quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O Steve, o cachorro, a minha avó e eu

Steve Jobs morreu.
"O" cara da Apple, é um ícone (e pai de quase todos os ícones) da minha geração.
Morreu de um dos males do século.
Seria irônico, mas é trágico.
O Iron Maden, nosso schnauzer, já está com 8 anos.
Cães da raça vivem 12.
A contagem regressiva começa mesmo que a gente não queira e ignore com todas as forças.
Minha avó, que é o ser mais querido do universo, já é bisa.
Está velhinha, mesmo o Alzheimer fazendo-a acreditar que não.
Some todas as informações acima.
Qual o resultado?
Uma mãe louca, pensativa, chorosa.
Medo da morte?
Nem tanto. Aceito e não sofro.
Mas cheia de dúvidas sobre como abordar esse assunto com a cria.
Naturalidade é a chave.
Ok. Sei e concordo.
Mas e aí?
Como é que faz?
Alguma de vocês já passou por isso?
Já teve esse tipo de conversa com os pequenos?

17 comentários:

Sara Lima Saraceno disse...

Também me preocupo com essa questão, pois meus pais, apesar de jovens, estão cheios de problemas de saúde... Deus que me ajude nessa tarefa. Achei um post num blog que achei beeem interessante: http://www.papodemae.com.br/2011/05/como-explicar-uma-perda-uma-crianca.html
Veja se tira algumas de suas dúvidas.
Bjooo

Priscila Nascimento disse...

Oi Carol, eu já passei por esta situação com meu filho e foi bacana, pois veja só, eu expliquei pra ele que a vovó que ele mais amava agora estaria no céu na companhia de Deus, que ele cuidaria dela daquele momento em diante e que se ele sentisse saudades dela que "poderia" aparecer em seus sonhos. Ele encarou com maturidade (graças a Deus) e até hoje não demonstrou nenhum sentimento de tristeza ou trauma.

Por coincidência, recebi hoje em meu email, uma matéria da revista Crescer que trata deste assunto para com as crianças. Dê uma pesquisada na Internet e veja a reportagem, se quiser, me manda seu email que te trasmito.

bjos!

Passa lá: maededudu.blogspot.com

Sofia disse...

Também já pensei no assunto... e hoje também pensei nisso... não sei como vou agir com o meu filho quando chegar um momento desses. Naturalidade acima de tudo mas não é fácil mesmo... perdas são sempre dificeis.

um beijo

Mariana disse...

guria, nem me fala. mas fui a alguns enterros este ano e tive que contar para o gabi, que as pessoas morrem e viram estrelinhas no céu. ele aceitou bem ate aqui. acho que é suficiente na idade deles.
beijos no coração,
mariana

Re disse...

Carol, vou te falar, no ano passado, quando a minha mae faleceu, a minha sobrinha de 4 anos, perdeu, num espaço de 6 meses: a irma que ainda estava na barriga (minha cunhada sofreu um aborto com 6 meses de gestaçao), o cachorro (picado por uma cobra), a avó (minha mae) e a bisavó (avó da minha cunhada). Em todos esses minha cunhada foi clara, disse que morreu, que virou uma estrelinha no ceu, mas que ainda estara com a gente no coraçao. E ela, dentro da sua cabecinha de 4 anos, entendeu..tanto que qdo a minha mae faleceu ela me disse: Mamá, nao fica triste, a avó esta fazendo companhia pro pingo e pra minha irma. As vezes a gente se surpreende. Bjs

Fe Piovezani disse...

Ai Carol, difícil, né? Tava pensando isso hoje cedo. Porque quando morre alguém na novela, na historinha ou algum conhecido de longe, é fácil falar "olha filha, fulana morreu. Virou estrelinha. Foi pro céu e não vamos mais vê-la. Só ela poderá nos ver"...mas quando é alguém próximo, não sei também o que fazer, porque acho que este alguém próximo merece mais, sei lá. A bisa faleceu há menos de um ano, e Luísa sabe, mas não foi ao velório. Mas e aí? Deveria tê-la levado? Não sei também. Na época não quis, achei desnecessário. Mas e se fosse hoje? Desculpa!!!! Te enchi de mais dúvidas?? beijos

Priscilla Perlatti disse...

Carol, minha sogra morreu há pouco mais de um ano e era bem presente na nossa vida. Quando contei para as meninas, fui direta, falei que o coração da vovó tinha parado de bater e que ela tinha morrido. Elas lidaram com isso de uma forma desconcertantemente natural, falando que "ela morreu, mas a gente ainda gosta dela e ela vive dentro do nosso coração!". Elas falam abertamente sobre a saudade que sentem, perguntam se não dá para "parar de desbater o coração" e sinto que isso ajuda elas a administrar melhor a perda. Muito melhor do que eu e o Alex.

Ufa, falei, hein?

bjos
Pri

Anônimo disse...

Carol. Eu tenho muitas dúvidas, não sei como lidaria com isso. Mas tenho certeza de uma coisa, as crianças encaram isso com muito mais sabedoria do que nós adultos. Penso também (que ninguém me apedreje, por favor!) que falar de maneira sóbria, breve e verdadeira seja o ideal. Estrelinhas, céu, borboletinhas... não sei não. Fico mais com a opinião da "Mãe de Duas". Beijão!

Carol disse...

É fogo mesmo, ne?? Eu me assusto com a morte... dos velhinhos nem tanto, mesmo minha amadíssima vovozinha tendo ido embora.. mas nao me conformo como pessoas com até 80 anos morrem... nao gosto.
E cachorrinhos deviam vir pra viver e morrer com a gente e nao pra ficar só uma decada.. nem me fale...

saudades daqui do teu cantinhO!
Agora vou aparecer mais vezes :D

Beijinhos.

Nine disse...

Carol, aqui em casa ainda não traçamos estratégias para falar sobre a morte, mas creio que falar sobre isso deve estar muito ligado às crenças da família. Depois que a Ísis nasceu não tivemos ninguém falecido que fosse próximo, mas num desenho do gasparzinho o amiguinho dele morre e vira um fantasma, que passa a brincar com ele. Falamos assim, de forma lúdica, usando o desenho como suporte = morre, vira uma fantasminha amigo do gasparzinho, etc...nada muito profundo, hehe.

Creio que as crianças encaram bem a informação verdadeira, eu gosto muito de comparar a morte com a ausência de alguém porque está viajando, sem telefone, sem internet...não podemos ver, nem tocar, sentimos saudades, mas ela está lá, existe em algum lugar.

Beijos,
Nine

Telma Maciel disse...

É estranho... por aqui passei pelo falecimento da minha avó 3 anos atrás, mas Sofia nem foi ao velório. Ela tbm não teve tempo de ter mto ctto com minha vó.
No final do ano perdi um primo e ela foi comigo ao velório. Agiu normal, entendeu meu sofrimento. Mas não tivemos isso de alguém tão próximo morrer e eu ter que explicar, mas acho q diria que as pessoas morrem mesmo, precisam descansar da correria do dia a dia e agora vão tomar conta da gente lá do céu!
Beijo

Nanda disse...

Ai Carol, acho esse tema tenso. É tão abstrato para os pequenos, e é difícil trazer o assunto à tona antes que ele seja necessário, uma vez que a morte é tabu na sociedade. Não conseguimos tratar dela com naturalidade.
Que triste, né... A sociedade que lida com o fechamento de um ciclo natural de maneira tão negativa!
Beijos.

Chris Ferreira disse...

Carol,
muito legal!!! Eu amei o encontrão e amo o Rio!
Beijos
Chris
http://inventandocomamamae.blogspot.com/

Luma Rosa disse...

A Silvia Masc sempre fala do Alzheimer e recentemente assisti um vídeo no seu blogue que me chocou, no sentido de me compadecer dos familiares e portadores da doença. O blogue dela é ótimo e trata de vários outros assuntos relacionados à idade - Longevidade, anota aí!
Você pode falar com uma psicóloga e ela irá lhe instruir sobre como falar com seu filho, mas se achar que pode agir por conta própria, existem livros que tratam do assunto. Um deles: "A Vovó Virou Bebê".
Você consegue! Beijus,

. disse...

Nem gosto de falar sobre esse assunto. Sério. Tenho um medo terrível disso... Volto outro dia e comento muitão, prometo!
Beijos
Dany, Danielle
www.danydanielle.blogspot.com

Ju do Pinguinho da Mamãe disse...

Nossa, Carolzinha... Não, ainda não toquei neste assunto, porque graças a Deus, não precisei e tb pq não sei nem por onde começar.
Bjs

Paula Santos disse...

Ló, infelizmente passamos por isso por aqui. Em uma ano, Gabi perdeu dois avós, dois tios muito próximos, Nina, nossa cadelinha de 14 anos tb se foi, o bivô e o padrinho... Não se apresse. Existem assuntos que não precisam ser discutidos, pois simplesmente acontecem. Choramos juntos, sentimos saudades e vivemos com tudo isso. O que aprendemos? Não há como se preparar para a perda. Bjs

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