados:

- Um dinossauro.

Ok, meu filho.
Todos nós seremos, um dia...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Intrometido

E daí que a gente passa boa parte da gestação imaginando como é que a cria vai ser.
Pensa nos detalhes físicos.
Deseja uma ótima personalidade.
Pede que venha com saúde e seja uma criança normal e feliz.
Básico.
Faz parte do pacote.
E eu, dentre toooodas as minhas recomendações aos anjos e às forças maiores, solicitava que o Isaac fosse criatura iluminada e cheia de vida.
Que se tornasse menino questionador, atento e aproveitasse o que a vida tem a oferecer.
Ok.
Me atenderam.
Até agora tudo lindo.
E a cada dia, uma novidade.
Uma caracteristicazinha inédita que brota daquele serzinho que vai se desenvolvendo bem debaixo das minhas fuças e asas.
Só que eu não sei a que horas pedi um radar supersônico no pacote de desejos.
Eita anteninha de última geração!
Equipamento de espião de série de TV que faz a gente conviver com a seguinte pergunta:

- O que foi que você disse???

Sim.
Isaac agora pega o bonde andando mas não se dá por satisfeito.
Quer saber de tudo.
Uma conversa entre eu e maridex sempre é interrompida por um:

- O que você disse mamãe?

- Disse que você é muito lindo.

- Nãããão. Quero saber o que você falou com o papai.

Toma!
Não reclamo não.
Acho até engraçadinho (por enquanto).
Mas que o meu radar supersônico tem que estar tinindo durante as conversas...
Ô se tem.

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