sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz e feliz e feliz!!!!!


Esse final de ano não vou traçar metas
não vou desejar muitos desejos
não quero criar muitas expectativas
muito menos me agarrar com tudo no ano que vai nascer.

Hoje eu vou ser eu
vou ser feliz com todas as forças que posso
e vou brindar, comemorar, abraçar e chorar, caso aconteça
mas não vou ficar pensando no amanhã.

Amanhã é um novo dia sempre
sendo de um outro ano ou não
e o que preciso, de coração,
é que todos os novos dias sejam assim
carregados de novas energias e vindos de noites bem vividas.

Noites Felizes em 2012
Para todos nós.
Amém




sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Vai pra Índia??? Não se esqueça de Hampi


Hampi foi assim uma coceira.
Das boas.
Não sabíamos se íamos até a véspera.
Dúvida, dúvida, dúvida até o "ah! já estamos lá, então vamos".
Ainda bem.
Porque ó, mesmo com a viagem ainda fervilhando na minha cabeça, sempre penso em Hampi como "o que mais gostei".
Hampi, ouvi de alguém, é alucinante.
Concordo.
Aliás, alucinante e impressionante cabem direitinho alí.



Hampi, pra começar é Patrimônio Mundial da Unesco.
Trata-se da capital medieval do império Hindu Vijayanagara, que governou a Índia entre os séculos XIV e XVI.
Está localizada no estado de Karnataka, a 350 km ao norte de Bangalore.
E lá estão mais de 500 monumentos. É mesmo um verdadeiro museu a céu aberto.
São templos, palácios, mercados antigos, pavilhões reais, esculturas gigantescas, muita coisa.
A paisagem em Hampi é de tirar o fôlego. E não só pelos templos ou construções feitas pelo homem, mas a natureza alí é linda, com colinas, vales e vegetação que se assemelha a nossa litorânea.


Passamos 24 horas em Hampi.
Aproveitamos a tarde do primeiro dia desbravando as ruínas mais próximas e ficamos muito bem acomodados na Ranjana Guest House.
Recomendo para quem fica bem em locais simples. Nosso quarto tinha tudo o que precisávamos. Lençóis limpos, banheiro e banho com água quente, além de uma vista bem legal.
Chegamos a Ranjana através do simpático Sagar, dono da Padma Guest House, que também nos foi muito bem recomendada, mas estava lotada.

Vista do terraço da Ranjana... bacaaaana

Sagar também nos arrumou um guia, o que foi uma boa.
Conseguimos visitar a cidade de forma mais ágil e ó, sem explicação teríamos perdido muito das maravilhas de Hampi.
Alí, a história local se mistura com a história do deuses e em certos momentos você não sabe se está ouvindo lendas, fatos históricos ou crenças.
E como a vida em Hampi acontece dentro das ruínas, você convive com o passado e com o presente de forma bem intensa.


Agora, imperdível é aproveitar o pôr e o nascer do sol em Hampi.
Canelas reclamaram um pouco do sobe e desce nas rochas, mas o coração, os olhos e a mente vão me agradecer eternamente pela experiência.

sunset

sunrise
Outra experiência louca e deliciosa foi navegar num cesto.
Explico.
Hampi recebe dois rios que se cruzam em volta de uma ilha, onde está o famoso Templo dos Macacos, o qual, já aviso, não visitei por ser covarde. Fugi de encarar os quase 600 degraus de pedra, no montanhão, pra conhecer o lugar.
Mas cheguei perto, navegando num kóreca (certeza que não é assim que se escreve, mas foi assim que nosso capitão nos explicou o nome).
Ah, o capitão? Uma graça.

Nosso capitão e eu, no medidnho de virar o cesto....

E que se come em Hampi???
Hummm... Até restaurante de comida italiana ouvi dizer que havia por lá, mas eu queria mesmo era sentir os sabores indianos todos.
Duas dicas bem legais:
Almoçamos no Mango Tree. Ótimo lugar, ótima comida e uma vista de cair o queixo.
E ó, foi lá que tivemos nossa primeira experiência gatronômica indiana, foi lá que mastiquei a minha primeira pimenta inteira (tá, foi sem querer porque achei que era uma vagem) e que comi um arroz doce delícia de tudo.

Veggie Biryani
A 1ª samosa a gente nunca esquece...
e não conta pra ninguém que tinha Nutella no meu arroz doce, tá?

Além do Mango fizemos uma jantinha muito boa no Chill Out. Um restaurante meio bar, cujo cardápio oferece de um tudo e fica lotadinho de jovens descolados.

Aviso aos navegantes 1: Não estranhem pousadas que anunciem ter energia elétrica 24 horas ou sites que recomendem levar lanterna na bagagem.
Acontece.
E funciona.
Na noite que passamos lá voltamos pra guest house no escurão, usando lanterninha que foi super companheira e foi tudo lindo.
Sem perigo ou stress.
Ah! A Ranjana tem gerador, minha gente!
Aviso aos navegantes 2: Macacos são uma fofura, mas nada simpáticos. Não alimente nem invada o espaço deles, certo?


Aviso aos navegantes 3: Elefantes podem te abençoar sim, ainda mais se tiver o nome de Lakshimi, a Deusa do Dinheiro...


O Viajando na Maternidade recomenda: HAMPI VALE MUITO A PENA.

Informações sobre to-dos os pontos turísticos de Hampi aqui ó.



quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A Índia e o Isaac



E daí que você perguntou, né Lu?!
Logo pra quem?
Pra pitaqueira aqui.
E eu respondo.
Eu tinha mesmo planejado mentamente um post sobre o Isaac no meio dessa coisa toda, ia deixar pra depois, mas tá valendo.

Não.
Isaac não foi com a gente.
Explico.
Eu bem que pensei em levá-lo.
Sabia que ele ia adorar muito do que a gente viu por lá.
Sofri horrores decidindo e sofri mais ainda de saudade.
Mas levar uma criança de 3 anos de idade pra Índia, hoje tenho certeza, que isso sim seria uma loucura.
Das maiores.
Vamos lá pros meus motivos:

- É longe pacas. Trinta TRINTA e poucas horas de vôo. Com escala. E nós fizemos duas.
- Roteiro pinga-pinga com várias viagenzinhas (ou viagenzonas já que o trânsito nas rodovias é caótico) pelo meio.
- Um tempo seco que aniquilaria com qualquer renitizento.
E o principal, as questões de saúde, pelas quais toda mãe é neurótica:
(Atenção! Não estou falando que a Índia é um país sujo, só que é tudo muito diferente. São outros costumes, portanto, situações super diferentes e tudo que elas envolvem, ok?)
- Já fomos pra lá avisados de que a água do banho ou da torneira não deveriam nem de longe passar perto do nosso organismo, ou seja, vai falar pra uma criança de 3 anos que ela não pode tomar água do chuveiro...
- A comida é uma delícia, mas muuuito diferente. Pensei mesmo que Isaac aceitaria ser alimentado com curry, pimenta e outras tantas especiarias, mas ainda bem que voltei a realidade a tempo... Lemos e ouvimos muito que a melhor alimentação por lá, pras crianças estrangeiras, são as de hotéis com mais estrutura, o que definitivamente não estava nem em nossos orçamentos tão pouco em nossos planos.
- A vacinas todas que tomei (foram 8!!!), pensando nas doenças que poderia estar exposta durante a viagem. O consulado indiano pede a febre amarela, mas após consulta com um Médico do Viajante (aliás, coisa que recomendo muito) vimos que era preciso estar prevenido para várias outras tantas coisitas.

Deu, né?
Filhote ficou.
E ficou bem como sempre.
Quem não ficou fui eu, que morri de culpa e saudade. Que desejava fortemente um sistema de teletransporte cada vez que via um macaco, um elefante, um camelo ou ouvia uma música diferente.

Tá.
Mas como mãe que sou.
Mesmo sem filhote alí, reparei e muito nas crianças.
E ó que em certos lugares eu nem as via?
Principalmente as da idade do filhote.
No começo estranhei.
Não vi grávidas e dei muitas vezes Graças a Deus por não ver carrinhos de bebê, já que as calçadas são raras e quando existem, são uma loucura cheia de degraus e buracos.
E além dos bebês que vi nas ruas, sem fralda nem nada, confundidos com a poeira do chão ou enrolados nos saris das mães, percebi as crianças de idade escolar, já crescidinhas, uniformizadas e bem simpáticas.
Cumprimentavam a gente, todas risonhas.
E as de 3 anos?
Boa pergunta.
Parece que se dá um salto dos 6 meses aos 6 anos de idade.
Certeza que há uma explicação cultural pra tudo isso, mas não tive contato próximo com nenhuma mãe indiana.
(Tenho que pesquisar, pois fiquei extremamente curiosa. E se achar, certo que divido, ok?)
Mas o máximo, em relação às crianças, é que em quase todos os pontos turísticos que visitamos havia excurssões escolares.
Tem coisa mais linda que ver os pequenos desfrutando daquilo que é deles? Aprendendo bem alí? Incentivados pela professora?
Delícia de ver.
Mais delícia ainda de admirar as imensas escolas públicas, conservadas.
As crianças uniformizadas, alegres.
Prontas para serem novos geniozinhos. Foi a sensação que tive.
Mas foi só.


Lógico que também quase morri de susto e desespero a cada bebê pendurado em uma moto (que lá é tipo utilitário que carrega até 5 pessoas ao mesmo tempo) ou viajando tranquilo quase do lado de fora de um tuc-tuc lotado.
Ou um rickshaw-perua-escolar, que puxado por um senhorzinho, carregava umas 20 crianças pelas ruas estreitas.
Isso vi de monte.
E passado o susto até imaginei Isaac enrolado num sari ou dando risada com as buzinas todas.

Mas ó, Lu, não levei e não me arrependo.
Acho que teria surtado com o primeiro rolar no poeirão do Isaac, certeza que sim.
Ele vai quando crescer (se quiser, claro) e aproveita assim como eu.

Bjo

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A Índia e eu

Sim.
Eu fui a Índia.
E sabe de uma coisa?
A Índia ainda está em mim. Veio comigo.
Ir à Índia é uma experiência intensa.
Tudo é intenso.
Os cheiros, os sabores, os olhares, as cores.
E a Índia te agarra.
Te surpreende.
Vou contar.
Dias antes da gente sair de viagem, eu e maridex trocamos por infinitas vezes o seguinte diálogo:

- Amor! Nós vamos pra Índia!

- Que loucura, não?

E foi.
Uma loucura.
Uma loucura boa. Um tanto cansativa também, mas especial ao extremo.
Fui de mente e corações bem abertos.
Cheguei lá com uma vontade grande de não ter muitas opções, a não ser as que a Índia me oferecesse.
E assim foi.
Feliz, mágico, cheio de admiração.
E foi tão louco que hoje mesmo penso se fui mesmo.
Se aconteceu.
...

Sim, aconteceu.
Visitei lugares lindos e feios ao mesmo tempo.
Porque a Índia, meu bem, provoca em você a mais pura e simples contradição.
E o faz com maestria.
E se respirar bem fundo, logo em seu primeiro dia de Índia, aceita as tais contradições.
No segundo dia as buzinas não são mais tão altas.
No terceiro você se acostuma com o poeirão e passa a perceber que cor linda ele tem também.
No quarto dia, se permite ser mais um entre castas, cabras, carros, tuc-tucs, macacos, motos, camelôs, barraquinhas, templos, camelos, vacas, cachorros, corvos, gaviões, esquilos e gente.
Muita gente.
São 1,2 bilhão de pessoas.
Que são assim, organizadas e fazem tudo funcionar, num caos que brasileiro não imagina.
Se você acha que São Paulo é caótica, visite Old Delhi ou Agra ou Jaipur.
Enfrente o trânsito do rush em Delhi ou uma avenida em Bangalore e depois me diga.
E daí, como eu, entenda que caos está mesmo dentro da gente.
(não, não passei 10 dias sem falar, meditando num Ashram)
E que se você quiser, vai respirar fundo, tirar o sapato e não vai ter nojo de ser feliz.
E foi o que fiz.
...

Tínhamos um motivo pra ir.
Casamento de uma pessoa muito querida.
Mas tivemos inúmeras razões para a proveitar.
Desfrutar das intermináveis viagens, das longas distâncias e não falo só das físicas.
Por lá, o mundo muda.
E hoje, quando me perguntam das minhas férias respondo sem medo que foi em outro planeta.
Certeza que foi.
Se volto?
Acho que não nessa vida.
Mas esquecer a Índia.... nem nessa ou em nenhuma outra...



Para os queridos Sachin e Maria.
Muito obrigada...


segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O retorno

Tá.
Tô de volta.
Retomando meu relacionamento com o teclado e as tecnologias todas.
Mergulhada em e-mails não lidos, respondendo Feliz Natal como se ainda fosse ontem.
Ok.
Tô louquinha de vontade de postar minhas impressões sobre a India.
Porque a India, meu bem, fica empregnada em você.
Gruda como gruda o poeirão do final do dia em Delhi.
Encalacra como a música melosa dos trios culturais.
Toma conta de você assim como a primeira visão do Taj Mahal, de um Forte no meio do caminho ou de um sari brilhante.
Não sai da sua cabeça assim como não sai a buzinação louca e todos os uaus que disse alí.
Logo alí tão longe.
Mas hoje não dá.
Hoje eu tô é correndo atrás do prejuízo, de saber do tudo que perdi, de ter notícias dos queridos, dos bebês que nasceram, do tudo e de todos.
E ainda tenho meu débito em horas super coladas no Isaac.
E posso, né?

Até amanhã então.
Pra não ficar muito no suspense, só digo que me entreguei.
De corpo e alma.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

a mãe que viaja

Conhecer lugares diferentes, culturas, povos...
Isso tudo é uma delícia de viver.
Sem dúvida.
Mas dentre todos os rostos, cheiros, idiomas e sabores que minhas férias tem oferecido, cá estou eu me entregando a um sentimento inédito.
Uma saudade louca.
Um aperto no peito tão intenso quanto inexplicável.
Já senti saudade sim, mas não como essa.
E estamos só no começo.


Ganesha me dê sabedoria e paciência.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Saldo da viagem

Por enquanto...

30 horas de vôo
saudade que nem cabe
01 patrimônio histórico cultural da Unesco
muito pé no chão
1 milhão de fotos
vários macaquinhos e
01 elefante

prometo que volto, viu?



quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Corte de cabelo


Isaac tem o cabelo loiro, meio ruivo.
Mas grosso.
Bem grosso.
Então calorão bate por aqui e a cria já começa com o coça coça e também com as gotinhas escorregantes pela lateral do rosto.
Some a espessura da cabeleira a uma criança saudável e cheia de energia.
O que temos?
O bolso da cabeleireira recheado.
Ela agradece.
E daí que desde sempre Isaac adora a Tia Cortadora.
Vai lá, brinca, conversa, obedece.
E sai feliz, sempre de "coroa", que é como ele mesmo define os fios arrepiados com gel.
E então que ontem comuniquei que hoje era dia de cortar cabelo.
Armou-se um bico.
E pela primeira vez ele disse um sonoro "eu não quero".
Estranhei e questionei.

- É que meu cabelo está igual o do Peter Pan.

Expliquei sim que o raio do calor tropical é meio contra a cabeleira farta e desgrenhada do menino Terradonunquiano, mas nada.
Ele embicou e ensaiou umas lagriminhas.
Eu confesso. Adoro o estilo capilar do Peter Pan, e até eu mesma já pedi (várias vezes) o corte pra minha cabeleireira.
Mas aí, mesmo sem argumentos, insisti no calor e na higiene.
Nada.
O que fiz???
Apelei pro Tio Walt, né? Aquele cara sabia das coisas (é, mesmo autorizando um Capitão Gancho que fuma dois charutos ao mesmo tempo e fala "maldito", "miserável" e "idiota" como se fosse o must do vocabulário, mas tá valendo).

- João e Miguel não são super amigos do Peter???

- São.

- Agora lembra bem. O cabelinho deles é grande e suento ou é cortadinho lindinho?

- Cortadinho, mamãe.

- E tem outra, Isaac, se você deixar crescer, o Peter vai te confundir com a Wendy...

Tia Cortadora, nos espere pra esta tarde, ok?
Horário confirmadíssimo.

...

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