eu sou mãe tirana?
mais ou menos.
sou chata?
um bom tanto.
sou dura?
sempre tem um avô ou avó me reprovando e dizendo que sou exigente demais.
mas meu bem, sou mãe, sou ser humano, e tô aprendendo.
acontece que, acredito eu, que isaac, já nos seus quase sete anos, tem sim que sentir a aguinha bater no popozinho lindo da mamãe.
explico.
a vida é feita, repleta, construída de acordo com as responsabilidades que temos.
e em qualquer idade, a gente tem que a prender a lidar com elas.
então, atualmente, isaac aprende que tem suas obrigações.
e se não lida com elas, sofre as consequências.
coisa básica.
guardar o tênis quando chega da escola, colocar a roupa suja no lugar certo, retirar o prato da mesa, fazer a tarefa da escola, cuidar dos livros e organizar os próprios brinquedos.
pego no pé.
ele bufa, reclama.
mas eu aguento.
aguento até ele brigar, dizendo que a culpa é minha quando não acha algo, quando se perde na própria desorganização.
não fico louca, não piro, mas tenho a certeza de que é nos pequenos acontecimentos que conseguimos ensinar os pequenos.
e na última semana, tive a oportunidade. e agarrei.
isaac tem dna de traça.
se enfia no meio dos livros e pode viver por alí por dias, semanas.
então, que receber este ano o benefício de trazer um livro a mais para casa no final de semana foi uma alegria sem tamanho,
e ele traz o livro.
com data certa para devolução.
e no meio de tantos, o livro em questão foi deixado um pouco de lado.
e a mãe neurótica avisava todos os dias quantos dias faltavam para a devolução.
logo o dia chegou.
o que aconteceu?
a mãe enfiou o livro na mochila?
não.
a mãe avisou que o livro deveria ir pra mochila.
ele ouviu e colocou?
nãããão.
ele saiu da escola todo irritado por que eu não havia colocado e então era preciso pagar multa.
- ok, isaac, você pega o dinheiro do seu cofrinho para pagar a multa,
choro, indignação, bico, horror, reclamações.
- mas foi você que não colocou o livro na mochila! Cinco reais é muito dinheiro! e eu estou guardando para comprar um jogo novo!
só faltou "vc é um monstro! uma velha louca! está me explorando!"
e de forma calma eu respondo:
- fui eu quem decidiu emprestar o livro? escolhi o livro? pedi o livro? a escola é minha? a mochila é minha?
ele emburra mais ainda e solta vários nãos entre os dentes.
- então, meu filho. quem é que tem a responsabilidade sobre o livro e tudo o que vem com ele?
mais resmungo, mais choro, mais mais mais.
explico que avisei da data, que sabia da data, sabia da multa, mas quem deveria aprender sobre tudo aquilo é ele.
que o valor da multa, os cinco reais, seriam pouco se ele realmente aprendesse a não atrasar mais os livros, se percebesse que já pode agarrar suas responsabilidades, aquelas que crianças de seis anos conseguem e devem ter.
e que, principalmente, não tenho culpa alguma. pois não tenho mesmo.
aceitou muito não, mas aguardo cenas...
mais ou menos.
sou chata?
um bom tanto.
sou dura?
sempre tem um avô ou avó me reprovando e dizendo que sou exigente demais.
mas meu bem, sou mãe, sou ser humano, e tô aprendendo.
acontece que, acredito eu, que isaac, já nos seus quase sete anos, tem sim que sentir a aguinha bater no popozinho lindo da mamãe.
explico.
a vida é feita, repleta, construída de acordo com as responsabilidades que temos.
e em qualquer idade, a gente tem que a prender a lidar com elas.
então, atualmente, isaac aprende que tem suas obrigações.
e se não lida com elas, sofre as consequências.
coisa básica.
guardar o tênis quando chega da escola, colocar a roupa suja no lugar certo, retirar o prato da mesa, fazer a tarefa da escola, cuidar dos livros e organizar os próprios brinquedos.
pego no pé.
ele bufa, reclama.
mas eu aguento.
aguento até ele brigar, dizendo que a culpa é minha quando não acha algo, quando se perde na própria desorganização.
não fico louca, não piro, mas tenho a certeza de que é nos pequenos acontecimentos que conseguimos ensinar os pequenos.
e na última semana, tive a oportunidade. e agarrei.
isaac tem dna de traça.
se enfia no meio dos livros e pode viver por alí por dias, semanas.
então, que receber este ano o benefício de trazer um livro a mais para casa no final de semana foi uma alegria sem tamanho,
e ele traz o livro.
com data certa para devolução.
e no meio de tantos, o livro em questão foi deixado um pouco de lado.
e a mãe neurótica avisava todos os dias quantos dias faltavam para a devolução.
logo o dia chegou.
o que aconteceu?
a mãe enfiou o livro na mochila?
não.
a mãe avisou que o livro deveria ir pra mochila.
ele ouviu e colocou?
nãããão.
ele saiu da escola todo irritado por que eu não havia colocado e então era preciso pagar multa.
- ok, isaac, você pega o dinheiro do seu cofrinho para pagar a multa,
choro, indignação, bico, horror, reclamações.
- mas foi você que não colocou o livro na mochila! Cinco reais é muito dinheiro! e eu estou guardando para comprar um jogo novo!
só faltou "vc é um monstro! uma velha louca! está me explorando!"
e de forma calma eu respondo:
- fui eu quem decidiu emprestar o livro? escolhi o livro? pedi o livro? a escola é minha? a mochila é minha?
ele emburra mais ainda e solta vários nãos entre os dentes.
- então, meu filho. quem é que tem a responsabilidade sobre o livro e tudo o que vem com ele?
mais resmungo, mais choro, mais mais mais.
explico que avisei da data, que sabia da data, sabia da multa, mas quem deveria aprender sobre tudo aquilo é ele.
que o valor da multa, os cinco reais, seriam pouco se ele realmente aprendesse a não atrasar mais os livros, se percebesse que já pode agarrar suas responsabilidades, aquelas que crianças de seis anos conseguem e devem ter.
e que, principalmente, não tenho culpa alguma. pois não tenho mesmo.
aceitou muito não, mas aguardo cenas...
Um comentário:
Carol você está certíssima!! Faria o mesmo que você e aliás isso me lembrou de uma cena bem parecida, quando a Ingrid minha filha, esquecia de levar algum livro para a escola (de dever de casa) e me culpava porque eu não tinha colocado, como se a culpa fosse minha. Aproveitava logo a oportunidade para mostrar que não é assim.
E aos poucos vamos mostrando não é mesmo? Todos nós sofremos as consequências de nossos atos
Beijos
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