sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Quando a religião e a curiosidade se unem...

Nesse mundo existem várias combinações explosivas.
Umas, como sabemos e esperamos, são catastróficas.
Outras, são explosivamente boas.
Ponto.
Religião sempre foi um assunto muito aberto aqui em casa.
Mesmo porque, aqui não temos preconceito, somos super abertos, curiosos e sedentos por informações (de todo tipo, confesso, mas sobre religião é bom de ouvir).
Ponto.
E vírgula.
Além de sermos católicos não praticantes.
(Eu pratico, mas do meu jeito. Alguns entendem, outros não)
Temos um respeito enorme pelo espiritismo.
Vírgula.
Então, Isaac cresce nesse cenário.
Ouve a mãe falar "Meu Deus!!!" várias vezes ao dia e fazemos nossa oração de agradecimento antes de dormir.
O pequeno já me pediu para conversar com os anjos e já filosofou sobre onde está a bisa que faleceu.
Ponto.
Mas o melhor disso é que, além de ter fé, ele aprendeu a conviver com as várias perguntas que uma religião carrega, seja ela qual for.
Vírgula.
Questiona sobre o tamanho do Papai do Céu.
Se ele é sozinho.
Como ele é e existe.
Se ele é amigo do Papai Noel.
Como ele faz chover.
E se chove, como ele se molha.
Se mora em cima das nuvens e como faz pra não cair de lá.
Ponto.
Até que um dia.
Três pontinhos.
Se deparou com um livro.
E o livro contava a história de uma bruxa.
E a bruxa, danada, tinha um cachorro que se chamava Demônio.
Vírgula.
E demônio é ser tão complexo de ser explicado como Deus.
Ainda mais para uma criança de 5 anos, com a imaginação à milhão.
Ponto.
E eu pensei.
Pelos segundos que tive.
E sei lá por qual motivo, me veio um jogo de video game em mente.

- Então Isaac, o demônio...
- Quem é mãe, quem é?
- Bom, no seu jogo não tem uma hora que tem um cara mauzão pra matar?
- Tem. O chefão. É muito difícil ganhar dele.
- Pois bem, o demônio, é tipo um chefão dos vilões.
- Hummmmm...
- Entendeu?
- Sim... O cara deve ser durão, né mãe?
- Como todos nós Isaac, tem vezes que sim, tem vezes que não.
- E é difícil de matar esse vilão?
- A gente nem precisa matar, filho, eu acho que a gente pode só deixar ele de lado. Acreditar que somos mais fortes que ele.
- Entendi.
- Mais alguma pergunta?
- Posso comprar esse livro?

...

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