segunda-feira, 22 de maio de 2017

Sedentário de carteirinha

E então que não pari o Michael Phelps.
Nem o Jordan.
Muito menos um Beckham.

Isaac é todo pensamento.
Raciocínio.
Troca qualquer brincadeira ao ar livre por um gibi.
Se vamos ao parque ele sobe no ponto mais alto do brinquedo e fica lá a observar o tempo.

E isso não é de agora não.
É item de fábrica.
Foi à natação resmungando até aprender a nadar, aí perdi os argumentos.
Judô enquanto achou engraçado, aí não havia faixa que o segurasse no esporte.
Arco e flecha, pilates, basquete, tecido circense.
Ele mostra interesse e a gente imagina que a próxima será a escolhida.
Até pode ser, mas por hora, por tempo limitado.

O negócio da criança é robótica, xadrez, lógica, videogame, livros e livros e livros e livros.

Não acho ruim não.
Acho lindo.
Mas é que a gente tem que achar um equilíbrio nisso tudo.

Atualmente Isaac escoheu o tênis.
Isso.
Raquete, bolinha e professor querido.
Vamos indo.
Tivemos período de yoga, mas como a mestre foi meditar em outro canto do mundo... damos um tempo.

Mas não pense que é uma coisa assim "yupiiiii hoje tem tênis".
Ele até vai, mas mais naquelas...
E eu sempre arrumo uma brecha pra falar do fortalecimento físico.
Metáforas, parábolas, poesias, músicas, diálogos, monólogos.
Ele sempre no jeito e no tempo dele.
E eu me encaixando, tipo uma gladiadora encarando uns leões.

Aí que no meio desses papos ele judia:

- mãe... sabe qual é o músculo mais forte de todos?

Confesso que na hora assim, só pensei em valorizar o exercício e respondi que, para um tenista, eu achava que era um músculo ligado ao ombro...
Ele me lascou aquele olhar de reprovação e de maneira bem seca querou minhas pernas fracas:

- o cérebro. LÓ-GI-CO.

...

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