terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Meu filho (já?) é sedentário ou Estou criando um monstro ou Deus me ajude!

E então que Isaac, entre demonstrar prioridades e preferências e impor seus desejozinhos de forma tirana e birrenta, tem ficado bem com a segunda opção.
Mas até aí a gente segue na luta da educação pela conversa, pelo exemplo e blá blá blá.
Só que ontem, meu bem, a coisa pegou.
Explico e explico mais ainda pra não passar por neurótica.
Sei sim que cada criança tem seu tempo, que a gente não deve forçar, que eles tem que se sentir a vontade e ok.
Faço isso.
Apóio, entendo, dou espaço.
Mas acontece que ontem a coisa me deixou encucada.
(Tá, sei que vai passar e eu vou rir de tudo isso, mas me deixa viver minhas neuras)

Fato: Isaac ganhou uma bicicleta da avó. Passa longe dela e nem tem curiosidade de saber pra que serve nem como funciona.

Histórico: Filhote nunca nem tentou pedalar o velotrol, nem o jipe, nem nada que solicitasse esforço físico, desde sempre. Odeia chutar bola e correr é coisa rara. Logo, achamos bom apresentar as opções saudáveis que essa vida pode ter. (e eu não posso apostar todas as cartas na natação, já que sempre temos pausas otitianas)

Experiência cotidiana: Descobrimos que a bicicleta da avó estava um tanto grande e saímos para comprar uma menor.

PAUSA PARA MOMENTO A VIDA É UMA GRAÇA:

E daí que dentro da loja, rola o seguinte diálogo:
- Olha Isaac, tem do Hot Weels!
- Olha só, tem mesmo... mas eu não quero.
E me largou alí falando só, somente só...

DESPAUSA

Isaac ficou 2 DOIS segundos em cima do modelo menor, nem tentou pedalar e a hora que desceu mandou ver a bicicletinha nas canelas da simpática vendedora. Nem olhou para trás e saiu correndo para a seção nerdzinhos e afins.

Consequências para a Mamãe Avestruz: Pedi desculpas, quase dei beijinho pra sarar nas canelas da moça. Olhei firme pra cria, que tentou me ganhar com sorrisinho e fiz o que minha mãe faria: Firme e forte disse um vamos embora que congelaria toda Gothan City. E alí deixei bem claro que ele não ganharia nem bicicleta nem sorriso da mamãe nem mais nada, pois não estava merecendo.

PAUSA PARA MOMENTO ESTOU CRIANDO UM MONSTRO, SOCORRO:

Saímos dalí e sentamos para tomar um suco e conversar sobre o ocorrido enquanto fresco na memória da cria:
- Isaac, você viu o que aconteceu na loja?
- Uhumm
- Você acha que foi legal bater a bicicleta na perna da vendedora?
- Uhumm
- Olha pra mamãe, filho...
Ele até olhou, mas daquele jeito mesmo que você olhava pra sua mãe, na adolescência...
- O que aconteceu hoje foi muito feio. Papai e mamãe estão querendo te dar uma bicicleta do tamanho certo pra você aprender a pedalar. Entendo que não seja a melhor coisa do mundo agora, mas depois você vai ver como é legal.
- Uhumm
- Isaac, você ouviu o que a mamãe falou?
- Não. Não ouvi nada.

DESPAUSA DEPOIS DOS SOLUÇINHOS DESESPERADOS E EXAGERADOS

Pode rir.
Eu já até estou rindo agora, mas me digam.... que fase é essa?
Tá que o sedentarismo a gente resolve, aguenta, dá o tempo. Mas ó que me irrita ver meu filho alí, de perninhas tão saudáveis, não querer fazer nada que envolva movimento e esforço físico????
Tá que eu não sou exemplo de atleta, mas nunca fui de ficar paradona não. E Isaac cresce em época de papai saudável, correndo, perdendo peso.
Fora que ele passou as férias indo comigo às aulas de pilates...
E o mau humor? A ranhetice? A falta de vontade?
Socorro!!!!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

As várias formas de mim....

Meu filho é uma graça, né?
E todo mundo sabe disso.
O que eu não contei aqui ainda é que agora ele deu de me chamar de uma infinidade de formazinhas diferentes.
E eu adoro.
E ele se aproveita.

Já sou chamada de mamãezinha, mamã, mamita, maminha, mamuca, muminha, mã, má, mamoca, mamazilda, mimim, momó, enfim.
Variações linda e fofas que vão tomando forma dependendo da situação, do humor e que até combinam com as novas descobertas.
Bom.
Uma delícia.
Até certo ponto.

Final de semana fui chamada pela mais fofa e enorme e inspiradora delas.
MAMUTE.

E nada de mamutinha, viu?
Só MAMUTE.

...

Ótima semana, pra vocês.
E pro meu eu gordinho também.
;)

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Em processo de desbarangamento




2011 foi meu ano do relaxo.
Relaxei mesmo.
Digamos que virei assim uma corcunda de pele opaca, rasteirinha e pouca bijuteria.
Usei a frase "ai estou cansada" tanto quanto "bom dia, como vai".
Feio.
Feio, chato e nada digno.
Mas 2012, mesmo sem fazer planos e me negar a traçar metas, resolvi que vai ser o ano do desbarangamento.
Ai, estou cansada. Estou cansada de estar cansada.
Me entendam.
E então, que no meio do tal processo encaro de frente essa questão já batida dos padrões que nos cercam.
Deixemos claros que estou fazendo tudo para me sentir melhor, mais saudável, mais pra cima.
E sabemos que esses tipos de atitude tem como consequência uma pessoa mais bonita, mais bem cuidada.
Tá.
Onde eu quero chegar?
Te conto.
Nessa campanha de exorcisar a baranga que havia em mim, investi em idas mais prolongadas à farmácia, passei a visitar a sessão de maquiagem e cremes e afins depois da passadinha básica pelas estantes do creme de assaduras. E percebi alí um mundo além das vastas pilhas de fralda tamanho XXG.
E gostei dele, viu?
Pincéis (já que maridex engenheiro diz que 90% da boa execução do trabalho se dá na escolha correta da ferramenta), base, máscara, tônico, sabonete próprio para o rosto e etecéteras.
Além disso passei a olhar dentro das minhas gavetas e descobri alí óleo para o cabelo, batonzinhos lindos, lixa de unha e pentinho para as sombracelhas. E agora os uso.
Fiz as pazes com o salto alto e reaprendo a caminhar junto deles nessa nova fase.
Voltei a usar brincos, coisa que não fazia há 3 anos (shame on me, concordo).
Postura correta adquirida na tortura do pilates agora mode on 24 horas por dia (tá, tô tentando).
Alimentação mega desregrada entrando nos eixos. Devagar, sem tirania.
Resumindo: Virei mulherzinha. Daquelas bem cuidadas.
E desde essa mudança toda, mais as que acontecem simultaneamente dentro de mim, recebo olhares diferentes.
De todos.
Do pessoal em casa, dos amigos, parentes, colegas de trabalho, dona da quitanda.
Mas aí vem o lance dos padrões.
O que é um porre.
Todos os que perceberam as consequências desse cuidado com a minha aparência, TO-DOS, me fizeram exatamente a mesma pergunta:

- Você emagreceu???

E eu respondo pacientemente:

- Não. Nem meio quilo. (que agora são 700g \o/, um ínfima parte do que está guardado aqui no trio glúteo-abdomem-coxas)

Mas a minha vontade mesmo, indignada com esse padrão que liga beleza à magreza, é que o diálogo seja assim (e será um dia, já que não me seguro):

- Oi Carol, você tá mais magra?

- Não, meu bem, tô mais bonita.

...

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Eu sou daquelas mães que fazem bolo pra todo mundo!

Pois bem,
o episódio de ontem, o do bolo-salva-tardes-e-revela-machinhos-confeiteiros (que foi levado para fazer a alegria dos 10 companhieros do cursinho de férias do Isaac), me rendeu momentos de reflexão.
Básico, né?
Mas acontece que ontem me caiu a ficha.
Eu sou daquelas mães que faz bolo pra todo mundo.
E isso não é de hoje, nem de ontem.
Catei na memória todas as vezes que levei fruta pra que toda a turma tomasse o mesmo suco no berçário. Levava frutas inteiras e muitas pra galerinha toda.
Já levei bolo também, comprado na padaria confesso, pras criancitchas do mini maternal.
Já, meio precavida meio neurótica, saquei dois pacotes de bolacha da bolsa pra acalmar toda a turminha de caipirinhas antes da apresentação junina.
Enfim...
Sabemos que significa algo. Pode ser que tenho vocação pra ter mais 2 ou 4 filhos. Pode ser que sou só generosa ou controladora a ponto de impor dieta pra toda uma e escola....
Tá.
Sei que ainda vou ter explicações mais aprofundadas sobre isso, mas tô felizona.
E só.
Bjos e ótima quarta-feira!!!



terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Mãe de menino...

Esse post faz parte de uma série.
Já que me descubro moleca, parceira e comparsa de super herói, marujo, ser encantado e outras cositas más nesse mundo azul colorido de menino.
Mundo que Isaac vem me apresentando aos poucos, conforme aprende com os outros masculininhos que convive, com avô e avô, com o pai, dindo, tios e consigo mesmo.
Mas além das fantasias heróicas e poderosas que brincamos há a atitude.
As atitudes masculinas que ele toma no dia a dia.
Ontem mesmo ele não quis sair de casa.
Depois da aula de pilates (sim! ele tem me acompanhado nas férias e tem sido muito divertido, prometo contar num próximo post sobre a experiência) ele quis voltar pra casa. Quis e ponto. Estava calor, estava cansado, e fomos.
No meio do caminho resolvi que culinária seria uma ótima pra ocupar a tarde.
Passamos na quitanda e compramos cenoura pra um bolinho. Confesso que estava louca pra usar as forminhas de cupcake adquiridas e quase perdidas dentro do armário.
Ótimo.
Filhote se empolgou com a idéia, fez farinha voar pela cozinha, se irritou com o liquidificador pelo barulho e por não conseguir falar a palavra toda.
(Logo, apelidamos o eletrodoméstico de Liquí e tudo bem)
Mas foi alí, no simples ato de distribuir as forminhas de papel sobre uma assadeira redonda que despertou o machinho:

- Não mamãe! Não coloca meleca (massa de bolo, tá?) aí não!!!!

- Por quê?

- Por que os meus soldadinhos precisam de um parque com gira-gira, oras...

imagem daqui, pq eu não consegui bater a foto do gira lá de casa

e depois confeitar ufoi uma festa, né?!?

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Jaipur, a cidade quase rosa

Vou aos poucos contando aqui sobre as minhas férias sem a cria.
Ir à Índia foi realizar um sonho e acima de tudo, entrar em contato com uma cultura bem diferente e partes de mim que estavam há um tanto adormecidas.
Os óculos que miram a realidade já acostumados a rotina assustam e logo se acostumam também a experiências como essa e isso só nos enriquece.
Bom,
depois de passar uma noite de rainha no Forte-Palácio de Neemrana, seguimos para Jaipur, a capital do Rajastão.
E sabe que isso confunde.
É a capital, certo. Mas há momentos em que você é levado a não acreditar nisso.
Estamos acostumados a capitais como São Paulo e isso é difícil de esquecer.
Mas mesmo assim, um tanto despretenciosa, com cabras, macacos, cachorros, esquilos e vacas que andam sossegadamente pelas ruas, Jaipur tem 5 milhões de habitantes.
A famosa Cidade Rosa ganhou essa cor em 1856, quando foi visitada pelo principe Albert da Inglaterra. (Lembrando que a Índia era colônia britânica, certo?)
Uma parte da cidade ainda é desse tom, um avermelhado meio rosa, mas passamos por locais onde a tradição não é seguida.
Pelas ruas de trânsito caótico (a vá?!?!) e largas avenidas que funcionam muito bem mesmo assim, Jaipur tem castelos, museus e muita história.
Lá visitamos o City Palace, que abriga a família real até hoje. E por ser administrado por ela se mantém limpo e bem organizado.


Dentro do City Palace visitamos salas bem interessantes, onde não é permitido fotografar. Visitamos uma parte do castelo onde aconteciam as audiências públicas, a decoração é riquíssima, linda, cheia de obras de arte retratando os marajás que por alí passaram.
Passamos por uma exposição de armas e também uma de tecidos e roupas. Impressionante ver o artesanato cheio de detalhes em facas, espadas, armaduras e belíssimos vestidos.


É no City Palace que estão os dois maiores objetos de prata do mundo. São dois potes de 243kg cada um, que serviram para transportar água no Ganges até a Inglaterra, a pedido do Imperador Madho Sing II, que não queria ficar sem a sua água sagrada durante a viagem.

  

Em Jaipur também visitamos o Hawa Mahal, ou Palácio dos Ventos.
Sua fachada é impressionante. É composta por mais de 900 janelinhas, arquitetadas para que as esposas, amantes e concubinas do imperador Sawai Pratap tivessem privacidade ao olhar o movimento da rua.
 


Jaipur faz parte do Triângulo Dourado, juntamente com Nova Delhi e Agra.

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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

A triste história das professoras risonhas

Essa semana vocês me acompanharam no drama da tal briga da escola.
Maridex foi sim conversar com a coordenadora.
De maneira sutil, comportada e bem educada colocou nossos problemas e questionamentos.
Recebeu como resposta que as professoras risonhas seriam abordadas, que o comportamento delas foi mesmo inaceitável e que a escola vai tomar as providências necessárias.

Isaac continua torcendo o nariz para o "cursinho de férias", eu continuo sem saber o que realmente aconteceu mas mais tranquila com o comportamento da coordenadora.
E ainda dando Graças a Deus que é só o curso de férias e que a escolinha em questão tem tias muito bem capacitadas e atividades bem elaboradas para os dias em que filhote fica integral (que uhu! voltaram a ser só dois por semana!!).

Mas todo esse papo vem me fazendo refletir bastante.
Sabem,
não é fácil aceitar que criaturas que se propuseram a estudar para trabalhar com crianças tenham tal comportamento.
Mesmo que as "tias" do Isaac não tenham rido por achar graça, mesmo que sejam inocentes na história toda, sei bem que existe um número (até maior do que deveria) de professoras que trabalham com descaso.
Sei que há profissionais E profissionais.
E me dói, de uma certa maneira.
Me dói porque faço parte das mães que trabalham - e assim tem a escola como aliada - e além disso acreditam que a escola é parte importante no desenvolvimento de uma criança.
Eu não lembro de como foram meus maternais ou jardins, mas gostaria de lembrar satisfeita dos do meu filho. Ter a tranquilidade de que a instituição que escolhi para partilhar o crescimento dele mereça tal confiança.
O mesmo vale para a escolinha de inglês ou de natação.
Isaac é mesmo meu bem mais precioso e eu não vou aceitar que deem a ele menos do que ele merece.
É pedir demais????


quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Mamãe, vá pra festa!

E então que nossos almoços tem estimulado Isaac a soltar a língua.
Não que ele não fizesse isso antes, mas é na mesa que ele tem colocado suas preferências.
Ontem mesmo virou e disse que queria ligar para a sua Bá.
Não temos uma babá todos os dias.
A Chris é um anjo que nos acode quando raramente temos um programa onde Isaac não está incluído.
Questionei se ele estava com saudade da Chris.
Perguntei se ele queria falar com ela, assim ligaríamos.
Isaac olhou bem pra mim e mandou ver na sinceridade:

- Não, mamãe. Você liga e combina com ela.

- Hum?

- Vocês vão para uma festa e ela fica aqui brincando comigo.

Tipo da conversinha que não sei se fico triste ou feliz.

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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Mãe (não morra nem mate), mas teve briga na escola...

É.
Isaac me veio todo bicudinho ontem dizendo que "teve biga na escola".
Eu me arrepiei inteira, quase volto e presenteio porteiro, tias e aluninhos todos com minhas palavras de fúria e indignação.
Mas calma.
Super poder materno do momento é o da respiração profunda, mas tão profunda que seu pulmão te obriga a parar pra pensar antes de agir.
Coloquei ele na cadeirinha e aos poucos fui conversando sobre a coisa toda:

- Como assim, filho? Briga de bater?

- Não, mamãe, sem bater.

- Mas o que aconteceu?

- Eu cansei de bincar com meus binquedos e quis guardar. Aí os amigos bigaram comigo.

- E você brigou com eles?

- Não. (bico destroçador de coração materno mode on)

- Mas o que eles fizeram?

- Guitalam e xingalam. Xingalam de idiota.

Pensei fortemente com meus botões: Segura o olho, Carolina, se ele arregala muito a cria assusta e corta o papo, lembra?

- E as professoras?

- Elas não fizelam nada, só ficalam sentadas.

Estendi minhas preces: Me segura Senhor, me segura, me segura.

- Filho, você sabe que é muito feio brigar, certo? Mas a mamãe vai te ensinar duas coisinhas, pode ser?

Balançou a cabeça, meio que assim, como quem diz não sei se devo...

- Primeiro. Se você está cansado e quer fazer outra coisa, pode muito bem emprestar os brinquedos pros amigos, sem problemas.

Ele não gostou nadinha dessa opção, já que está vivendo intensamente a fase do "é meu é meu é meu".

- Segundo. Se os amigos ficarem assim, muito chatos, você precisa contar para a tia. Pedir que ela te ajude nessa situação.

Aí me arrebentou e quase com toda sabedoria materna que conquistei até aqui:

- Mas eu não falei pra tia porque ela dá risada.

(aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!! gritei internamente)

- Então tá Isaac. Só mais uma coisinha.

Aí ele se interessou. Conhece bem a mãe que tem e sabe que não tenho sangue de barata.

- Seguinte, meu filho. Se emprestar os brinquedos não é sua praia, se a professora ri a toa, se o amigo continuar xingando sabe o que você faz?

Interrogação grau master e sorrisinho no canto da boca já tinham tirado o bico-arrasa-mamãe do rostinho da cria.

- Xinga também e mais! Fala bem pra ele que a SUA MÃE FALOU QUE IDIOTA SÃO ELES.

Aí, minhas queridas, hoje o programa é sentar com a coordenadora escolar e falar sobre o ocorrido.
Mas depois de contar o causo aí de cima pro maridex (com todos os olhos arregalados, dedinhos pra cima, tom de voz violento que eu guardei durante horas do meu dia) ele mesmo resolveu bater o tal papo.
Vamos ver no que vai dar.
...


terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Regrinha básica de educação para principiantes

E os principiantes somos nós, os pais, claro e óbvio.
...

Acontece que eu e maridex estamos pegando firme na questão "quer ser tímido tudo bem, mas mal educado nananina" lá em casa.
E logo, vamos começando com as regrinhas básicas do por favor, muito obrigado, com licença e afins.
Coisinhas básicas para sobreviver e conviver em sociedade, que não fazem mal a ninguém nem arrancam pedaço.
Mas acontece também que tenho em casa criaturinha que quer é testar limites, quer mostrar quem manda.
E toda vez nos testa.
Toda situação tenta nos enrolar, provando assim que ele não precisa de regra alguma.

Mas como você é mãe e por consequência ser cheio de emoções e motivinhos pra babar no seu filho, acaba achando graça de situações lindamente irritantes como essa.

Virou moda lá em casa agora o seguinte diálogo:

- Mãe! Pega o brinquedo.

E, nós, todos cheios de bons costumes e maneiras, fazemos coro:

- Poooooooor......

E ele, safado como um macaco prego:

- quê?????

Aí a gente ainda tenta:

- Por favor, né Isaac?

Ele? Macaco prego é ficha:

- Eu sei.

A.f.e.


segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Neemrana, e eu vivendo como rainha

Nessa viagem a Índia posso dizer que fiz de tudo.
Andei, camelei, elefantei, dormi em lugares bem diferentes, comi toda a especiaria do mundo, enfim.
Mas o luxo da viagem, e foi mesmo, foi ter reservado uma noite pra dormir num Forte-Palácio.
Explico.
Quanto mais você se enfia na Índia e na história do país não há como não se imaginar vivendo como um marajá ou um rei Mughal.
E lá fomos nós.
Entre Delhi e Jaipur está Neemrana.
E eu não sei falar muito sobre Neemrana.
Chegamos direto ao Neemrana Fort-Palace e de lá saímos.
Apenas passamos por ruazinhas simples, nada além disso.
Mas aí é que está.
O Forte.
Delícia de lugar, de onde vimos um pôr-do-sol espetacular, dormimos num quarto dos sonhos e curtimos um dia lindo.
Aliás, lá, cada quarto tem sua personalidade, seus detalhes e decoração típica de cada século.
Janelinhas, portinhas, ambientes secretos.
Tudo mágico, tudo lindo.
Ó, não recomendo pra crianças não, mas para Lua de Mel cabe direitinho.
Curtimos uma apresentação de um grupo típico do Rajastão, jantarzinho delícia, chai perfeito e café da manhã a altura.
Passamos uma noite mesmo, só pra curtir a experiência.




  
charrete de camelo não é lá das coisas mais agradáveis, mas tá valendo
E ainda fomos, puxados por camelo (cheio de gases), conhecer uma construção muito antiga, de um lugar feito para armazenar água das chuvas. São 9 andares subterrâneos, que além de reservatório tinha uma espécie de hotel para que comerciantes dormissem.


 Enfim, tudo lindo, cheio de detalhes, de aromas, cores.
Vale a pena!

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Ai meu Deus, mais uma estréia!

Essa vida de ser mãe e de ter filhos é cheia de estréias.
Um dia você estréia com o filho na amamentação, no outro nos almoços de família, na escolinha, na privada, no desfralde, nas perguntas, enfim...
Ser mãe de primeira viagem literalmente me faz viajar em uma infinidade de experiências inéditas.
E ontem tivemos mais uma.
Receber amiguinho em casa pra passar tarde de brincadeiras.
Tá.
Já recebemos muitas crianças em casa pra brincar, mas sempre filhos de amigos ou parentes.
Ontem recebemos amigo DO Isaac, convidado DO Isaac.
O que fiz foi intermediar os convites, cuidar pra que tudo ficasse bem e preparar o lanchinho.
Mas o dia foi deles.
E foi uma delícia de dia.
Ver filhote alí, matando a saudade do amigo da escola, mostrando seus cantos, abrindo suas portinhas.
E para nós, mais uma etapa se abre.

PAUSA PARA DICAS E REFLEXÕES PRECIOSAS

Acontece que a gente vive falando sobre entreter a cria, certo?
Eu, sinceramente não me preocupei em "programar" algo ou ter um plano B pras atividades do dia.
Mas o que fiz e foi ótimo, foi ter deixado os meninos a vontade para escolherem o que bem entenderem, e assim fizeram. Mudaram de atividade um milhão de vezes, curtiram tudo.
Mas aí vai o grande lance. Mantive para o Isaac os limites que ele tem em sua rotina. Deixei claro que não é porque o amigo está em casa que está tudo liberado, e tudo correu bem, até com a sessão tinta guache espalhada pelo chão da sala de visita quando Isaac recomendou ao amigo cuidado com as roupas e com o piso. Uma fofura.
Como o tempo estava meio chuviscante, o quintal foi deixado de lado, mas ó que já estou pensando num piquenique para a próxima trégua com Pedrão.

DESPAUSA

E mais uma ficha cai pra esta mãe aqui, que depois da tarde dos meninos, correu pra casa da cunhada que agora embala bebezão fofo de 5 meses.
Inconsciente ou não, morrendo de saudade do meu bebezico ou não, eu acho mesmo que fui lá pra (além da visita que adoramos fazer) constatar que é tudo lindo.
E eu, confesso, estou apaixonada por essa fase do Isaac, do meu menininho.
Pode crescer, viu filho?
Mamãe está adorando todo o pacote.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Volta às aulas, mas antes volta às compras

E eu vejo por aí um monte de mãe torcendo o nariz pro recesso escolar.
Entendo que é difícil pra quem trabalha, e mais difícil ainda conseguir entreter a cria dias e dias sem enjoar.
Além disso temos a chuva típica da época.
Entendo.
Mas meu caso de nariz torcido em janeiro, e torcido mesmo até virar de ponta-cabeça (ai, lembrei de um filme do Mazzaropi, hahahahahahaha), é a bendita lista do material escolar.
Afe.
E a cada ano que passa as listas estão maiores, e mais complicadas.
Digamos que além dos 30 itens de papelaria, a versão 2012 me obriga ainda a enfrentar fila encontrar produtos em supermercados, armarinhos e shopping center.
Uma beleza.
Aí me vira o sistema tributário (já perceberam que numa caneta 47,5% é imposto minha gente?) e manda pesquisar.
Tá. Faço isso.
Faço mas de nariz torcido.
Não gosto nem do sistema tributário exagerado deste país tropical e abençoado por Deus, bonito por natureza e com um centro da cidade insuportavelmente quente e lotado. Nem das opções que tenho aqui na city, que além de poucas vivem de mãos dadas.
Abençoado por Deus? Amém. Mas bem que as criaturinhas celestiais não deveriam vir vestidas de personagens licenciados e carérrimos.
Ontem mesmo fui futucar mochila nova pro Isaac.
E só fui porque a atual está pedindo socorro depois de dois anos letivos bem aproveitados.
E caí de costas.
Você não encontra mais mochila básica.
E se encontrasse enfrentaria birra, bico e choradeira diária de segunda à sexta.
(Sim, minha amiga, seu filho de 3 anos tem vontade própria, desejos e artilharia psicológica pesada.)
E além de não básicas não atendem mais por dois dígitos.
Pós sifrão são 3 dígitos, e dos bem rechonchudos.
E ela não vive solitária. Precisa da amiga lancheira como parceira.
Eu costumo não cair nessa, mas sinceramente não sei como vai ser esse ano.
Isaac presta mais atenção nas coisas do que na própria mãe. As conversas acontecem mas não garantem um ataque de "eu queros" em lugares públicos e cheios.
Desafios da maternidade.
E eu creio fortemente que serei agraciada com mais um super poder.
Fortemente, viu entidade maior?!?
E assim, passarei sem sequelas por tal período.
Amém.


quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Férias e chuva: o que fazer com a criançada


Peter-Gacho-lingua de fora? ô se pode!

Aproveitando o assunto abordado lá no Mamatraca, pela Sarah mãe do Bento e por muitas mamães da blogosfera, dou minha contribuição para que férias chuvosas (ou não) não virem motivo para loucura materna acentuada.

Acontece que Isaac também está de férias, também é menino de 3 anos cheio de energia e também cansa das brincadeiras tão rápido que as vezes a gente nem lembra o que estava fazendo.

E aí?
Tem dia que São Pedro ajuda e a gente se vira na piscina, no parquinho, no zoológico ou no bosque mais próximo.
Mas e quando não dá pra sair de casa? Por N motivos ou só pela chuva que cai nesse verãozão brasileiro?

Bom,
além da sessão cinema com pipoca, dos livros e dos brinquedos todos, tenho eu aqui 4 cartas na manga.
E ok, divido com vocês sem dó.
Mas ó, não prometo que durem mais que meia hora, mas já ajuda, certo?

1 - Adoramos a tinta, a canetinha e as cores todas, mas o que está fazendo um baita sucesso em casa são a cola e a tesoura.
Sentamos com um monte de revistas velhas. Eu corto figuras e letras e deixo que Isaac se lambuze todo de cola pra criar o que bem entender no papel. Depois, se a graça e a cola acabarem (não necessariamente nessa ordem) eu enfio as canetinhas no meio e a gente completa a arte.

2 - Tá aqui um complemento da primeira carta na manga. Que ajuda a brincadeira se estender por um tempo.
Falo da exposição dos trabalhos (idéia da minha mãe que é um luxo de criatura. Tá, é professora e sabe dessas coisas). Estendemos um varal bem baixinho e eu deixo a cria escolher os desenhos que mais gosta e ainda organizar a exposição. Ele avalia, analisa e pendura.

3 - Deixar a cria ser quem bem entender.
Filhote mergulha na caixa de fantasias, pede pra ser chamado pelo nome do personagem e não responde mesmo se eu chamá-lo de Isaac. Mas a dica preciosa é mergulhar na loucurinha. Além da festa criativa, temos aventuras, lutas de espada e horas intermináveis de engatinhamento, caso ele resolva ser um quadrúpede. E ó, colocar música ajuda um tanto, porque todo mundo adora dançar né? Até o pirata da perna de pau.

4 - Essa está se tornando a preferida 2011-2012. E funciona melhor ainda se seu filho for piratamaníaco assim como o meu.
Primeira parte: Escondo objetos pela casa.
Segunda parte: Eu e Isaac desenhamos um super mapa do tesouro. Deixo a imaginação dele tomar conta e colocamos de tudo, vales, montanhas, regiões com dinossauros, neve, praia, animais e seja lá o que for.
Terceira parte... Peraí, aqui vai o trunfo da mãe moderna desapegada da culpa na hora da chantagem: Explico que só teremos força piratística para caçar o tesouro se tomarmos o lanchinho da tarde (isso é que é planejamento, meu bem, cof cof).
Pós pausa alimentícia, eu e Isaac saímos pela casa toda procurando os objetos escondidos, usando sofá como montanha, camas como muros escalantes, cadeiras como cavernas e afins.
Por aqui dura uma tarde inteira e manda embora boa parte das calorias acumuladas nesse corpinho que vos tecla.
Cansaço e diversão garantidos.

Bjo heins?

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Isaac Travadinho da Silva

"eu odeio fotos" diz o travado menininho...

Aconteceu.
E olha que eu achei que não seria assim.
Mas aconteceu.
Isaac se tornou criança tímida, travada e nada social.
Ou é timidez em grau master ou birra da boa ou algo que não consiguimos identificar ainda.
Como assim?
Em qualquer evento com mais de 3 pessoas (que somos nós, a família) ele emburra, vira a cara, não responde perguntas básicas nem por educação, chora por qualquer coisinha e afins.
E se tem criança então, danou-se.
Nem chega perto, e se chega é pra disputar algum brinquedo. E se não funciona chora. Ele não conversa nem troca experiênciazinhas infantis.
Fotos, abraços e encontros são motivo de chatice plena.
Travou.
E nós ficamos assim, com interrogação enorme na testa.
Como boa mãe dramática que sou, estou pensando seriamente em levá-lo para um acompanhamento psicólógico.
E eu  nem acho tão dramático assim, mas vá lá.
Quem pode me responder como e onde e quando vou achar explicação pra tal mudança brusca de personalidade?
Já ouvi dizer que é fase.
Fase?
Oras, então a crtiança comunicativa de meses atrás, que era vereador mirim, dava piscadinhas pras velhinhas da rua também era fruto de uma fase?
E me digam.
Como entender que aquele bichinho do mato é filho de pais tão sem vergonha e caras de pau comuinicativos?
Difícil.
Eu, que sempre sorri largamente ao ver filhote feliz e saltitante, conversando e mandando caretas pra geral, agora tenho que ficar contornando situações como ter uma criaturinha enfiada entre as minhas pernas, me puxando ou repetindo o mantra "vamos embora daqui".
Nada fácil.
Aliás, peço a ajuda das cibermãezocas queridas:
Você já passou por essa fase?
É fase?
Passa mesmo?
Alguma coisa pode ter provocado isso?
Socorro!!!!



segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Delhi: Tumba de Humayun, o pai do Grande...

O Túmulo de Humayun é o mais antigo mausoléu mughal de Delhi.
Foi a primeira das grandes construções do período.
A viúva de Humayun mandou construir o mausoléu no século XVI em honra do marido.
O complexo também abriga as tumbas de muitos outros membros ilustres da Dinastia Mughal.
É declarado pela Unesco como parte do patrimônio mundial.
O interessante é que alí, dá pra ver de onde veio a simetria, os detalhes, a imponência vista no Taj Mahal.
Foi na tumba de Humayun que toda uma concepção arquitetônica foi criada, unindo mausoléus e jardins.
Outra observação bacana é que dá pra ver alí quando eles começaram a se interessar pelo mármore branco, que começou a tomar o espaço antes tomado pela rocha vermelha.





Um pouco de história...
Humayun foi o segundo imperador Mughal e governou o que hoje são Afeganistão e Paquistão e também partes de do norte Índia, nos períodos de1530-1540 e 1555-1556.
Ele é pai de Akbar, o Grande, considerado o maior dos imperadores Mughals.
Akbar é figura interessante...
No final do seu reinado, em 1605, o império cobria a maior parte do norte da Índia.
Alem disso, eliminou ameaças militares, derrotou reis e abriu as portas da Índia para a cultura mundial, a partir do gosto pessoal por pintura, literatura e arquitetura. Mais? Deu início a debates religiosos e fundou cultos.
Tudo isso após assumir o comando do império com apenas 13 anos.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Delhi, mais da velha que da nova.

Não ficamos muito em Delhi.
Em Dili, digo, já que se você for perguntar sobre a um nativo, ele não vai nem imaginar quem seja Delhi.
Passamos de carro por vários pontos da cidade, mas conhecer mesmo foram poucos, já que foi ponto de partida e chegada para outros passeios.
Mas como tudo na Índia: Loucura.
Loucura boa de viver.
Um dos meus TOP FIVE indiano foi o passeio que fizemos por Old Delhi.
Se enfiar alí na essência da cidade, da cultura, da vida, foi muito bom.
Uma experiência surpreendentemente boa.

Vá preparado: Delhi é a segunda maior e mais importante cidade da Índia (a oitava do mundo), atrás apenas de Mumbai. Fica ao norte do país e engloba a região de Nova Delhi, a capital da Índia.
E é gente viu? Muita gente. São 11 milhões de habitantes.

Começamos na Jama Masjid, que é a principal mesquita da Índia.
Foi encomendada pelo imperador mughal Shah Jahan (aquele do Taj Mahal, lembra?) e concluída em 1656.
É a maior e mais conhecida mesquita no país, e está alí, encravada no centro de Delhi.

cubra a cabeça e descubra os pés...



Mas a graaaande surpresa do dia foi fazer um tour pelo centrão de Old Delhi.
Uma mistura de todos os centros de cidade do mundo, com um quê de 25 de março, inexplicável.
Ainda bem que topamos a aventura e constatamos in loco que a Índia é o seu povo, indepedente de organização ou seja lá o que mundo entende por isso.






Foi lá que comemos o melhor kebab do universo. Numa ruazinha beeem perto a Jama Masjid.
Prometo que tento pelo menos o nome do lugar, ok?
Sei que é histórico, sei que é bacana e sei que tem o melhor pão do mundo.
Prometo.

*** Como promessa é dívida.... Taí: Se for a Old Delhi, você vai encontrar alí o melhor kebab de todos os tempos, a 5 minutos (ou passos) da Jama Masjid, o Karim Restaurant. Se enfie na ruelazinha mesmo e não tenha medo de ter uma experiência gastronômica daquelas.

Mais um pouquinho de Delhi amanhã, ok?
Bjo bjo

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Dos truques maternos...

do google

Como mãe de um menino de 3 anos tenho me atualizado no vocabulário convincente para as horas de difícil conversação:

- Isaac! Vem almoçar! Tem macarrão!

- Eu não gosto de macarrão.

Passados 3 minutos...

- Isaac! Vem almoçar! Mamãe fez minhocas de energia em molho super poderosooooo!

- Ebaaaaa! Minhocas de energia? Adolo minhocas de energia....

E foi-se todo o prato.

...

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Forte de Agra

Ou Forte Vermelho.
Essa foi sim uma excelente surpresa.
Recapitulando...
Do Taj você espera tudo e assim é.
Mas, sair do Taj Mahal e caminhar entre camelos e jardins imensos por alguns minutos, te faz se perder nas expectativas.
E é aí que a coisa fica boa.
Íamos ver o Forte porque já estava lá, fazia parte da história e Sagar nos fez precinho camarada ("vocês pagam quanto acharem que vale o meu trabalho", fofo e esperto), mas ao dar de cara com a mega construção, cheia de detalhes, história, arquitetura, vistas sensacionais... tem preço não.


O Forte ou "cidade-palácio fortificada" foi construído em 1565 e é Patrimônio Artístico-Cultural da Unesco.
Utilizaram o espaço os governos mais poderosos da era Mughal.
Assim como o Taj Mahal, o Forte é um complexo onde encontramos acomodações para toda a família dos imperadores, varandas, torres, jardins e mesquita.




E foi de lá que Shah Jahan, preso, acompanhou o término da obra e admirou o mausoléu idealizado para abrigar sua esposa preferida, Saca a vista...


Foi o que vimos em Agra.
Taj e Forte, que nos deixaram de boca aberta.
É lindo e vale muito a pena.

Mas o que comemos em Agra??? Aproveitamos o Pizza Hut e o Costa Café que ficavam a dois passos do hotel e matamos a saudade dos sabores familiares.

Onde ficamos??? Nos hospedamos no Atithi Hotel. Super bem localizado e limpo.

Mas só um detalhe, e vai aqui uma dica preciosíssima: Sempre pergunte (antes de tirar a roupa e cair no chuveiro) como fazer para ter banho com água quente. Sempre. Isso em qualquer lugar da Índia.

Bjo


terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O Taj Mahal é mesmo tudo aquilo

De Delhi para Agra foram 4 horas de carro.
Convivendo com a loucura rodoviária indiana.
Digo loucura porque a velocidade máxima na estrada é 70 por hora, o motorista (pelo menos o nosso) ainda não havia decidido se dirigia em mão inglesa ou não. E avisava o que ia fazer a todo o resto do planeta com buzinadas insistentes (ele e todo o resto dos habilitados indianos).
E de repente uma cidade invade a pista com tudo que tem direito: feiras, barracas, gente, búfalos, vacas, cachorros, camelos, cabras.
Fora, que o Tata que nos levava, dividia a pista com caminhões lindamente decorados, tuc-tucs devidamente lotados, motos impressionantemente carregadas e tratores.
Tudo junto.
Alí, na Índia, o "tudoaomesmotempoagora" cabe direitinho.
Ah! Detalhe básico é que o condutor do tal Tata falava somente uma palavra em inglês: HOTEL. O que nos levou a procurar gente simpática pra servir de intérprete.
Coisas da Índia e tudo uma delícia.

Aventuras a parte, Agra é uma cidade bem sinalizada, com uma beleza simples e vive do Taj Mahal e do Forte que leva seu nome.
E vive também das histórias de Shah Jahan e sua megalomania.
E viva a megalomania, que idealizou o Taj e também o Forte, os pontos que visitei alí.

Bom,
o Taj é mesmo tudo aquilo.
Você já entra no complexo (sim, além do mausoléu, há uma mesquita, uma casa de hóspedes, quatro portais, pátios e jardins) com a certeza absoluta de que a qualquer momento pode cair pra trás ou perder o queixo.
E é exatamente isso que acontece.
A primeira vista do Taj fica grudada em você. Daquele jeito que será impossível apagar um dia.


É lindo. É inexplicável.
E sim, perca a preguiça e acorde cedo pra ver o amanhecer dalí.
Aliás, Sagar, nosso guia da vez, nos laçou ainda na fila de entrada, conseguiu comprar ingressos mais rápido e nos deu uma aula de simpatia e jogo de cintura.

Ah! Vale a dica. Os guias me pareceram fundamentais na Índia. A história é cheia de detalhes, os prédios idem, então se perde pouca coisa da visita.
Além de furar a fila e nos orientar sobre tudo (o que podia entrar ou não no complexo, prestar atenção em detalhes como a cor do Taj que muda com a luz do sol, pontos para ver o sol surgindo entre as árvores e nos fazer dar boas risadas), Sagar ainda bateu fotos bem legais, em pontos já marcados, sem as quais o álbum de viagem não seria o mesmo.


O Taj Mahal, é Patrimônio Mundia da Unesco e uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno.
É também o símbolo de uma das mais marcantes histórias de amor.
Vou contar.
O imperador Shah Jahan mandou construir em memória de sua esposa favorita, Aryumand Banu Begam, a quem chamava de Mumtaz Mahal ("A jóia do palácio"). Ela morreu após dar à luz o 14º filho, tendo o Taj Mahal sido construído sobre seu túmulo, junto ao rio Yamuna.
O apaixonado imperador foi preso pelo próprio filho por gasto de dinheiro público e só pode observar a conclusão da construção das janelas do Forte de Agra, onde ficou preso.
E assim, de acordo com nosso querido Sagar, não teve a chance de fazer um segundo Taj, que seria seu próprio mausoléu, do outro lado do rio, só que esse da cor preta. Só a fundação pode ser vista.


A obra foi feita entre 1630 e 1652, utilizou o trabalho de 20 mil homens e muito mármore branco, pedras e ouro.
E é uma loucura (palavra que vocês vão ler e muito nesses posts de viagem).
Imenso, lindo, iluminado, de tirar o fôlego.
Todas as paredes são decoradas com um processo antigo de entalhe no mármore, que é preenchido com coloridas jóias e ouro.
Em algumas partes o mármore é trabalhado como renda, em outras nos faz pensar que está em movimento.
Lindo.
Dentro encontramos réplicas dos túmolos de Shah Jahan e sua jóia. Os verdadeiros ficam no subsolo do Taj e só podem ser visitados um dia por ano.



Depois de visitar o Taj, saímos pelo portal sul e fomos visitar uma loja de artesãos que trabalham com a técnica que decora o monumento. É tudo muito lindo.
Só não esqueça de pechinchar, ok? Muito.


Dalí, pedimos ao Sagar que nos acompanhasse também ao Forte de Agra, longe dalí uns 10 minutos de caminhada.
A seguir cenas...

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