quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O não, o choro, a birra e a paciência.


Puts!
Ela chegou.
Como chamam alguns especialistas (e eu sinceramente acho meio tosco), a "primeira adolescência" apareceu lá em casa.
Fato.
Isaac desenvolveu um trauma pela palavra não e todas as suas derivações.
E olha que eu não sou daquelas que fala só não e pronto.
Explico antes, converso, mostro as consequências e aí mando a negativa (que pode não ser obrigatoriamente representada pela palavra NÃO).
Ontem mesmo tive uma demonstração chiliquenta do tal trauma.
Depois de assistir Nonóquo (Pinóquio), filhote sentou no tapetinho e pediu pra brincar de massinha. "Ok, dá tempo antes do banho", pensou esta mama inocente...
Coloquei só as músicas do filme pra gente ouvir enquanto brincava.
Deu a hora e já me adiantei:

- Filhotinho... só mais essa música e a gente vai pro banho.

- Não! Meu mamassinha!

- Isaac, Isaac... A gente já assistiu o filme que você pediu, bricou e agora é hora de tomar banho.

- Bambanho não! Mamassinha!

- Olha pra mamãe. Já está ficando tarde e mais frio. Precisamos tomar banho, combinado?

- Cominado.

Acabou a música e pedi que guardássemos a massinha e tals.... Aí danou-se!
Foi uma gritaria digna de dia de vacina (e olha que Isaac não dá show com as agulhadas).
Guardou chorando. Levantou chorando. Me seguiu chorando até o quarto. O banheiro. Tirou a roupa chorando. A fralda. Implicou com o cachorro (pois sabe que isso me irrita profundamente). Esperneou. Pediu colo. Gritou.
Acalmou durante o banho, mas logo que saiu voltou a pedir a bendita mamassinha. E o Nonóquo.
E mesmo explicando, como sempre (e funcionava, viu?), que era hora de papar, depois escovar os dentes e descansar, a cria aqui não deu trela.
Chilicou de novo.
E como eu odeio resolver os problemas com distração...

( Não vejo muito sentido em distrair uma criança em estado de chilique com um brinquedinho, por exemplo. Sou a favor de acalmar e explicar.)

Sentei com filhote na cama, pedi que parasse de chorar (até sugeri uma sentadinha no canto de pensar), fiquei brava, cheguei no limite da paciência, mas fiquei alí, firme e forte. Quando ele viu que não ia resolver, olhou bem pra minha cara e começou a sentir dor. Ai ai ai no braço. Ai ai ai na perna. Ai ai ai no olho. Na mão. Na barriga.
Na última tentativa olhou pra mim e falou: Sono, mamãe, qué tetê. Como quem quisesse explicar o motivo de tanta chatice.
Dei um abraço, olhei bem nos olhos dele e falei que ele não precisava chorar quando estivesse com sono, que ele já sabia falar muito bem e que choro a gente só faz quando precisa, e muito.
Aí me vira aquela criaturinha linda e loira, cheirando shampoo Jhonson, de pijaminha flof e diz:

- É.

Mamou. Dormiu quentinho. E estama mama aqui foi pra sala, montou sua fábrica mágica e ficou terminando as lembrancinhas do aniversário (que acontece sábado, já????) até maridex chegar e contar tooooooda a história pra ele.

Fim...

Obs: Aí estava eu no Google, procurando imagem pra este post, quando descobri esse blog falando sobre birra. Interessante.

Obs2: Meninas? Será que eu tô fazendo certo? Será que é assim mesmo que tenho que lidar com as birras? Fica aqui mais uma questão da Filosofia Tostines.

29 comentários:

Kah disse...

Essa fase dizem que é uma das piores (otimista a pessoa aqui, não?), mas passa!!
Bem... Não sei se você está fazendo certo ou errado, enfim, não sei (como se tivesse m e s m o como saber isso, né? rsrs), mas achei como leiga o jeito que você lidou com a situação super correto.
Tem quem aconselhe distrair. Outros aconselham colocar no tal cantinho de pensar, enfim...
-
Ééééé, Carol! Amanhã já é sexta! Dia de fazer brigadeiro de colher! hahaha
Beijão

Carol Garcia disse...

kah!!!
vou te mandar os brigadeiros por sedex!
hahahahahah!
será que chega?
hum?hum?hum???????

Martha disse...

Oi Carol... Te acompanho a algum tempo, mas acho que é a primeira vez que comento. Comento pq ñ pude deixar passar.. ai ai... Na verdade to com uma medinha dessa "fase"!
Minha pequena está com 7 meses e já faz birra1 Não gritando nem nada disso ainda, mas faz! fecha a boca e olha para o outro lado na hora da janta. E eu fico torcendo muiiiito para ter muita paciencia e clareza como vc teve na horade contornar a situação com o Isaac!
Bjs

Carol Garcia disse...

Oi Martha!
seja bem vinda!
birra é papo brabo mesmo... mas a gente consegue. ô!
bjo bjo

Flavia disse...

ê fasezinha dificil!
Fiz uma série de posts sobre isso, quando tiver tempo dá uma olhada:

http://www.joaoastronauta.com/search/label/SÉRIE%20BIRRAS

A unica solução é realmente a tal paciencia! E lembrar sempre que tem um montão de sentimentos novos invadindo a cabecinha dos nossos pequenos, e nem sempre eles sabem lidar com isso.
Sorte queridona! (e paciencia, claro!)

Beijos

Cynthia Le Bourlegat disse...

Oi Carol, aqui as birras já imperam faz tempo, mas graças a Deus não são tão frequentes, eu costumo ignorar, mas achoque sua conduta de conversar e mais correta. beijo querida

Roberta Lippi disse...

Xiii, Carol, vou te dizer uma coisa: não há muitas regras pra esse lance da birra porque elas acontecem em graus diferentes. Às vezes uma coisa funciona, às vezes não funciona. Hoje vou contar lá no blog a última da Luísa, pra vc ter uma ideia.
Nem sempre a gente consegue conversar. Às vezes tem que ignorar e deixar chorando até acalmar. Quando a birra chega no ponto da "ignorância", em que você já tentou de tudo e não funciona, a distração acaba sendo mesmo a melhor solução, especialmente se estivermos em lugares públicos. E aí depois que acalmar você volta a conversar e explicar que não tinha necessidade de fazer aquilo e blablabla. Geralmente essas birras acontecem em horários de sono, o que não há razão que consiga resolver.
O importante é não cedermos a tudo o que eles querem só pra acalmá-los, que foi extamente o que você fez.
Beijos

Tchella disse...

aiiii amei a historia!! fikei aqui me imaginando nessas situaçoes, sou tipo voce, que prefere explicar tudo antes, porque tá negando e depois dar a negativa, sem necessariamente ser com uma NAO. amei! no fim deve ter dado vontade de apertar, ne? hehehe eu já tenho vontade de apertar o meu e ele nem saiu da barriga ainda, haha

Maria Thereza Pinel disse...

Nossa... baixou uma Super Nanny em você hein!
Parabéns! Pelo menos é assim que eu idealizo e espero lidar com a minha filhinha também quando as birras começarem.

Acho que Isaac entendeu direitinho que chorando e te irritando ele não vai conseguir nada. Agora é continuar assim, e não dar o braço a torcer! Nota 1000 pra essa paciência que você teve!

Uma salva de palmas para a mamãe Carol! ^^
Beijo!

Carol Garcia disse...

Ai meninas,
super obrigada!
primeiro que estava me achando uma bruxa horrorosa (e cheia de culpa) por ter sido tão dura com filhote, depois que eu tava mesmo boiando se era certo ou não.
a-mo vcs!
bjo bjo bjo

Micheli Ribas disse...

Além de paciência, acho que cada mãe tem de encontrar uma maneira de lidar com as birras do filho, pq eu acredito que não há uma fórmula mágica, e algo que funciona pra mim, pode não funcionar pra vc. E eles são imaturos ainda, ainda choram qdo algo os incomoda, como sono - até pq eles demoram admitir que estão com sono, não é mesmo?
Por aqui as birras estão bem controladas qdo é comigo, se é com o pai a coisa engrossa. Ele ainda não achou um jeito de fazê-la entender que ele está ali cuidando dela, como a mãe e não precisa fazer escândalo pq ele a está trocando enquando a mãe toma banho... Aí eu chego perto e tudo pára instantaneamente... Ele fica pra morrer de tão chateado. Tem coisas que são difícies mesmo...
Um beijo.

Juliana disse...

Oi!!
Obrigada pela msg!! Foi um sufoco, mas graçasa dEus estamos bem..acho que fiquei pior do que a Clara..rs

Sobre as birras, tem que ser firme mesmo e muuuuuuita paciencia, assim como voce teve.
É a fase que eles nos testam e se não formos firmes, eles sempre vao passando cada vez mais do limite e começam a mandar na área...

Tá certa! Firme e forte!!E depois de acalmar, conversar mesmo!
Beijocas!
Ju e Clara

Simone Scalabrini disse...

Tá certíssima. Essa maneira de explicar o porquê desse choro birrento não ser uma coisa bacana serve pra ele pensar bem antes de fazer de novo.

Sofia quando vê criança esperneando ou naquela gritaria doida, olha pra mim e meio que cochicha:

- isso não é legal né mãe?

Bjs pra vocês!!

LUA disse...

Ahhh!!Carooool!!estamos nessa fase aqui tb!!fase mt mt mt chata!
Só que diferente de vc as vezes me rendo ao choro e a birra e faço o que ela quer.Resultado:agora ela chora fazendo mais escandalo pq sabe que eu me rendo.Aiii!!!As vezes me desespero.
As vezes dá vonatde de sumir.
E eu já sou tão previsivel que depois do show ela mesmo vai pro cantinho de pensar e diz:-"Mamae, já to aqui no cantinho pensando", ou seja ela mesma se colocou de castigo, com a cara mais lavada!!!!aff!!!!
Preciso de uma super Nani por aqui!!!!
Bjsss



Só as mães são felizes!!!
http://www.coisa-de-mae.blogspot.com

Ana do Viajar é tudibom! disse...

Carol querida!
Te digo: o Pedro Augusto passou na frente, com seus recentes (ontem) 18 meses, a birra bateu por aqui!!!
Sortuda vc? Azarada eu?
Não, sortudO mesmo é o Isaac, mamis fofis, híper mega dedicada e ainda tem dúvida?!
Manda essa paciencia pra cá amiga.

Bjinhos e tudibom!

Ioly disse...

Sempre ouvimos falar das dficuldades com o comportamento dos babys por volta dos 2 anos, mas quando acontece conosco, percebemos a dimensão... aff...
Não gosto de ser refém dos choros, se não pode, não é adequado, não é seguro, não cedo. Eles tentam, experimentam, cansam e na próxima experiência vão lembrar que não conseguiram nada chorando.
Sei do que fala amiga, e sou, ou somos solidárias.
bjks

Nutrição & Cia disse...

Carol minha linda as vezes acho que sei tudo sobre eles e tem dias que não sei nada sobre eles, hoje não sei nada sobre birra, é dificil mesmo as vz não sei o que fazer. Acho que fez certo sim! Boa Sexta e bom final de semana, sei que as vz vc só volta na segunda. Linda festa pro seu querido.

Vera Farkas disse...

Acho que vc está no caminho certo, Carol! Fez um "trato" com o gatinho e cumpriu o prometido. Tá certa, certíssima! É assim que se faz, garota!
Criança só precisa de regras, comida quentinha, carinho e muito amor.
Palmas procê!
bjs.

Camila disse...

Carolzitcha, sempre usei essa mesma filosofia tostines. Mas percebi q às vezes é inútil explicar muito. Como o choro de birra de irrita horrores, eu acabo colocando o birrento em questão em algum lugar longe da bagunça e da brincadeira do momento e falo q ele só vai voltar a participar quando se acalmar e parar de chorar. Funciona, viu?! E, tendo 3 filhos, nem dá muito tempo de dar toda a atenção à birra, ou seja, ignorar um pouco o show tbem funciona. E ter um "segundinho" resolve bem!!!
Bjos,
Camila
www.mamaetaocupada.blogspot.com

Renata disse...

Nossa, ontem foi mesmo o dia da birra. Aqui, aí, lá na Roberta...afe!
Acho que vc fez certinho sim, conversando, explicando, sem voltar atrás,,,é difícil demais, às vezes funciona de um jeito e acho que encontrei a fórmula, aí no dia seguinte não funciona mais...ai ai...
tomara que essa fase passe logo.
beijos mil, Re

Thaís Rosa disse...

Oi!
aqui tb estamos nessa dura fase... ui...
sua descrição foi praticamente minha noite de ontem... até que consola saber que não somos as únicas...
estou pensando bastante nesse assunto... tenho pensado se não tem relação com uma vontade de ficar mais tempo com a gente (vc e seu marido trabalham fora? ele vai pra escolinha?)... aqui em casa tenho achado que é isso... vamos ver...
vamos trocar mais figurinhas sobre o assunto?
beijo
thaís

Lane e Pedro Henrique disse...

Fiquei aqui imaginando a cena...estes pimpolhos fazem a gente respirar fundo e contar até mil às vezes, não é? Mas nós mamães estamos sempre nos superando, faz parte. O meu tem só um aninho e acho que já faz birra para testar a minha paciência..fico imaginando como será qdo for maiorzinho...Deus me dê forças e paciência! Beijão!

Micheli Ribas disse...

Tem selinho pra vc no blog, amiga!
bjs.

Ich Hausfrau disse...

oiê... vc tá certa em não ceder às 'chantagens' sentimentais do seu filhote.. dar limites a ela é uma forma de mostrar amor... bjos
Ich, Hausfrau
www.ich-hausfrau.com.br

Chris Ferreira disse...

OI Carol,
é difícil mesmo.
Sempre soube que desviar a atenção do assunto não é legal.
Eu aqui em casa uso a tática de ignorar a birra, falar baixo e calma.
Quase me arrebento por dentro e nem semre consigo. Mas quando eu me descabelo a situação fica mais fora de controle.
Sei que é difícil mas que passa.
beijos
Chris
http://inventandocomamamae.blogspot.com/

Anônimo disse...

Oi Carolzinha!!!
Tive que rir agora com o "Ai,ai,ai" do Isaac, rsrs. Que fofo, amiga! Olha só como eles de comunicam neh!!! Tadinho, tava soninho...

Olha, eu faço bem assim tb! Acho que vc está certa no modo como lidar com as birras. O negócio é esperar eles se acalmarem e conversar. (Quase) Sempre resolve. E passa a idéia de que tudo tem um porquê e que eles são ouvidos, embora nem sempre atendidos no que querem.

Tb faço assim com o Lucas. Espero ele se acalmar e parar de chorar. Depois a gente conversa e ele diz que está triste com a mamãe. É legal tb eles desebafarem! O Isaac conseguiu expressas que estava com soninho e por isso estava tendo os chiliques, como vc disse!

Fácil não é, neh, mas é por aí sim!!!
Boa sorte nessa fase! O bom é que tudo passa, neh?!

Beijocas
Ju

Sofia disse...

Olá Carol,
é difícil mesmo lidar com as birras, mas na minha opinião estás no caminho certo :)
Temos que criar limites desde o inicio mesmo e foi o que tu fizeste com muita paciência e carinho :)
Não fiques a pensar que és má para ele, o teu filho tem que entender que nem sempre pode fazer o que quer, existem momentos de brincadeira e momentos em que a mamã é que sabe o que se tem que fazer.
Um beijo

Lu Azevedo disse...

Oi Carol, to super atrasada pra comentar, mas so queria dizer que no momento to lendo um livro exatamente sobre isso... Eu so não sei se tem em portugues... "the happiest toddler on the block" pra crianças de 1 a 4 anos. No livro ele sugere repetir pra criança o que ela quer usando palavras chaves, pra mostrar que vc entende a vontade dela e imitar mais ou menos o tom de raiva e frutração (mas sem ridicularizar). Por ex, se ele queria massinha, dizer "Vc quer brincar com massinha, massinha, massinha, não é mesmo? mamãe entende." E repetir isso, até ele ir se acalmando e depois você sugerir com uma cara bem feliz, que outra hora ele brinca mais, que agora o pato esta esperando ele la no banho.

Olha, Carol.... eu não faço ideia se isso funciona pois o Nic ainda nao precisou, mas o livro é um best seller... alguma coisa aí deve funcionar... E outra coisa é manter sempre em mente que ele é pequenininho, não sabe lidar com as emoções ainda, nem argumentar as vontades. Tenha sempre paciencia (facil falar ne?), mostre que vc entende o que ele esta passando, valorize o sentimento de frutração dele (a gente tb vive se frustando com um monte de coisas na vida e tb chora, da murro na mesa, ne?), que um dia ele aprende a lidar com tudo isso...

Bom, é isso... desculpa se ficou confuso... Vou la fazer minhas malas.

beijocas e boa sorte!

Lu do Nic

Tathy disse...

Oi Carol...adorei seu blog!
Também tô passando por essa fase com a minha Júlia!Tem horas que a gente precisa de muitaaaaaaaaaaaa paciência nè?
Mais acredito que essa seja umas das melhores fases de nossas vidas!!!
bjs!
www.tatianastefani.blogspot.com

20 de agosto de 2010 12:12

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