terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Ano letivo novo. Escola nova.

Eu não saberia responder se me encaixo mais no perfil das neuróticas ou das extremamente preocupadas.
Pode ser que eu caminhe alí, sobre o muro das duas vizinhanças.
Ou pode ser que eu seja de dia uma e de noite a outra.
Não sei.
Mas vivo bem em pensar que sou.
Pelo menos um pouco.

Esquece.
Não vou conseguir explicar.
E nem quero muuuito assim.
Acabo sempre rindo de mim mesma, o que é delícia.

Tá,
mas estamos aqui hoje pra falar que Isaac bateu asas.
E o que tem uma mãe louca nisso?
Tudo, oras.

Filhote fez três anos na escola antiga.
Não tenho muito o que reclamar de lá não.
Professoras excelentes, turmas pequenas, atenção.
Isaac ia bem.

Mas acontece que a gente acha tudo.
Até pelo em ovo, né?
Então...

Um dos tópicos  que eu e José sempre conversamos em casa: a Educação do Isaac.
Desde falar bom dia pras pessoas até o dois mais dois.
E a escola antiga estava deixando a gente meio enlatados, sabe?
Aquele negócio de sentar na carteira, cumprir cronograma, terminar apostila, correr com a alfabetização.
Aquilo me incomodava.
E incomodava Isaac também.

Lógico que ele não dizia.
Mas mostrava.
No segundo semestre de 2013, todo ele, Isaac vinha pra casa com um milhão de desenhos.
Me explicava todos no caminho pra casa.
Falava, falava, falava e falava.
Nos dias que a professora não o deixava desenhar, o mundo caía.
Caía, caía, caía bem caído.

Aí me pus a reparar (e a perguntar, pois sou bicho besta).
Perguntava ao Isaac se ele conversava com os colegas.

- Não mãe, eles não me ouvem. Eles só querem correr e lutar e chutar.

Perguntava se ele havia participado da aula.

- A tia falou dos triângulos, mas eu não quis falar que as pirâmides eram triângulos também.

Perguntava sobre a hora do lanche.

- Minhas bolachas sumiram. Mas eu nem reclamei.

Enfim...
Dor no coração, cabeça a milhão.
Vamos procurar lugar onde Isaac se encaixe melhor.

E lá fomos nós.
E estamos indo.
Nos adaptando a uma infinidade de diferenças.
No sistema de ensino, na formação do pensamento e do indivíduo.
Num primeiro momento super felizes.

a seguir cenas...

Um comentário:

Sarah disse...

Difícil né, Carol? Escola é quase uma segunda casa pros pequenos, que lá aprendem não só o ABC e o 1+1, mas mil outras coisas de sociedade, diferenças, convívio. Então precisa ser um lugar onde eles se identificam, para aí sim poderem aprender melhor.

Ficar sem as bolachas no lanche é coisa que acontece, mas não pode ser algo rotineiro. Ter vergonha ou não ter oportunidade de falar sobre as pirâmides... juro que fiquei com pena da prof, que perdeu a oportunidade de relacionar a teoria e a prática!

Isaac é espertíssimo e vai se dar bem na escola nova. Logo logo chegará contando dos novos amigos, das coisas que aprendeu... e voltará a mostrar seus desenhos :)
bjos

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