quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Dica de Viagem: Buenos Aires - Museo de Los Niños

Amanheceu meio na chuva?
Bora achar café da manhã delícia e programa indoor???

Bom (ou bueno),
para a primeira missão, dei uma super passadinha no Buenos Aires para Chicas e encontrei a La Argentina...
Hummm...
As melhores media lunas que comi por lá. Fácil.



E nem preciso dizer que Isaac fez várias viagens com seus submarinos, não?!


Barriga cheia...
Escolhemos o Museo de Los Niños.


O lugar é demais.
Foram horas de mexe aqui, mexe alí e "olha mãe!".
Se transformar em vários profissionais como dentista, mecânico, médico e apresentador de TV. Narrador esportivo, esquivador e muito lugar pra correr, subir, descer, cair.











E como o museu fica dentro de um shopping, dá pra sair, tomar um sorvete e passear bastante.
Ah! dica: o museu só abre a tarde, então dá pra almoçar no shopping mesmo e ser uns dos primeiros a entrar.
No mesmo lugar há um mega parque de diversões eletrônicas. Passamos longe.

...


segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Solucionando problemas

Interrompemos a série de posts sobre Buenos Aires para publicar aqui causo fofo é extraordinário.

Isaac sai da cama, todo amassado e fica me observando na porta da cozinha.
Me chama no canto e pede para contar algo em meus ouvidos.
Ele faz isso quando o assunto é delicado e, de certa maneira, acredita que os deuses não podem ouvir quando cochicha comigo.
Pois bem.
Ele estava triste.
Bem chateado.
E já com os olhos cheios de lágrima disse que tinha tido dois pesadelos.
Perguntei se ele queria contar.
Bem baixinho, ele disse que o primeiro tinha sido com o vovô Bem.
Que o vovô tinha morrido.
Sentiu, chorou.
Lógico que eu me entreguei aquilo tudo. Quem gosta de imaginar o próprio pai morto?!?!
O segundo pesadelo ele não teve coragem de falar.
Ganhou um abraço bem forte e um papo breve sobre os sonhos e como os pesadelos funcionam.
Mas aí, a graça da vida.
Ele olha bem nos meus olhos e diz que sabe bem qual a solução para os pesadelos.
Fiz cara de interessada.
Quero acabar com os meus tbm.
Ele achou o máximo, se encheu de confiança e da cara de pau que lhe é peculiar, fez aquela cara que do consigo descrever como o gato de botas do shrek, e mandou:

- a solução é eu dormir na sua cama todas as noites. Lá eu nunca tenho pesadelos.

Simples assim.


sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Dica de viagem: Buenos Aires

Maridex treinou, com garra, força e determinação.
Se inscreveu na Meia Maratona de Buenos Aires.
Resultado disso?
Mulher e filho na bagagem. Como não???

Então, logo que a as passagens estavam compradas, corri lá no Viaje na Viagem e já fucei o que é que a Argentina tem.

Voamos de Turkish. Gostei, viu?
Mas antes disso, passamos pela nova área para crianças do Aeroporto de Guarulhos.
Não utilizamos o serviço, mas pelo que vi, acho que Isaac se divertiria alí por um bom tempo.
E o preço, R$1,00 o minuto, é mais barato que muito shopping aqui da city.

Mas e então?
Eu estava animadíssima pra conhecer Buenos Aires.
Nunca tinha ido.
E acompanhei tanto a Fernanda no seu Buenos Aires para niños. O blog e depois o livro.
Imagina só o que eu ia querer fazer com quatro dias por lá.

E de cara, segui a sugestão do Riq de fazer o que ele chama de "city-tour self-service".
Ótimo.
Isaac aguentou e super recomendo.




Saímos do hotel, de taxi, para o Café Tortoni.
Ambiente super agradável e cheio de curiosidades para o pequeno.
Media Lunas, os croissants, quentinhos e hummmmm.....
Chocolate quente e tostados.
Isaac arriscou e foi de "Academico", e ó, acertou em cheio na pedida.

Dica do VnV: Há shows de tango em duas salas pequenas no Café. Você pode comprar os ingressos a partir das 12:00. São recomendados para os pequenos pois são mais curtos e não menos lindos, mas deixamos para a próxima.


Depois do Tortoni, de barriga cheia, fomos até o Obelisco.
Pertinho dalí.
Caminhamos, entramos em uma loja de chapéus onde filhote se esbaldou.
Parada rápida, foto no Obelisco, nos perdemos (e adoramos fazer isso) e quando vimos, estávamos na Florida.
Passeamos, olhamos, andamos, até a Plaza de Mayo.




Pombos, espaço pra uma corridinha, falar sobre história, as mães.
Sentamos em frente a Casa Rosada e ficamos um tempo olhando para ela.
Vento bom, tempo bom.


Andamos mais um tanto por alí, passamos pela Galeria Pacífico, alguns parques lindos.


E taxi de novo.
Bora almoçar no Sanjuanino.
Aqui, outro hummmmm da minha parte.
Empanadas e tamales.


Acabou o dia?
Nada.
Andamos pelas redondezas e caímos em uma sorveteria Volta.

E muito dulce de letche pra família.





Energia recarregada, no meio do caminho (culpa das dicas lindas do livro da Fernanda) decidimos que o MALBA - Museo de Arte Latinoamericano de Buenos Aires - seria uma excelente pedida.
Além do acervo bárbaro, com direito a Abaporu e Frida Kahlo entre outras maravilhas, uma exposição com luzes e sombras deixou nossa tarde muito mais linda.
Como o museu é relativamente pequeno, Isaac curtiu, recurtiu e não cansou de fuçar os detalhes.




Dalí até o Jardim Japonês é um pulinho.
Passeio delícia.
Calmo, cheio de espaços lindos e bem organizados.
Pra respirar, admirar e ver as crianças descobrindo novas plantas e cores.



amanhã tem mais...

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

não sei

o não lembro de ontem tem um irmão.
ou um primo.
e ele mora aqui em casa.

o "não sei" tem nos acompanhado.
uma coisa.
sempre tem um não sei pra irritar a mamãe.
um não sei por não saber.
um não sei por preguiça pura.
um não sei pra tudo.

comida, hora, banho, desenho, atividade.
não sei.

não estresso tanto.
vá lá.
euzinha com quase 35 anos nas costas sei quase nada dessa vida, imagine Isaac com 6.

remédio?
tem horas que eu me entrego.

- Isaac, o que você quer comer?
- não sei.
- então tá. eu também não.

ponto.
e vírgula.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

não lembro

passamos aqui por mais uma fase.
ou é a extensão de alguma outra que achamos já ter terminado.
ou ainda, é assim mesmo, não é fase, e a gente vai tentando.
enfim,
isaac achou melhor responder a todas as nossas perguntas com "não lembro".

qualquer uma delas.
ele não lembra e ponto.

aí, eu que sou daquelas que não deixa nada quieto, comecei a prestar atenção na rotina.
logo, cheguei a conclusão de que é muito, mas muito mesmo, falar que não lembra do que colocar a cabecinha pra pensar, queimar uns neurônios, e responder a bendita pergunta.
mesmo que seja o que você almoçou hoje.

e isso, senhores, me arrepia.

não aceito não.

logo, abelhuda que sou, ontem comecei operação "lembra sim, como não?" aqui em casa.
vou de leve no começo, sinto.
se eu vejo mesmo que aqui mora o cúmulo da preguiça mental, viro a loka.

sou doida?
pode ser.
mas me dói ver cabecinha tão fresca.
máquina tão nova já falhando.

pode ser culpa minha ( a lá!)
culpa do pouco estímulo.
culpa da tecnologia que não deixa mais a gente nem pensar antes de tocar uma tela ou apertar um botão.
sei lá.
mas assim, desmemoriado aos seis anos de idade, já é demais.

então.
nessa nova operação que aqui se inicia, sou tirana?
sou vilã?
sou (ia falar malévola, mas esta teoria caiu por terra depois da angelina, né gente?) rei stéfano???
nada.
só me entrego às charadas e à ironia.

exemplo1:

- mãe, onde está meu livro?
- lá na prateleira, onde os livros são guardados, ué.
- mas não está.
- onde você acha que está?
ele já fica levemente irritado e sai batendo o pé, mas creio que a semente já foi plantada, né?

exemplo2:
estava eu no carro cantando beatles quando isaac me pergunta o significado de uma palavra em inglês.
digo o significado, explicando sim de uma maneira que ela fique linda e ele acrescente no vocabulário.
no próximo refrão ele pergunta de novo e eu digo só o significado.
assim, como se fosse a primeira vez, em menos de 3 minutos, ele pergunta de novo.
respondo, né? outra língua, etecéteras.
na quarta.... na quarta vez, minha amiga, vi a oportunidade:

- o que vc acha que significa?
- não lembro.
- mesmo? faz uma força, essa palavra não parece tal coisa?
- eu não lembro e pronto!

aí, eu peço que ele tente buscar na memória de três minutos atrás.
lógico que, de prima assim, não funcionou.
lógico que ele se irritou e bufou e soprou e soprou.
mas a casa aqui cai não viu?

e vamos tentando...ufa...

terça-feira, 21 de outubro de 2014

a carga

a culpa é da mãe.
toda da mãe.
e a gente, toda trabalhada no drama, reforça.
até acha realmente que é.
veste, como se fosse verdade.

eu ainda tenho meus momentos drama queen.
acho sim que a culpa é minha.
aliás, procuro toda essa culpa em mim.

mas já estou naquela fase mais descolada.
onde se a culpa é minha eu (em alguns momentos lógico) até aceito, pego pra mim (mesmo que não seja) e vejo o que dá pra fazer.
se não der, paciência.
em outras situações, se me tentam tacar a culpa.
dou gargalhada na cara dela e digo que aqui não.

mas ainda tenho anos a aprender sobre.
muito chororô e desespero materno passarão por baixo desta ponte.
mas vamos levando.

acontece, que isaac, criatura que é, me joga/esfrega na cara o que acha de todo o trabalho materno.
aquele que ele acompanha no todo dia.
somado a dois meses sem ajudante no lar.

explico.
ele é fã. fã. fã. dos saltimbancos.
passa perto do aparelho de som, dá play no cd e dá risada com a galera das antigas.
canta, dança.
entende novas palavras.

pois bem.
ontem ele começa a cantar a música do jumento.
acho lindo, como tudo.
até ter o choque de realidade:

"O pão, a farinha, feijão, carne seca
Quem é que carrega? 

MA-MÃE!

O pão, a farinha, o feijão, carne seca
Limão, mexerica, mamão, melancia
Quem é que carrega? 

MA-MÃE!

O pão, a farinha, feijão, carne seca
Limão, mexerica, mamão, melancia
A areia, o cimento, o tijolo, a pedreira
Quem é que carrega?

MA-MÃE!"

ria o danado.
e quando perguntei o motivo da cantoria ele só respondeu:

- mas é, não é?????

....

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

raciocinando

está aberta a temporada de amigos em casa.
delícia.
adoro.
e junto com as visitas, as tardes agitadas e animadas, vem uma sorte incrível de pérolas.
gracinhas.
visões adoráveis da vida.

e ontem, estava eu de longe, acompanhando os meninos, quando escuto o seguinte papo:

- olha lucas! achei uma pena!

- de passarinho isaac?

- não sei, mas ó, não dá pra keith! Ela adora comer passarinhos.

- ela come carne?

- come. carne de passarinho.

- então ela é o quê? carnívora.

- é, carnívora.

- e o outro cachorro?

- o iron? o iron só come ração.

- e quem como ração é o quê, isaac?

- ué... que come ração é rac..raci...racioooo.... é racional.

(acho que o outro amigo deve ter ficado encarando isaac com o tipo "não entendi", mas ele continuou, mesmo sem se entender também)

- racional não... cachorro é irracional... mas come só ração... ah! viu esse carrinho aqui?

....

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Meu filho, o presidente

sei que, numa realidade próxima, ser mãe do presidente é com ser mãe de juiz de futebol.
mas espero eu, que, com esse post, eu seja alvo de risinhos e óóóós sem fim.

isaac chega em casa todo sorrisinho malandro.
abre a mochila e, daquele jeito desengonçado que lhe é peculiar, tira um pedaço de papel crepom vermelho.
arruma aqui, alí, faz um esforço danado e se ajeita.
mostra a faixa todo orgulhoso:

- mama, eu sou o presidente.

oim... pensei... achando que era uma atividade escolar onde todos sairam empossados.

- que lindo, isaac. vc agora tem um cargo de muita responsabilidade, não?!?!

- muita mãe. meus amigos votaram em mim.

pronto. coração da mãe para, explode de alegria e se enche de um orgulho besta.
deve ser a época.
todo mundo num discurso inflamado e partidário.
as verdades do país sendo esfregadas nas nossas fuças.
a indignação que faz chorar por dentro e xingar por fora.
deve ser.
nada.
eu só conseguia pensar "meu filho foi eleito. eleito pela maioria dos votos",
uma legião de 25 pessoinhas lindas e fofas escolheram isaac.
agarrei e apertei tanto que quase arrebentei a bendita faixa.
uma louca.
tirei foto, mandei pros avós, padrinhos, amigos. coloquei em rede social.
eu não me aguentei.

isaac, que não é nada bobo e conhece a mãe que tem, aguentou firme no propósito e esperou.
no dia seguinte, checou se eu não estava fazendo cartazes de campanha ou coisa parecida, e mandou ver:

- e mama, minha proposta de governo foi que a gente tem que pensar mais na natureza do planeta, nos rios, nas árvores e parar com a poluição.

ploft.


quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Dentes

caiu.
neste dia 13/10 caiu o primeiro dente do Isaac.
pra ele, uma vitória.
curtiu amolecer, mostrou pra geral.
e quando o dente parecia ter vida própria, não parava mais quieto, atrapalhou a refeição, meu pequeno corajoso puxou.
arrancou fora e exibiu como um troféu.
o dente?
não...
a banguela.
a janela que ali se abriu.
mostrou ao pequeno que ele não é mais tão pequeno assim, que é grande o suficiente para que a mãe natureza lhe permita ter dentes "de gente grande".
e abriu pra esta mãe aqui mais uma página do capítulo da dramaturgia cujo título se resume em "ele está crescendo, meullldellls, o tempo voa!"
abrindo também as portas para outra criatura mágica.
a fada do dente.
não nego a existência dos seres mágicos.
até sou fã deles, viu...
e essa noite a fada veio.
levou (guardou com todas as suas forças) o dente, deixou moeda.
deixou um brinquedinho também.
e ele acordou felizão.
agora está lá.
escuto de longe ele assobiar pelo buraco que lhe restou.
pelo espaço do dente, que já recebeu visita de pecinhas de lego, todos os dedos da mão, objetos variados.
isaac vai se descobrindo.
todo dia.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Ele já tem seis!

Sei que faz tempo.
Isaac fez 6 em 25 de agosto.
E esta mãe aqui. Toda cara de pau e trabalhada na culpa, como sempre, resolveu que antes tarde do que nunca.
Meu filhote, aquele bebezico... blá blá blá...
Que nada.
Se for pra eu lembrar do bebezico mesmo, tenho que recorrer a fotos e fuçar lá no fundo do baú da memória.
Lógico que tenho lembranças extraordinárias.
Lógico que fico uma boba babona só de pensar nos primeiros meses da maternidade.
Mas é que agora a coisa é de uma intensidade ímpar, que, somada a mãe já um tanto escolada, faz a coisa fluir.
Os dias passam loucos ou não.
Tensos ou não.
Neuróticos ou não.
Loucos ou não. De novo.
Acontece que Isaac, mesmo sendo uma criança. E mesmo vivendo como tal.
É uma pessoinha.
De personalidade forte.
De palavras afiadas.
De desconfianças e questionamentos,
Ainda tem sim sua parte cuti cuti da mamãe, mas nem tanto.
E ele tem me ensinado um tanto, mesmo que seja um clichêzão.
Mostra pra mim todo dia que eu não sei quase nada,
(mas isso eu vou deixar pra ele descobrir depois)
(mentira... vivo dizendo que não sei, que devo pesquisar pra não falar besteira, que devo sentir melhor pra formar minha opinião... e vivo vendo ele rir da minha cara quando pareço boba.)
E pareço boba mesmo, perto de mentezinha tão afiada.
Ele continua um master observador.
Um master perguntador.
(e eu agora sinto falta de todos aqueles porquês)
Um mestre do mal humor. Quando quer, claro.
Isaac tem dado valor à vida.
Aos amigos.
Aos parentes.
A ser ele mesmo.
E isso é lindo de ver.
Escolhe a roupa, o sapato, e xinga quando eu digo que seria melhor escolher uma outra, assim, que não o deixasse a cara do Falcão.
(e ele ri, jogando a cabeça pra trás quando descobre que figura é o Falcão)
O quarto mudou de novo. Ganhou cara de menino de 6 anos.
Aliás, ele fala "menino de 6 anos" com a mesmo tom que o Pinocchio diz "menino de verdade".
E sorri, se achando o matusalém das criancinhas.
Bonito, viu?
E agora, escrevendo esse post aqui...
Vou organizando na memória uma tonelada de coisas que deveria escrever.
Já tenho uma lista.
Até amanhã.

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