sexta-feira, 8 de abril de 2011

Coletiva: As cores que a maternidade tem



E daí que ser mãe não é parir no meio do nada, lamber a cria e fica tudo bem.
Ãhã.
E ser mãe, meu bem, nem é estar iluminada e de cabelos sedosos todas as semanas gestacionais.
Digo isso, porque, além de todo o perrengue ao qual eu tive direito, com enjoos, dor nas costas, pés na costela e noites mal dormidas, o glamour foi-se embora junto com as injeções que tomei na barriga - todos os dias - enquanto Isaac habitava esse corpinho.
E a coisa não acaba aí não!
Cesárea ou Natural? Babá ou escolinha? Que pediatra? Quem eu escuto? Como faço?
A culpa materna já vem a galope mesmo antes de você dar à luz.
E eu poderia fazer uma lista.
Daquelas que incluem peito doído, ordenha, madrugadas, a primeira febre, o choro não compreendido e tooodos os fatores que nos fazem sentir que, de alguma maneira, não nascemos para a coisa.
Sim.
Sou super segura de que esse dom me foi dado. O de ser mãe e assim ser responsável por tu-do o que acontecer na vida do meu filho. Fazer as escolhas por ele até uma certa parte da vida. Cuidar dele em vários e amplos sentidos. Ensiná-lo a ser alguém dentro desse contexto todo.
E não.
Não estou reclamando de nada. Até porque atualmente, diante de uma criança de quase 3 anos, em pleno desfralde e que sabe muito bem o que quer e como pedir, fico pensando que as injeções e a barriga pesada não eram lá sacrifício ou dificuldade tão grande.
E assim - entenda e salve-se quem puder - a gestação ficou colorida, alegre e feliz novamente.
Como imagino e tenho certeza de que essa birraiada toda vai ser um sorriso bobo na minha cara, cheio de saudade, quando Isaac arrumar a primeira namorada ou resolver ir fazer faculdade fora.
E taí mais um super poder concedido as mães.
Se não for o mehor e mais poderoso de todos. Não sei. Ainda tenho muito o que descobrir.
É o de transformar também as cores que essa vida tem.
Essa vida de ser mãe, com todas as suas delícias, escolhas, culpas, erros, acertos e dramas. Que é tão intensa e complexa e horas sem sentido ou cheio dele, que acaba ultrapassando limites, crenças, verdades, que nós, seres maternos, vivemos.
E vivemos felizes.
O que dá um certo tom, cor, trilha sonora, postivos a isso tudo.
E é por isso que persistimos, aguentamos, lutamos.
Lutamos até contra nós mesmas. Querendo ser cada vez melhores em fazer e acontecer, em exemplo, em tudo.
E fazemos, da melhor maneira possível.
Não é?
Acho que é.

Um ótimo final de semana a todas as mamães queridas e cheias de vírgulas, assim como eu.

PS: Fiz um post também, mais romântico, sobre a maternidade. O texto foi escrito dias depois que o Isaac nasceu, e eu passei pra cá por achar que todo ele é a mais pura verdade...

*Blogagem coletiva proposta pela Carola querida.
*Selinho produzido pela artista favorita deste blog, Anne Super Duper Mami.


38 comentários:

Tathyana disse...

Adorei!!! Precisamos deixar o modelo de perfeição materna vendido pela mídia e a culpa de lado para sermos felizes com o que temos, com as nossas escolhas.

Bj

Unknown disse...

Carol...que saudades!!! Adorei seu post! Nós estamos bem e, finalmente, tenho internet!!! Viva!! Logo estarei blogando de novo. Pena que perdi esta blogagem coletiva...

Parabéns pelo aniversário do blog.

Beijo

Ana Cristina
eucomosquatro.blogspot.com

Dani Brito disse...

É, Carol!
Vivemos mais felizes e mais leves quando deixamos de tentar seguir o modelo de perfeição que vendem por aí!

Nossa luta é sempre interna. Tentando superar a cada dia os obstáculos que surgem, assim, meio do nada....rs

Beijo

Renata disse...

Adorei, Carol. Todas as delícias, culpas, erros e acertos da maternidade!!!
beijos

Unknown disse...

Que delícia de texto Carol! Leve, sincero e colorido!

Um beijo no fofo do Isaac!

Tem postagem lá no blog também. Se tiver um tempinho passa lá: http://ivanacoisademae.blogspot.com/2011/04/maternidade-real-ou-minha-maternidade.html

Karin :: Mamãe e Cia disse...

Perfeitooo!!!

:D

Beijos

Karin - @karinpetermann

www.mamaeecia.com.br

Rosi disse...

Olá

Vim conhecer seu texto e sua realidade como mãe. E que belo texto, tão verdadeiro.... gosto muito de gente real, gente de verdade que se mostra sem medo.

Obrigada.

Bjs

Mi Satake disse...

Oi Carol!

Essa coisa da culpa é algo que nos persegue desde q sentimos a presença ainda embrionaria deles, né? Acabei escrevendo um pouco sobre isso no meu post (cobrança, auto pressão).
Acho q devemos mesmo tentar seguir o q sentimos e imaginamos como mães, como genitoras, né?
Depois virão sempre novas e novas fases, chances de crescimento e aprendizado se nos permitirmos e encararmos como tudo como fazendo parte dessa bela experiencia.

Umbeijão
Michelle

Juliana disse...

Muito bom!!!!!!!!!
É assim mesmo, cheio de cores!!! Uns dias escuros, outros claros..e no fim, a melhor das cores!!!

Beijocas
Ju e Clara

Anônimo disse...

Carol, Adorei o texto!
Acho que mãe é ser dona de um amor incondicional e é ser contraditória: queremos que cresçam rápido e queremos que não cresçam...
Damos bronca e não queríamos ter dado...
Choramos de alegria...

E temos que nos aceitar como somos... Imperfeitas, porém mães...

Beijos1

Lívia.

Naiara Krauspenhar disse...

Carola, lendo seu post lembrei de uma coisa que minha mãe sempre falava. Eu não lembro exatamente como era, mas ela dizia que a capacidade de esquecimento era muito grande.
Quando eu sofria na minha gravidez com toda a situação e pensava que nunca aquela dor ia sumir de mim ela me dizia. Um dia sua filha e vai agarrar no seu pescoço e dizer "ti amo mãe" e voce vai pensar: "sofrimento? onde foi mesmo que eu sofri? rs

Beta, a mãe disse...

E é tudo uma delícia apesar de ser dark também né?? Beijos

Camila disse...

Carolzitcha querida, vc devia mudar o nome do seu blog: de "viajando" para "o pé no chão da maternidade". Ok, não é o melhor nome, mas é isso o q eu vi no seu post, amei!!
Bjos,
Camila
www.mamaetaocupada.blogspot.com

Re disse...

Carol, sobre a estante de livros, eu vi numa revista e pedi pro marceneiro fazer igual. Vou dar uma fuçada aqui para ver se eu ainda tenho o desenho tecnico dela e daí eu te passo..eh tranquilissima, qq marceneiro faz. Qual seu email? Bjs

Anônimo disse...

Tb achei o texto bem leve, gostoso de ler, e sinceramente, ótimo!!!!

Tb sou a melhor mãe que posso ser, longe de ser perfeita, e com ttas vírgulas quanto as suas, mas a melhor mãe. Um dia de cada vez ;)

Beijocas e um ótimo final de semana para vcs tb!!!!

Ju

Silvia Azevedo (@silvia_az) disse...

É isso aí! Ser mãe é assim mesmo, bonito, emocionante, cansativo, confuso. Um turbilhão eterno!

Mari Hart disse...

Carolzita, comecei a ler agora as postagens da blogagem e a sua era uma das que eu mais esperava, pq será!? Adoro tudo o que vc escreve né?! Gostoso e fácil de ler. Realista e leve! Adorei sua participação!

Bjkas!

Roteiro Baby disse...

É isso aí mesmo. Toda e qualquer regra inviolável cai por terra com a maternidade, que exige adaptações, reflexões e, principalmente, flexibilidade e bom senso. Nada de culpa, gente! Fazemos o melhor que podemos. Padrões de perfeição também não podem ser aceitos porque cada mãe, cada bebê e cada família tem suas necessidades e características.
Adorei seu post! Tô adorando vários... tão sinceros e REAIS como o meu.
Adorei participar dessa discussão.
Beijos.

www.roteirobaby.com.br

Nine disse...

"Não estou reclamando de nada. Até porque atualmente, diante de uma criança de quase 3 anos, em pleno desfralde e que sabe muito bem o que quer e como pedir, fico pensando que as injeções e a barriga pesada não eram lá sacrifício ou dificuldade tão grande.
E assim - entenda e salve-se quem puder - a gestação ficou colorida, alegre e feliz novamente.
Como imagino e tenho certeza de que essa birraiada toda vai ser um sorriso bobo na minha cara, cheio de saudade, quando Isaac arrumar a primeira namorada ou resolver ir fazer faculdade fora."

As vezes eu me sinto pulando fases, como num jogo de video game. Cada fase parece impossível na hora que estamos nela, mas assim que subinos de nivel, a anterior parece fichinha.

Ótimos textos estão saindo dessa blogagem!

Beijos,
Nine

Ana disse...

To adorando essa blogagem coletiva... somos todas humanas e queremos a mesma coisa: o melhor para nossos filhos!! ;-)
beijos,bom finde!

Mônica disse...

Carol,
Adorei o seu texto, tão real e tão poético ao mesmo tempo.
Adorei também ter conhecido o blog através desta blogagem coletiva.
Bjs

Cleide Ana Rota disse...

Pois é, Carol! Qual é a mãe que não tem dúvidas? Qual mãe age sem pensar ao menos se isso é o melhor para seu filho? Sempre sofremos por antecipação... Ser mãe é isso mesmo, doação e sofrimento sem fim. E um amor inesgotável que supre qualquer falha que possamos cometer. Beijos, beijos.

http://www.closetdahelo.blogspot.com

Ju Usui disse...

Olá Carol, bem interessante seu texto, a maternidade é algo mt louco msm, só quem é mãe sabe que devemos optar pelo que convém para nossos filhos, sem essa de seguir regras q ninguem nem sabe de onde vem...

bjus
http://osgemeosdaju.blogspot.com/

Mamãe polvo disse...

Amei Carol, é isso aí!
Em meio a acertos, erros, culpas, e tudo mais, somos mães, e nos orgulhamos muito disso!!!!!
Bjo!

Ana disse...

Pois é. Se livrar da perfeição já alivia muito né?
Bom fim de semana!
Beijão!

Mirys Segalla disse...

Carol!!!!
Carol!!!!

Adorei a sua ideia de cores e de que as coisas vão mudando, conforme a nossa perspectiva vai mudando! Amei!

Afinal, tudo nessa vida depende do referencial, não é mesmo?

Bjos e bençãos.
Mirys
www.diariodos3mosqueteiros.blogspot.com

Sarah disse...

Teu texto tem ares de poesia! Adorei! E ainda ri sozinha aqui no trecho que vc diz que a "birraiada toda vai ser um sorriso bobo na minha cara, cheio de saudade, quando Isaac arrumar a primeira namorada ou resolver ir fazer faculdade fora"... E não é??
beijos!

Lua disse...

Muito bom o texto,bem realista...
Concordo que a culpa é nossa maior companheira, apesar da felicidade desputar com ela, e ganhar no quesito intensidade.
Bjos!!

tbm participei da Blogagem

www.devaneioslunares.blogspot.com

Paty Fortunato disse...

Agente nunca está preparado por mais q se sinta!
Na hora do vamo ver é td diferente e o desafio é imenso,mais com carinho e sorriso deles fazem com qquer coisa paracer infime,perante todo resto.

Beijocas!

Layana disse...

Oi Adorei seu blog! Li vários posts (inclusive os do desfralde), a minha ainda tem 1 e 3m mas estou começando a traçar meu plano de ação pra esta fase. Somos loucas né? fazer o quê...

Ich Hausfrau disse...

oiê... sou um 'embrião' nesse assunto de maternidade, sei que tenho muito o que aprender ainda... mas acho que maternidade é isso mesmo, errar tentando acertar e fazer o melhor que puder para tornar sua cria uma pessoa de bem... sorrir e chorar junto com eles e olhar para trás e ver que todo o sacrifício valeu a pena. bjos
Ich, Hausfrau
www.ich-hausfrau.com.br

Unknown disse...

Gostei muito do seu post e blog!

E concordo com vc, temos que ser felizes com cada escolha que fazemos.

Bjs
Elaina
http://www.vidademae.net/

Lua Ugalde disse...

Carol ótimo texto!!!Gostei muito!
Pra que ser perfeita, não é mesmo?! As vezes, as melhores coisas da vida acontecem nos imprevistos, na imperfeição!

Bjos

tbm to participando dessa blogagem!

www.devaneioslunares.blogspot.com

Desconstruindo a Mãe disse...

Oi, Caroleta, estou toda atrasada na postagem, tentando fazer todas as leituras e, depois do meu desabafo com Deus que virou postagem pretendo falar novamente sobre isso, talvez ainda hoje.

Tenho gostado demais do que tenho lido, principalmente depois de vários dias afastada de quase tudo.

Tudo bem contigo pelo visto, né?!
Beijos, linda!
Ingrid

Ana disse...

Olá Carol gostei muito do seu post, porque tenho um menino de quase oito, e uma menina de 1 e 3 meses, e realmente as questões que vivo hoje me levam aos extremos: a menor me tira o sono porque acorda no meio da noite, quando vou tentar dormir, os problemas do maior invadem minha mente e aí não durmo!Realmente quando ponho na balança, sinto que as questões da menor são "resolvíveis" e do maior até são, mas só vou descobrir isso quando ele tiver com 12!!!!
Meu marido brinca e diz que as mulheres tem o hormônio do esquecimento! Concordei com ele, quando em pé com a neném chorando no colo de madrugada, as peitchas inflamadas, pensei: meu Deus tinha me esquecido disso!
Com isso tudo me lembrei do meu pai já falecido que disse que sentia muitas saudades e pena que não aproveitou tanto quando eu era pitica, porque estava preocupado com outras coisas.

Bjos!

Luana disse...

Carolll!!!Só to comentando rpa dizer que apesar de ter, por hora, desativado o blog (www.coisa-de-mae.blogspot.com- Só as mães são felizes)- eu vira e mexe venho aqui, e to sempre compartilhando essas maravilhas maternas que vc escreve...o post romantico que vc linkou me fez chorar há alguns dias atrás, e até compartilhei no face...adoroooo!!!!
bjbjbj

Chris Ferreira disse...

Oi Carol,
andei desconectada uns dias e perdi essa blogagem coletiva. Achei o máximo o seu texto.´
É a culpa vem a galope mesmo. E fazemos o nosso melhor sempre.
beijos
Chris
http://inventandocomamamae.blogspot.com/

Marusia disse...

Oi, Carol,
adorei seu "arco-íris"! (No fim dele, tem sempre um tesouro, né não?)
Beijos,
Marusia
http://maeperfeita.wordpress.com/

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