quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Sete anos

Pois é, minha gente.
Isaac fez sete anos.
Ontem.
E eu não escrevi este post ontem pq não era dia.
Além do óbvio motivo de que eu queria mais era viver e reviver ao vivo todos os momentos possíveis do dia dele, eu tenho um motivo meu.

Eu conheci Isaac assim, mesmo mesmo, de fora pra dentro, no dia 26.
Como assim?
Explico.
Lógico que cheirei a cria e sorri pro meu filho assim que ele foi retirado da kitinete quentinha que dividia com todos os órgãos vitais desta que vos tecla, mas depois dormi e só fui subornar enfermeira pra ter o pequeno nos braços na madrugada, quando me recuperei da anestesia.
Ou seja, comemoro o dia de hoje tanto quanto o ontem.
E sim, Isaac nasceu de uma bem sucedida cesárea, numa limpa e esterilizada sala cirúrgica, com uma mãe feliz e amarrada pelos braços, cheinha de anestesia.
Nasceu assim, como devia e podia, diante das informações e possibilidades que eu tinha na época.
E sim, foi para o berçário hospitalar, ficou aos cuidados de gente que não era eu.
Foi assim, como devia e podia, diante das informações e possibilidades da época.

Saca?
Um dia comemoro a vida. E no outro, as minhas reflexões sobre aquele começo de semana.
Aquele começo de tudo.

Vc deve estar me perguntando: E então pq raios esse post de aniversário não é daquelas poesias melosas e sobrecarregadíssimas de amor que vc faz todos os anos?

Respondo: Como não? E tem mais amor do que ser verdadeira e celebrar o tudo que nasceu em mim naquele dia 26?
E com mais amor ainda, já inicio neste espaço aqui tudo o que Isaac vai ouvir um dia, toda a briga do natural versus o cirúrgico, do humano versus o desumano, do certo versus o errado, do menos versus o mais.
Do radicalismo que mora em todos os lados, em todas as conversas, em todas as esferas.
E tenho cá pra mim, que o amor que tenho pelo meu filho, também me permite explicar como isso atrapalha, diminui, anula e cancela.

Puxa! E como um post de aniversário, transbordando de amor virou isso?
Bom,
prometi a mim mesma que este texto em especial não teria rascunho.
Seria um cuspe bem cuspido no monitor. Sem lencinho pra limpar.
E depois que, estou sob forte influência do menininho loiro de agora sete anos que me chama de mamãe.
Isaac, hoje, é um ser completo.
Lógico que nas proporções que lhe cabem, mas ele vive na realidade.
Logico que durante os momentos em que feiticeiros, dinossauros e super heróis não estão em alguma aventura.
Isaac conversa com a gente de maneira que eu demorei muito pra fazer com os meus pais.
Isaac mudou e anda de cabeça erguida, defende seu ponto de vista, sorri e abana a mão pros amigos.
Isaac lê, escreve, soma, subtrai e multiplica.
Além das contas matemáticas, mais um monte de outras coisas que só vai entender quando passar dos um metro e meio de altura, acredito.
Ele é uma pessoa teimosa e implacável quando quer ser.
E fala o que tem vontade.
E se sabe que é coisa forte, apenas alivia começando com a frase com "não se ofenda, mas....".

Eu não poderia desejar outra coisa a ele. Que não seja continuar assim.
Verdadeiro e complexo.
Teimoso e sedento por aprender tudo o que puder.

Aos sete.



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