A Ceila, lá do Blog do Desabafo de Mãe, levantou uma questão que confesso, andava um pouco apagada dentro de mim: O segundo filho.
Tenho certeza absoluta que não serei mãe de filho único. Por vários motivos.
Primeiro, porque acho um egoísmo danado privar uma criança dos prazeres de ter um irmão, já que não me imagino sem o meu (mesmo com as brigas da infância, as discussões da adolescência, os altos papos da juventude e os ois corridos da vida adulta).
Segundo, que não consigo imaginar vida mais chata do que a de um ser que cresce sem herdar roupa, berço, livros, tudo do mais velho. Ou, de um outro que ensina, briga, brinca, protege o mais novo.
Terceiro. É essencial ter alguém pra pegar na mão sem ter vergonha, pra roubar um par de meias, dividir o travesseirto, a gripe e os segredos.
Sou a caçula de 4 filhos. Tenho primos, tios, sobrinhos. Um maridex com uma família “tamanho família” de verdade. E a vida é assim, colorida, com as chatices que acompanham a parentaiada, as intromissões, a fatal falta de privacidade, o coro de conversas numa festa, a tonelada de beijo quando se chega num almoço.
E depois, a gente acaba mesmo imaginando o “e se”: E se o Isaac casar com uma filha única? E se ele resolver ficar solteiro? E se eu faltar a ele mais cedo que o planejado? E se os amigos de carne e osso ficarem cada vez mais escassos?
Acabei caindo naquelas nóias de mama grega, exagerada. Mas é assim.
Os fatores que me levam querer um segundo filho são inúmeros. E a cada vez que penso na possibilidade, mais motivos vêm a minha cabeça.
Depois, tem toda aquela viagem de uma nova gravidez, mais alguns meses de transformação do corpo e da alma, preparação, adaptação. Um novo mundo a ser redescoberto. Saber se é possível ser mãe duas vezes, de crianças em estágios diferentes de desenvolvimento.
A Ceila pensa em ter um menino agora. Eu fico imaginando a Isadora (ou Elisa, ou Sara, ou sei lá) ou em mais um pequeno homem, reafirmando esta mama como minoria absoluta lá em casa.
Enfim, é um assunto que me deixa cheia de interrogações, de dúvidas, de pontos a serem resolvidos.
Fico pensando em estar preparada, ou se estou, se espero, se quero, se devo.
Fico revivendo cada etapa da primeira gestação, da segunda, da terceira. Do parto. Do dia que nasci como mãe.
Iiiiii... Quanta coisa me veio à memória agora. Quanta saudade. Quanta vontade de abraço.
Acho que volto a pensar nisso mais tarde. Ou amanhã.
Bjocas.
Um comentário:
Leio sempre seu blog, me divirto demais, e acho nossos filhos muito parecidos em algumas coisas, ainda que o meu esteja mais novo. Hoje vim ler essa parte antiga, porque estava procurando mais sobre gravidez... encontrei esses posts que achei bem diferentes do que vc escreve hj. E não resisti a sair do anonimato para te agradecer por te-los escritos. Foi o achado do dia pra mim! Grande abraço!
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