quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Das dores dessa vida

Fato.
Todo mundo sofre.
Faz parte do processo.
Ser um ser pensante implica em passar pela mais vasta sorte de momentos difíceis.
E inevitavelmente, superá-los.
As vezes não.
As vezes demora um monte.
Mas faz parte dessa vida também sobreviver.
Aos momentos, pessoas, situações, chatices, enfim.
Sei disso, você sabe, nossos filhos vão crescendo e aprendendo.
Tudo lindo e civilizado.
Tudo já explicado e desenhado pelas mais amplas sabedorias da psicologia.
O cosmos.
Religiões.
Tá.
Até que chega o dia que seu filho de seis anos chega em casa todo trabalhado na depressão.
Lágrimas nos olhos.
Se segurando (pq já tem aprendido muito dessa vidinha louca).
Depois de um tempo desaba, corre pro quarto e chora.
Sentido.
 - mãe, eu não sei o motivo, mas o fulano não quer mais ser meu amigo. Ele não me deu atenção hoje e fingiu que eu não existia.
Aguenta coração???
Respirei. Pensei.
Mas diferente daquela louca que ainda sou em alguns momentos, eu não pensei em enforcar a criança, muito menos em dizer um palavrão bem falado.
Eu estiquei meus braços, sorri, e dei colo.
Colinho.
Cafuné.
Deixei que ele se sentisse seguro para continuar a conversa.
E conversamos.
Sobre mostrar que não gostou da atitude do amigo. Que deve procurar saber o pq da atitude.
Sobre não se acomodar.
Sentimentos.
Sobre respeito e amizade.
Carinho.
E as diferenças entre as pessoas.
É assim crescemos.
Mais um pouco.
Cada um na sua fase, com seus limites.
Eu e ele.


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