terça-feira, 19 de abril de 2011

E os avós do seu filho? Como são?

Anne Super Querida Duper fez um post hoje que me deixou inspirada.
Ela questiona por lá se antigamente era melhor que hoje.
Eu acho que não, em alguns sentidos práticos, mas fui invadida por uma onda saudosista e me pus a pensar no papel dos avós. Se nesse caso, era mehor, pior ou diferente.
Isso porque o pai da Anne, de quem já sou fã há varios posts, apresentou ao pequeno Joaquim seu tesourinho.
Eu chamo assim a caixa de badulaques que ela descreve no post.
E então que eu lembrei dos meus avós e de todos os detalhes deles que preenchem o meu tesourinho mental.
...

Minha avó tinha um saco cheio de botões. Botões que vinham sendo colecionados a nem sei quantas gerações. E adorávamos despejá-los no chão tentando descobrir com o que se pareciam.
Ela era brava, um tanto mau humorada, mas nos deixava viajar nas suas tintas, telas e agulhas de tricô.
Minha outra vó, a Vozinha, tinha um malão de madeira, de onde saía de tudo um pouco. Mais retalhos e tules, os quais ela liberava que sentássemos na máquina de costura pra fazer o que bem entendêssemos.
E os vovôs???
Um deles sabia imitar tooodos os cantos de passarinhos, no assovio. Além disso, tinha um repertório de músicas antigas invejável. Até hoje me pego cantarolando algumas delas para que não se percam na memória.
O outro, nos deixava martelar, construir, subir na jabuticabeira, torrar e moer café, tirar ovos do ninho das galinhas e cuidar da horta - o que compreendia em pegar as folhas mais velhas e brincar de restaurante.
...

Enfim, era uma delícia passar os finais de semana com eles.
Ter alvará para dormir na casa deles, então, era uma festa.
Mas e hoje?
Tô aqui, pensando, com essa modernidade toda, como é que são os avós do Isaac...
Bom,
Eles tem a tecnologia.
Eles são mais flexíveis.
Eles mimam pacas.
Eles tem suas particularidades.
Não que seja pior, mas é diferente.
Outro dia Isaac chegou em casa enlouquecido porque ajudou a minha mãe e pagar limões no pé.
Mas isso é raro hoje.
Fora toda a comodidade, TV está lá, pronta para ajudar os avós cansados.
E como eles estão cansados, não?
Falo por mim. Minha vózinha de 90 anos tem mais pique que eu e a minha mãe. Verdade.
Vejo também que tudo acontece dentro de casa. Na sala. Sem muita sujeira.
E eu não vou cobrar que os avós mudem. Longe disso.
Vou eu com filhote passar a tarde no parque se lambusando de lama e catando pedrinhas.
Mas e vocês?
Alguma recordação da infância? Alguma análise sobre as vovós atuais?

bjocas e ótima terça!
Viva os índios!

PS: Obrigada a todos os comentários carinhosos do último post. Vocês são demais! E eu não sou demerda coisa nenhuma!

19 comentários:

Priscilla Perlatti disse...

Qdo as meninas vão para a casa da vovó, minha mãe já as espera com pincéis na mão. Tem também retalho, sucatas, ingredientes para brigadeiro e jogo do mico! Um de cada vez, claro.
Acho a relação com os avós de uma preciosidade sem fim que SEU post me inspirou em fazer um post também!
Me aguarde.
Beijos
Pri

Karen disse...

Infelizmente minhas filhas não têm tanto contato com os avós, como eu gostaria. Meus pais moram no Brasil, nós na Alemanha e mesmo os avós alemães moram longe (500km de distância). Então a primeira diferença para mim está aí, nesta distância toda.
Eu morei por muito tempo ao lado da casa dos meus avós maternos e, ah, como isso era bom!!! Meu avô tinha uma chácara então uma das minhas maiores diversões era brincar de feira. Pegávamos o carrinho de feira da mãe e da avó e saíamos colhendo cenoura, tomate, pepino... que delícia!
Agora meus pais moram no centro da cidade, então a grande atração da linha verde é buscar graminha no parque para as gatas. As brincadeiras são bem mais dentro de casa mesmo, mas minha mãe é super criativa. Da última vez comprou um monte de tinta para a Sophia decorar suas sacolas de pano. O vovô leva os netinhos para brincarem nos parquihos da cidade. Mas uma das principais distrações é mesmo a tevê, eles investem em vários dvds para os netinhos...
Já os avós alemães vão mais na linha de contar histórias e levar para passear ao ar livre, quando o tempo permite.

Dani disse...

Olá!

Os avós mudaram, é claro... Os pais não mnudaram? O mundo não mudou?

Mas o amor, o carinho, o mimo continuam o mesmo!!

Beijinhos,

Dani

Lia disse...

Minha mãe costura e corta cabelo (ela é economista, servidora pública aposentada); meu pai adora contar histórias mirabolantes e fazer as brincadeiras mais sapecas com Emília. Minha sogra borda. Meu sogro, esse talvez seja um pouco mais moderno, mas fica todo babão quando vê a neta no skype.
eu gostava muito da minha avó materna, doidinha de tudo. Mas não convivi muito com meus avós por causa da distância.
Acho que os avós hoje são mais dedicados com os netos (às vezes até em excesso) por causa da desproporção adultos-crianças. Antes eram 10 crianças pra cada adulto. Agora é o contrário. E haja mimo....

Anne disse...

Mas essa é a velharia que importa, ma velharia emocional... o que é poético, o que é saudável... não o que é retrógrado.
Sim, elas davam água de arroz para a gente. Antigamente tinhamos menos conhecimento e talvez mais poesia...
Aí eu caí de costas: meu tesouro de infância era a lata de botões da minha avó... caroooool
Eu brinquei muito, muito, muito com os botões... ela se foi e a lata hoje está comigo. Não vejo a hora de deixar o Joaquim brincar. Mas vou esperar ser seguro a ponto de não entalar na garganta...
Amei o post!
bjo

Dea, a mamae da Nina disse...

no meu caso o lado materno é mais presente na vida da Nina mesmo eles morando em SP e nós no Rio.
os pais do meu merido se veem ela 1x no mes é milagre. E se passam 2h juntos dela emm 2 meses é muito.
Nunca ficou sozinha c eles e da p contar nos dedos de uma mao a quantidade de vzees q ja foi a casa deles. E olha q sao 2 casas pq soa separados.
Aqui a coisa é complicada no lado paterno. Minha mae e familia morrem de saudade estando a 400kms d distancia, ja q os q estao na mesma cidade nao dao valor.
Vivo muito triste por isso ultimamente. bjs bjs bjs

Dani Brito disse...

Meus filhos só tem uma avó, que é a minha mãe. Que ainda trabalha como trabalhava quando eu era pequena. E é relativamente nova...e não, não tem o menor talento pra artes, nem pra música, nem pra colecionar nada, muito menos gastronômico. O que me surpreendeu é que ela pode ser uma vó tão bacana como a que tive.
Ah! tem tb o meu avô firme e forte que faz às vezes de avô para meus filhos.

E o maior tesouro que herdei deles, foi o emocional. Foi o de lembranças.

Valeu Anne, valeu Carol por essa onda de saudade(boa) que me invadiu agora.

Beijos, beijos

Mi Satake disse...

Oi Carol!

Ah hj os avós são outros né? Mas acho q são msm diferentes. Tem coisas q os de hj são e fazem pelos netos. Outras, nossos filhos não vão viver... coisas q nós vivenciamos, coisas q eram laaaaa dos avós antigos, das outras gerações.

bjos e boa semana por aí!
E seu pimpolho está melhor?
Hj estou com o Theo em casa, tosse alérgica e muito congestionado.

Carol Garcia disse...

bom né, esse momento recordar é viver.
tbm acho que os avós fazem muito bem o seu papel, de maneira diferente e igual as vezes.
o importante é que as crias curtam e acumulem seus próprios tesourinhos.
Mi,
Isaac melhorou sim, um pouco, mas melhorou.
Affffuuuuuu pra assoprar o dodói do Theo!

bjocas meninas!

Unknown disse...

Carol,

eu era apaixonada pela minha avó materna, tipo, melhores amigas! Ela morreu em 2007 e me vi num poço sem fundo... fiquei muito mal...

E sabe o que eu tenho de mais valioso dela? O meu enorme prazer em tomar o café da tarde demorado...

ela amava!!! E essa é a única refeição que eu faço com vontade. Não curto cafe da manhã, almoço ou janta!!!

A minha mãe é super corujona e tenho certeza que o Gui terá esse tipo de relação com ela tbm... super paciente, senta no chão e brinca horas com ele...

já a outra parte não posso dizer o mesmo, mal vê o neto... fazer o que? quem perde é ela!!!

beijãoooooooooo

Vivian disse...

hiiiii, aqui em casa é assim: os pais do meu marido mimam horrores as crianças, compram doces escondido, dão suspiros a qualquer hora, deixam tomar refri a livre demanda e deixam as crianças fazerem o maior auê na casa deles. Já minha mãe, ela nunca tem tempo, não se interessa em ajudar a cuidar deles, mas paparica um monte qdo está por perto. Não educam, não chamam atenção e não nos dão pitacos de como educar. Se é bom ou ruim, como vc disse, eu não sei, mas é diferente
bj

Camila disse...

Sabe, Carolzitcha, esses posts me deixam até meio triste, pois não tive esse contato maravilhoso com os meus avós. A minha avó, do pouco que me lembro, tinha uma escova de cabelo francesa e ela vivia me mandando pegá-la para pentear os meus cabelos. Nós 2 adorávamos esse momento! Até hj, qdo alguém encosta ou penteia o meu cabelo, fico molinha e relaxada. Hj em dia, incentivo mto o contato dos meus filhos com os avós! Eles são crianças de sorte pelos avós que têm, mesmo que brinquem juntos com os aplicativos dos IPhones, sabe??
Super bjo!
Camila
www.mamaetaocupada.blogspot.com

Luana disse...

Carol,
Tive avós modernos que até hoje converso como se fossem meus amigos. Ligo para pedir opiniões... Aqui todo mundo casou grávida e super cedo, o que nos proporcionou muita aproximação das gerações.
Quanto aos avós de hoje, acho que a coisa ta bem diferente. Muitos trabalham e vivem estressados como os próprios pais.
Mas vó e vô vai ser bom pro resto da eternidade. Meus filhos podem estar sempre perto deles, e amam! Davi inclusive aprendeu a falar vovó antes de falar mamãe!!!

Beijoca
Luana
www.maemorial.blogspot.com

Raphaela Rezende disse...

Ai, deu até uma saudade da minha avó, com as suas histórias, seus discos de vinil...

As avós da minha filha trabalham, mimam, mas são amorosas. Tudo muda, não é?

Rapha, da Alice

http://maternarconsciente.blogspot.com/

Naiara Krauspenhar disse...

Eu não tenho essas recordações dos meus avós, fico ate triste quando leio textos assim...
Fomos criados bem longe deles. Viamos 1 vez por ano nas ferias.
Queria muito que GG tivesse uma recordação diferente, mas ela vai pelo mesmo caminho...
VAmos nos mudar ano que vem e ela vai pficar longe da vó tambem.
Tisti.
Fiquei tisti com esse post.
Pode chorar?

Alexandra Aranovich do Café Viagem disse...

Nossa, pra responder este post vou precisar de tempo. Estou no meio do trabalho (com 2 computadores - um no trabalho e outro nos blogs). Avós é um tema que me interessa (é mágico) e confunde (entra sogra junto).
Porém, as minhas melhores lembranças são com a minha bisavó: gostinho do feijão com arroz, do Natal mágico e cheio de primos.

BJS e boa páscoa
Alexandra do Destemperadinhos

Karine e Rafinha! disse...

oi Carol....saudades daqui....Issac vai bem? Adorei o post...tenho minha vó de quase 90anos, ela é fofa, linda, maravilhosa, minha mãe....fui criada por ela...adoro o cuzcuz que ela faz...não conheci meu avo, ele morreu cedo, ela está viuva há mais de 50 anos.....meus avos paternos nem sei quem são, nem meu pai eu sei...rsss...mas minha vó vale por todos....Rafinha adora a bisa....puts..posso ficar aqui horasssssss...rssss...bjs

Anônimo disse...

Carol,

O assunto avós me deixa um tanto quanto emotiva. Infelizmente só tenho uma avó viva (que amo demais) e um casal de avós perdi cedo demais... Minha avó por parte de pai eu não conheci e meu avô (também paterno) perdi quando tinha oito anos...
Mas meus avós maternos foram muito presentes em minha vida e tenho muito a contar sobre eles. Gostei da idéia e vou elaborar um post sobre o assunto...

Quanto aos avós do meu filho, graças a Deus estão todos aí, mas realmente têm um papel diferente na vida dele. Só pensei sobre isso quando li o seu post...
É assim mesmo: eles mimam, amam, tudo dentro do apartamento. Mas, não posso reclamar. Meu pai e meu sogro sentam no chão e engatinham para brincar com ele e como meus sogros estão construindo uma casa com quintal e pomar, acredito que isso ainda irá melhorar. Mas, realmente é diferente!!!

Beijos!

Lívia.

Ana disse...

Oiiii..ahhh avó é bom demais! Eu adorava dormir na casa da minha..e adoro ir la ate hj..tem sempre aquele clima de "pode tudo" até hj..hahaha...e quer ve ro Enzo feliz é dizer que vamos na casa da vovó..pra sair de lá??choro na certa...e por sorte ele tem as duas,e de quebra uma bisa!!! ai então desarreda!!na casa da bisa é a verdadeira terra do tudo pode..kkkkkk..aja mimos!!
beijos,uma otima semana p vcs!!!
;-)

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