Essa segunda-feira promete. E como.
Tirando a nuvenzinha cinza sobre essa cabeça pensante, hoje tive contato com a história da família Santa Clara.
Devo ter chegado um pouco atrasada (até porque fujo de microcomputadores durante o final de semana), mas já vi que a história (triste e real) já está passeando por vários blogs que sigo.
A história da família é contada tim-tim por tim-tim no blog Eneaotil, o qual tive o prazer de conhecer através do Piscar de Olhos, outro que adoro e recomendo, e também toca no assunto.
Aí me fez pensar (mais ainda do que já tenho feito) no verdadeiro significado da palavra FAMÍLIA.
Do SER família, CONSTITUIR família, MANTER uma família, CONVIVER com a família, DAR BASES a e EDUCAR seres para que formem uma família, RESPEITAR a sua e as outras e a que você ainda vai fazer parte.
A família Santa Clara, como tantos outros casos que envolvem a BURROcracia governante, nos faz revoltar e indignar. Concordo e me sinto exatamente assim.
Separar irmãos, pais, filhos só porque não atendem a um parágrafo ou cláusula, mesmo que o resultado seja positivo é, no mínimo, inexplicável.
Simples. Inexplicável, pois a explicação no caso, não apresenta uma solução cabível, justa.
Esses duros parágrafos e cláusulas e leis e protocolos deveriam ser flexíveis e remodelados diante da necessidade de cada lugar, de cada tempo (até porque a desculpa da onda é a crise econômica, como já foi o aquecimento global, a segurança pública, a previdência, e por aí vai).
Não tenho experiência nem autoridade para discutir o que está certo ou errado no sistema de governo. Tenho o direito de falar sobre isso como qualquer cidadão que contribui, habita, integra ativamente uma nação (mesmo que seja a “República das Bananas”). Tenho o dever de cobrar quando algo tão absurdo acontece e sabem por quê?
Porque eu estou criando um cidadão. Estou elencando exemplos e ensinando a ele como lidar com a vida, com o sistema de governo, com o certo, com o errado, com as frustrações, com diretos, com deveres, com a lei da ação e reação, com a sociedade, com limites, com cuidados. E muitos outros coms, uma lista sem fim, diga-se de passagem.
Educar não é tarefa fácil, ainda mais com esse monte de informação e acontecimento descabido.
Imagino que o casal Santa Clara o tenha conseguido fazer com muitas crianças e adolescentes. Tenha contribuído positivamente com a formação de novos cidadãos, coisa que pais que espancam, abusam, drogam, abandonam não fazem. Coisas que seres, como a digníssima promotora Vera Lúcia Sant’Anna Gomes, não fazem, nem de longe.
E é por isso, que em meio a tantos pensamentos, a cabeça borbulhando, a indignidade a flor da pele, eu desejo fortemente hoje ser o Mágico de Oz.
Pra sair distribuindo cérebros e corações por aí. O dia todo.
Boa semana.
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