Pois bem, essa reflexão começou logo cedo quando tirei o pijama pra tomar banho e no susto me perguntei:
Desde quando uma versão da Vera Fischer mora em mim????
Pensei na hora: Preciso achar uma horinha na minha agenda pra marcar depilação urgente!
PARA TUDO! Volta a fita (ou se preferir, ative a função << do Time Machine da Full HD High Definition).
Hora na agenda pra depilação? Aí é que está. Chega um momento na história da gente em que somos várias em uma só. Mulher, mãe, esposa, filha, “rainha do lar”, profissional, amiga. E quando todas essas se misturam, a vida vira uma salada.
Uma confusão difícil de resolver. E a gente não entra nessa porque quer não. Muito pelo contrário. O limite entre as várias Carols, descobri eu, são tão sutis, que quando percebo, já nem sei mais qual sou.
Imagine você acordar no meio da noite achando que foi um chamado do tesão e descobre que foi um barulho. A babá eletrônica? Corro pro quarto do pequeno. Nada, era o despertador me chamando pra realidade diplomada. Oras... Só aí são 3 de mim acordando ao mesmo tempo. Deu pra entender?
Tem madrugada que me pego fazendo o balanço do dia e concluo, com uma tromba de elefante, que fui só mãe ou só operária. E o tempo pra mim? Mim mulher, que precisa de depilação, pilates, compras e choppinho com as amigas?
Mas tem balanço também que resulta numa Carol egoísta, que deixou o filhote na escolinha pra ter o tempinho da drenagem.
E os outros? Marido, família, patrão, colegas? Como é que enxergam e entendem tudo isso?
São armadilhas da vida moderna? Sei lá. Mas tenho me visto em conflitos bem mais freqüentes sobre a existência dos seres que habitam em mim.
Não brigo com eles, muito menos comigo, já que não adianta. Converso. Loucamente, tenho presenciado altos papos entre a Carol mãe e a filha. Entre a jornalista e a esposa. E por aí vai.
No final, se as bolas não forem trocadas, uma ajuda a outra.
Mas fica a questão, quase freudiana, onde está a sanidade mental nisso tudo?
Alguma sugestão?
Bjocas e ótima sexta-feira!
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