terça-feira, 31 de julho de 2012

Ajudou no desfralde, sem querer, mas ajudou...

Eu olhando Isaac dormir essa noite.
Olhei, paquerei, agradeci e tive um momento iluminado.
Acontece que percebi alí, no quieto da noite, que enorme mudança fizemos no quarto e na vida do pequeno.
Logo me pus a lembrar e pumba!
Somos gênios sem nem mesmo saber.
Calma que eu explico.
Acontece que, sempre paralela ao processo de desfralde do Isaac estava lá a questão do quarto transformante.
Primeiro o berço virou caminha, depois filhote foi com a gente escolher a camona (pediu uma com auxiliar em baixo pra chamar o amigo pra dormir em casa).
Depois foi comigo escolher os quadros que tampariam os furos da estante de apoio do trocador.
Ganhou prateleiras cheias de livrinhos, depois escolheu livrões. A Vila Sésamo deu lugar pra sua coleção de carrinhos e o aparelho de som vive ligado agora, com microfone no volume máximo, sem tocar mais MPBaby.
Um avestruz agora mede a altura da cria. E ele divide espaço com uma porção de adesivos de pirata.
E isso não aconteceu do dia pra noite. Foram etapas realizadas uma a uma.
E a cada uma delas Isaac vivia suas passagens.
Logo nessa semana, com o desfralde cocozístico, nós fizemos mais uma alteração no quarto.
Desencostamos a cama da parede, deixando assim um lado sem grade.
E ainda penduramos um quadro que fiz com os sapatinhos do Isaac em sequência, do menor de tricô até o tênis mais batido.
Alí tivemos um apoio, uma nova forma de dizer que filhote tinha realmente crescido.
Além de deixar as fraldas estava pronto pra dormir sem cair da cama.
E no quadro, vê todos os dias, como seu pé cresceu.
E se olhar em volta, vai perceber o quanto ainda poderá.

...

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Do desfralde e da cara de pau...

E sim...
Vou entrar naquele bla-bla-bla todo de não tem segredo, é só ter paciência, cada criança tem sua hora.
E sim. Tenho pelna consciência de que mãe não escuta nada disso e gosta mesmo é de viver no desespero, no drama e no cansaço pleno.
Confessemos.
Eu mesma já perdi as contas de quantas vezes ouvi o mantra materno-irritante "vai passar". E tenho menos conta ainda de quantas zilhões de vezes eu ignorei ou passei o tal mantra pra frente como se nada tivesse a ver comigo.
O processo de desfralde com o Isaac foi longo.
Ficamos mais de um ano entre cueca, troninho, fralda, chão molhado, coco na calça, escapadas e afins.
Ensinar menino a fazer xixi no ralo do chuveiro, na pedrinha, na graminha, na plantinha e finalmente no vaso sanitário é baba.
A gente apanha no começo mas a coisa flui.
Ótimo.
O que sofremos aqui foi com o desfralde cocozístico.
Esse sim teve vários processos.
Tentamos de tudo.
E no final, tenho uma mistura de receitas testadas e aproveitadas que me levaram a um mesmo resultado:

calma que vai passar.

Não me xinguem nem atropelem, caso venham comer um sanduíche aqui na minha cidade.
Mas é bem isso.
Quando eu resolvi que não aguentava mais insistir, que Isaac idem, que tava muito chato... parei.
Assumi o "quer na fralda, faça na fralda" e fui feliz.
Lógico que, como mãe E bicho besta, não abandonei a causa.
Lembrava dela, falava dela, mas de leve.
Cortei o coco na frente da TV, com brinquedo, com gracinhas e opções múltiplas.
Tentei deixar a fralda sem graça, assim, como quem para de rir de uma piada velha.
Até que essas graças de vida e sistema capitalista colocaram um brinquedo carérrimo na lista de desejos do Isaac.
É daqueles desejos fortes, olhinhos brilhantes e minutos de silêncio, sabem?
Então.
A gente tinha resolvido dar o dito de aniversário.
Mas sábio maridex resolveu negociar (sangue libanês mode on).
Trocaria o tal brinquedo por 3 dias seguidos de coco no trono.
Isaac meio que ignorou o acordo até o dia que foi na casa de um colega (beijo grande e apertão da tia infinitos) que tinha o tal brinquedo.
E alí teve a oportunidade de ver concreto seu desejo abstrato.
E no dia seguinte pediu pra fazer coco no trono.
E como Deus é grande e me enche de bençãos, Isaac nem quis o tal troninho, vasão mesmo.
De gente grande.
E lá foi a mãe arteira fazer painel para adesivos dos 3 dias seguidos.
E lá foi filhote pra tronância.
No terceiro dia ganhou o brinquedão.
(ele gritava no carro, abraçado ao pacote, como se tivesse ganho uma medalha olímpica)
No quarto dia, quando a vontade bateu e nós fomos ao banheiro ele olhou bem para o painel completo.
Parou pra pensar segurando a calça.
Olhou bem pra mim e disse:

- Já fiz 3 dias?

- Já Isaac, já sim! - Responde a mãe toda animada, com orgulho transbordante, louca de felicidade.

- Então eu não peciso mais disso. Quelo a falda de novo.

Sabe aquele quase desmaio de novela? Mãozinha na testa?
Foi quase...
Olhei bem nos olhos dele e fui firme.
Disse que seria uma besteira muito grande voltar a usar a fralda.
E apertando bem ele nos meus braços disse que tinha certeza absoluta que ele ia conseguir fazer coco na privada pra sempre.

- Então me põe na pivada mamãe, puquê tá saindo...

...


terça-feira, 24 de julho de 2012

Estão ouvindo os fogos de artifício????

Pois bem.
Eu sei que mãe não deve assim, fazer propaganda das conquistas da cria.
Sei também que maternar é viver tomando chuva de cuspe na testa.
Mas eu não me aguento.
Isaac desfraldou.
Na forma mais completa do termo.
Desencantou da idéia de ser fraldado até a terceira idade e resolveu que o vaso sanitário (vulgo trono, troninho, senta alí na cadeirinha mágica, meu filho) merecia uma chance.
E lá sentou.
E fez o que tinha que fazer.
Além do cocô, os pais felizes e saltitantes.
Estamos hoje no quarto dia 100% sem fralda.
Não tenho palavras, nem como pagar todas as promessas que fiz durante o desespero fraldístico.
Mas estamos aí.
Comprovando que sofrer não resolve nada.
A hora que for pra ele, é a hora.
E que nós não esqueçamos dessa lição jamais.

Beijo nas queridas todas, mães sofredoras no desfralde, não desistam.

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sexta-feira, 20 de julho de 2012

maridex quem pediu...

Hoje é dia 20.
Vinte de julho.
É dia do amigo, dia do meu sobrinho Pique e Dia da sogra.
Da minha sogra, não de todas elas.
E pensar na minha sogra me faz pensar no ser mãe.
Pois é ela, além da minha própria, que me faz sempre refletir sobre esse meu papel.
Esse de ser mãe.
E de um dia ser sogra. Mas isso a gente tenta esquecer e viver um dia de cada vez, certo?
E ser mãe é aquele negócio doido.
É estar aqui, lá e acolá ao mesmo tempo.
Cuidar dos seus e dos seus dos outros antes de cuidar de si mesma.
Mas voltando ao dia 20.
Sexta-feira.
Final de semana bom de sentir.
Chegando perto, se aproximando, sem planos.
Quase tão sem sentido quanto esse post.
Mas foi maridex quem pediu.
E como não me é sacrificante, nem sem graça...
Correspondo.

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quinta-feira, 19 de julho de 2012

Não é ele que decide, eu sei.

Mas pesa.
E a cada dia que passa, a opinião do Isaac vai ganhando mais peso.
Lógico que cabe a ele decidir algumas coisas como que brinquedo quer pegar, que fruta vai comer, se prefere cinema ou parquinho, mas as questões adultas são exclusiva dos adultos desta casa.
Mas como Isaac é ser componente desta família, tem ideias próprias e personalidade marcante - e assim o respeitamos - nós ouvimos tudo o que ele tem a dizer.
Ou a gritar, dependendo da fase birrística do momento.
Como no caso do irmão.
Claro que ele tem a opinião dele.
Claro que ele avalia, dentro de suas percepções, o que um irmão representa.
Óbvio que se sente ameaçado.
E é compreensível.
E louvável que coloque suas expectativas e frustrações pra fora.
Estimulamos que ele exponha seu ponto de vista, exerça o que lhe cabe dentro da sua já experiência de vida.
Ouvimos sim.
Pesa?
Um tanto.
Mas já deixamos claro que um outro filho é o que queremos para a nossa família.
Conversamos e damos espaço pra que Isaac tire suas conclusões.
Ele se abre ou se fecha.
E assim vai.
Crescendo.
Cresce ele, crescemos nós, cresce a família.

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E não. Não estou grávida.

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quarta-feira, 18 de julho de 2012

Nós queremos filhos. Ele não quer irmãos.

A equação seria simples se não fosse tão complexa.
Nós queremos filhoSSSSS.
No plural.
Mais um, pelo menos.
Isaac não.
Já deixou bem claro que quer viver no singular.
Único e feliz, como se sente há quase 4 anos.
Acha que já é mais que suficiente dividir a casa com dois cachorros, primos e amiguinhos que lhe cabem.
E não se trata só do espaço físico.
O pequeno possessivo já encontrou maneira de provocar o pai dizendo que "mamãe não te ama. ela ME ama".
Chama a atenção de todas as maneiras.
Se faz de picadeiro, palhaço, acrobata e malabarista.
O show tem que ser dele.
E só dele.
E agora?

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terça-feira, 17 de julho de 2012

Afinal, o que é felicidade?


- Mamãe, mamãe!

e lá vou eu, sei lá com cara de quê, com pensamentos perdidos entre trabalhos, casa, vacina dos cachorros e férias da pediatra.

- Oi filho, oi...

ele mira.
olha bem pra mim, ergue a sombracelha.
analisa cada canto do meu rosto como se eu fosse uma desconhecida:

- Você está feliz?

- Estou filho. Eu sou muito feliz. Tá achando a mamãe triste?

- Não.

- Então não entendi a pergunta.

- É que você não está cantando.

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segunda-feira, 16 de julho de 2012

Pequenos conflitos

Isaac se descobre como menino.
Como ser do sexo masculino.
Como pessoa.
Com suas particularidades.
Com seu lugar no mundo.
E define assim o tamanho das coisas.
Aquele tamanho que não se mede em centímetros.
Isaac percebe que é alguém.
Que tem limites.
Que tudo tem limite, aliás.
Que a vida começa, continua e morre.
Que existe velhinho e doente.
Que há graça e desgraça.
E elas as vezes andam de mãos dadas.
Isaac sente que tudo tem um preço.
Tudo tem consequência.
Tudo tem validade.
Tudo toma espaço.
Tudo precisa de resposta.
E continua com seus porquês.
Isaac cresce.
Em tamanho e em maturidade.
Em decisões e escolhas.
Mesmo pequeno cresce e admira sua importância.
Em casa, no grupo, na escola, na família e na fila do posto de saúde.
Isaac observa.
E analisa.
E revisa.
E entende.
E desentende.
E concorda, discordando.
E conclui.
Conclui que não quer ficar velhinho nunca.
Que não quer casar.
Que não gosta de bagunça de filho.
Que fralda ainda é possível.
Que os tênis estão apertados.
Que tem roupa que não agrada mais.
Que quer ser igual ao papai hoje e igual a mamãe amanhã.
E que, definitivamente, não quer irmãos.

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Aos quase quatro.

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Bjoca e ótima semana!

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Espertinho da Silva

Pois é.
Já falei aqui que nós adotamos o "birrou perdeu" lá em casa.
Simples técnica do tirar um brinquedo a cada coisa feia feita.
Tem funcionado?
Digamos que sim.
E digamos também que tem aguçado em um bom tanto a capacidade de negociar e a esperteza da cria.
Até porque a vida é uma graça, né?
Isaac perde os brinquedos.
Sabe os quais já perdeu e tem bem nítida a lista dos que quer recuperar, assim, de imediato.
Então que já sacou algumas maneiras em burlar regras.
E tenta, as vezes conseguindo outras não, passar a perna nesta que vos tecla.
Fato é que ele sabe como e quando consegue me agradar e arrancar desta pobre mãe aquele "muito beeeeeem" com palminhas e tudo.
E uma dessas coisas é fazer atividades físicas.
E nesses dias de férias em casa, uma das recomendações que dei a Chris é que ela tentasse fazer ele pedalar, ao menos um pouquinho.
Logo, no primeiro dia vieram os dois me contar que Isaac fez as pazes com o triciclo.
Ganhou um parabéns e eu, dando um tiro no próprio pé, disse que ele poderia escolher um brinquedo de volta.
Ótimo. Tudo lindo.
Mas acontece que agora ele pedala todo dia. De dois a três minutos.
E assim acha que vai me receber com sorrisinho e esvaziar o meu estoque de brinquedinhos apreendidos.
Vem todo mostrando as pernas, dizendo que "elas são de aço, blablabla, me devolve um brinquedo".
Eu?
Devolvo assim não.
Agora tento explicar o inexplicável de alguma maneira cabível.
Se é que vocês me entendem.

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quarta-feira, 11 de julho de 2012

Quer ganhar uma Bebechila????

Simples.
Você divide com a gente uma foto da família num momento tudo de bom com a Bebechila e concorre a vários prêmios.



Bora participar????
Página da Bebechila Brasil aqui.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Toda forma de amor

Isaac tem pais melados.
A gente vive se beijando, dizendo que ama, fazendo carinho.
Até os cachorros lá em casa são beijoqueiros.
E o pequeno está crescendo assim.
Todo trabalhado na declaração de amor, no dengo e no chega-chega.
Esses dias, com um sono que até doía, se enfiou num drama dizendo ao pai, com os olhos cheios de lágrimas, "você não me ama maaaaaais".
Deitou no travesseiro e sorriu, de olhos fechados, completando o dia com "eu te amo muito, papai", assim mesmo, 2 minutos depois.
Ontem saiu do banho dizendo que amava mais que o céu.
Eu, derretendo como uma geléia feita de açúcar e amor, disse que o amava também, mais que tudo.
Ele então agarrou conversinha:

- Me ama mais que tudo, mamãe?

- Amo, Isaac, amo mais.

- Então você não ama o papai.

- Amo o papai sim. Amo você e ele.

- Mas ama o papai quanto?

- Amo muito. Muito e muito.

Ensaiou um choro.

- Se é tanto assim, então você não me ama....

- Amo.

- Como?

- Tenho um amor aqui pra cada um de vocês.

Arregalou bem os olhos.

- Um???? Mas um é pouco.

- Mas é um amor enorme pra cada um, tá bom?

- Enorme?

- É. Enoooooorme.

- Então tá bom.

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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Ele não está gostando das férias...

Nem eu estaria.
Isaac está com virose desde o primeiro dia de férias.
Vômito, dor no corpo, diarréia e tudo o que poderia ter direito.
Está num esquema lento, dentro de casa, desde então.
Tem a companhia da Chris, nossa querida, na parte da manhã e dorme quase que a tarde toda por conta dos remédios e antialérgicos.
Desde ontem divide a tarde com uma mãe apodrecida, com todos os sintomas que um processo viral pode dar.
Ele então se revolta.
Está mal humorado, birrento e chora. Ah como chora.
Não quer fazer nada que propomos e está em pé de guerra com a Chris.
Logo ela, que era tão sua amiga.
Tentamos conversar sobre e nada.
Ele só responde com Porque sim e Porque não.
Aí pedi pra minha mãe, que é a rainha do papo-legal, pra ver se ele se abria.
E assim foi.
Ele resumiu dizendo que queria férias iguais as de Florianópolis.

- Na praia Isaac?

- Não vovó. Juntinho com o papai e com a mamãe.

Lógico que estou aqui morrendo de tanta culpa.
Lógico que chorei sozinha de madrugada.
Lógico que não tenho o que fazer, já que férias só no final do ano.
Lógico que ele está crescido e tem noções ampliadas e distintas da vida.
E lógicos mil que tentarei deixar doenças todas de lado pra agitar as férias do pequeno.

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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Gerações

De um lado temos a bisa.
97 anos de charme e graça, sentadinha no banco.
Do outro temos Isaac.
3 anos de energia, curiosidade e autoconfiança.

Bisa, delicada que só, tenta se aproximar do menininho que só queria saber de escalar árvores, pular de rampas e rolar no chão:

- Isaac, que camiseta linda! Que bicho é esse desenhado nela?

Ele olha para a própria barriga.
Ergue a sobrancelha e para de jogar os brinquedos pra cima:

- Não é bichoSSSS bisa! É BítouSSSSSS...

Bisa riu, apertou firme minha mão e me fez alí a neta/mãe mais feliz desse mundo.

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terça-feira, 3 de julho de 2012

Era do Gelo 4. Nós fomos.

E adoramos.
Recomendamos e pronto.
Principalmente porque a Vó do Sid está impagável.
Eu ri.
Ri muito. Até doer a barriga.
E Isaac.
Riu do filme e riu de mim também.
Ah! E tem piratas.




Aproveitem nas férias.
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segunda-feira, 2 de julho de 2012

Heróis

Domingo.
Seis e meia da manhã.
Escuto passinhos no corredor.

- Mamãe!

- Bom dia, filho.

- Bom dia mamãezinha querida.... - e se esfrega, cheira, aperta meus braços.

Eu curto. E sorrio boba, agradecendo a Deus.
Ele se vira:

- Eu sonhei.

- E foi bom, Isaac?

- Ahã. Sonhei que você era Lois Lane e eu Clark Kent.

ploft.

.....

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