terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O Taj Mahal é mesmo tudo aquilo

De Delhi para Agra foram 4 horas de carro.
Convivendo com a loucura rodoviária indiana.
Digo loucura porque a velocidade máxima na estrada é 70 por hora, o motorista (pelo menos o nosso) ainda não havia decidido se dirigia em mão inglesa ou não. E avisava o que ia fazer a todo o resto do planeta com buzinadas insistentes (ele e todo o resto dos habilitados indianos).
E de repente uma cidade invade a pista com tudo que tem direito: feiras, barracas, gente, búfalos, vacas, cachorros, camelos, cabras.
Fora, que o Tata que nos levava, dividia a pista com caminhões lindamente decorados, tuc-tucs devidamente lotados, motos impressionantemente carregadas e tratores.
Tudo junto.
Alí, na Índia, o "tudoaomesmotempoagora" cabe direitinho.
Ah! Detalhe básico é que o condutor do tal Tata falava somente uma palavra em inglês: HOTEL. O que nos levou a procurar gente simpática pra servir de intérprete.
Coisas da Índia e tudo uma delícia.

Aventuras a parte, Agra é uma cidade bem sinalizada, com uma beleza simples e vive do Taj Mahal e do Forte que leva seu nome.
E vive também das histórias de Shah Jahan e sua megalomania.
E viva a megalomania, que idealizou o Taj e também o Forte, os pontos que visitei alí.

Bom,
o Taj é mesmo tudo aquilo.
Você já entra no complexo (sim, além do mausoléu, há uma mesquita, uma casa de hóspedes, quatro portais, pátios e jardins) com a certeza absoluta de que a qualquer momento pode cair pra trás ou perder o queixo.
E é exatamente isso que acontece.
A primeira vista do Taj fica grudada em você. Daquele jeito que será impossível apagar um dia.


É lindo. É inexplicável.
E sim, perca a preguiça e acorde cedo pra ver o amanhecer dalí.
Aliás, Sagar, nosso guia da vez, nos laçou ainda na fila de entrada, conseguiu comprar ingressos mais rápido e nos deu uma aula de simpatia e jogo de cintura.

Ah! Vale a dica. Os guias me pareceram fundamentais na Índia. A história é cheia de detalhes, os prédios idem, então se perde pouca coisa da visita.
Além de furar a fila e nos orientar sobre tudo (o que podia entrar ou não no complexo, prestar atenção em detalhes como a cor do Taj que muda com a luz do sol, pontos para ver o sol surgindo entre as árvores e nos fazer dar boas risadas), Sagar ainda bateu fotos bem legais, em pontos já marcados, sem as quais o álbum de viagem não seria o mesmo.


O Taj Mahal, é Patrimônio Mundia da Unesco e uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno.
É também o símbolo de uma das mais marcantes histórias de amor.
Vou contar.
O imperador Shah Jahan mandou construir em memória de sua esposa favorita, Aryumand Banu Begam, a quem chamava de Mumtaz Mahal ("A jóia do palácio"). Ela morreu após dar à luz o 14º filho, tendo o Taj Mahal sido construído sobre seu túmulo, junto ao rio Yamuna.
O apaixonado imperador foi preso pelo próprio filho por gasto de dinheiro público e só pode observar a conclusão da construção das janelas do Forte de Agra, onde ficou preso.
E assim, de acordo com nosso querido Sagar, não teve a chance de fazer um segundo Taj, que seria seu próprio mausoléu, do outro lado do rio, só que esse da cor preta. Só a fundação pode ser vista.


A obra foi feita entre 1630 e 1652, utilizou o trabalho de 20 mil homens e muito mármore branco, pedras e ouro.
E é uma loucura (palavra que vocês vão ler e muito nesses posts de viagem).
Imenso, lindo, iluminado, de tirar o fôlego.
Todas as paredes são decoradas com um processo antigo de entalhe no mármore, que é preenchido com coloridas jóias e ouro.
Em algumas partes o mármore é trabalhado como renda, em outras nos faz pensar que está em movimento.
Lindo.
Dentro encontramos réplicas dos túmolos de Shah Jahan e sua jóia. Os verdadeiros ficam no subsolo do Taj e só podem ser visitados um dia por ano.



Depois de visitar o Taj, saímos pelo portal sul e fomos visitar uma loja de artesãos que trabalham com a técnica que decora o monumento. É tudo muito lindo.
Só não esqueça de pechinchar, ok? Muito.


Dalí, pedimos ao Sagar que nos acompanhasse também ao Forte de Agra, longe dalí uns 10 minutos de caminhada.
A seguir cenas...

8 comentários:

Celi disse...

Que maravilhoso! Realmente é mesmo tudo aquilo...rs
Adorei seu relato! Vocês aproveitaram muito! E viva viajar, conhecer o mundo!
Beijos

Ana disse...

Isso que é aventura! Hehehe
Dá para sentir um pouquinho da magia desse lugar.
E o Sagar podia dar um curso de como tratar o turista aqui no Brasil né? Rs
Beijos!

Mãe Viajante disse...

Carol, deve ser a coisa mais linda mesmo. Maridão tem ido muito a Bangladesh, quem sabe uma hora dessas eu estico até a Índia pra conhecer todos esses lugares lindos que vc falou!
Ah, e sobre trazer o Isaac a São Luís, super recomendo. A cidade, embora não esteja aqueeeela belezura, está com os pontos turísticos muito bem cuidadinhos, as praias estão bem equipadas com quiosques e brinquedos e serviços. É um passeio relativamente barato e bacana. Se você quiser, posso até te indicar uns hotéis em pontos bacanas.
Beijocas
Livia

Liza disse...

Linda a última foto. Realmente o Taj é tudo isso. Espero um dia conhecer tb! bju

Dondeando por aí disse...

Lindo post! Lindo mesmo...

Lugares como esse são difíceis de se descrever sem usar adjetivos. Uma penca deles, aliás.

Tenho planos em breve para ir à Índia, e acredito que o seu descrever será quase o mesmo que o meu chegando num lugar desses.
Parabéns pelo blog, e pelos relatos!

Jussara disse...

Estou adorando seus posts sobre a viagem à Índia, Carol.
Linda a foto de vocês. Além de tudo o guia era ótimo fotógrafo. :)
Feliz 2012!

Patricia disse...

Uau! um dia...quem sabe...
beijos!!

Maria Thereza Pinel disse...

Caramba!!
O lugar realmente deve ser maravilhoso!!!!
Ao vivo então.... nem imagino! hehehe

Fotos lindas!

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